Extra: Parents-in-law I

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Há alguns anos atrás...


Era páscoa, então isso significava uma coisa para Min Yoongi: Noite de meninas!

(Mentira, inclusive se ele soubesse que chamei assim, ele me mataria)

Sooyoung estava de plantão, Namjoon estava vadiando e Hoseok na igreja com os pais, então era o momento perfeito para um skincare, fazer os pés e assistir meninas malvadas. Yoongi sempre foi um homem de cultura.

Sua samba-canção com patinhas de gato bailava com a brisa do ventilador. Seus olhos estavam fechados e a boca aberta, enquanto sibilava as falas de seu filme (que nunca admtiria ser) favorito. Estava em paz. Estava, até que ouviu um estrondo vindo de seu quarto. Sua espinha gelou, afinal, era lá que guardava sua arma, e sem ela não era grande coisa.

"Você não pode sair perguntando pras pessoas por que elas são brancas, Karen"

Calmamente, pegou uma faca na cozinha. As luzes estavam apagadas. Ele empurra a porta entreaberta, vendo seu poster de gato lhe mandar se fuder em inglês. Respirou fundo e adentrou, ligando a luz e soqueando o ar, quando foi segurado pelo pulso e encurralado contra a parede. Namorava Hoseok há seis meses agora, mas já conseguia reconhecer algumas coisas, como o modo como respirava após fumar.

Mas uma coisa que ele não reconhecia era o quão gostoso seu namorado ficava em roupas sociais.

O sorriso de coração não se desfez quando viu a faca – ingênuo como era, devia ter achado que o mais velho estava cozinhando –, mas aproveitou que Yoongi estava surpreso demais para reagir para atacar seu pescoço com beijos, já que em seu rosto havia uma máscara.

— Meu homenzinho tá se cuidando? Que coisa mais lindinha.

— Sai, Hoseok, me solta.

Ignorado, continuou a levar beijos pelas clavículas enquanto se contorcia. Sentia seu corpo ferver, mas não conseguia afastar Hoseok de jeito nenhum, e não queria machucá-lo com a faca.

— O que você tá fazendo aqui?

— Aish, cê tá de mau humor. Se não quer eu vou embora.

— Não é isso — Ele revirou os olhos, mais tranquilo por estar somente encurralado contra a parede agora —, mas da onde você surgiu? Não ia passar o dia com os seus pais hoje?

— Eu passei, e agora vou passar a noite com a minha namorada.

— Hoseok, você sabe que eu não gosto quando me trata no feminino.

— Eu sei, mas é que meus pais acharam que era uma mulher quanto eu disse que tava namorando.

— O QUÊ?

Yoongi deixa a faca cair e o cabo acerta o dedão do pé de Hoseok, que age como se tivesse sofrido uma amputação ali, até ver que seu drama não lhe renderia um Yoongi preocupado que facilmente abriria as pernas pra si.

— Que porra é essa Hoseok?

— Eu contei pra eles que tô namorando.

— Você quer ser deserdado?

O Min estava, de fato, puto da cara, mas tudo mudou quando Hoseok lhe encarou de cima a baixo.

— Tem coisas que valem mais a pena na vida.

Com as bochechas coradas, Yoongi empurra Hoseok e vai até seu guarda-roupa em busca de uma camiseta velha, mas logo é impedido por braços em volta de sua cintura que o erguem no ar, fazendo com que debata as pernas.

— MAS QUE PORRA É ESSA?

— Não que eu tenha vindo até aqui só pra te comer, mas vai Yoon, a gente nunca fez na sua casa, e eu sei que sua mãe não tá, e eu vi o Namjoon sentado no colo do Jackson nos status dele.

Yoongi lhe lança uma olhada feia, recebendo uma encoxada em troca.

— Eu não vou dar pra você tão fácil assim — Disse autoritário, mas Jung só sorriu mais, rodopiando com ele no ar até estar perto suficiente da cama para lançá-lo.

— Eu deixo seu pau duro em questão de minutos.

E antes que pudesse responder, xingar ou questionar mais sobre a história de ser sua "namorada", Yoongi tinha o ruivo por cima de si, apalpando seu peito nu enquanto comandava um beijo afoito e malcriado, que espalhou saliva pelas bochechas de Min como se fossem amadores, mas na verdade só não conseguiam se conter. Hoseok sentou no colo do mais velho, rebolando devagar enquanto puxava seu mamilo direito entre os dedos.

— Não disse? — Sorriu aberto ao sentir o membro de Min pulsar em sua bunda, mas tampou sua boca antes de obter uma resposta.

A porta da frente foi batida, e como um profissional, Hoseok correu em silêncio para fechar a do quarto de Yoongi e desligar a luz, tendo tempo apenas de se enfiar debaixo das cobertas ao seu lado quando sua mãe abriu a porta do quarto e perguntou se estava acordado.

— Hmm... me deixa dormir, véia.

— Na próxima vez desliga a TV, cabeça de bosta — Suspirou, mas tentando disfarçar a insatisfação em não ter Yoongi pra conversar sobre a noite que teve —. Boa noite, filho, eu te amo.

— Também te amo.

A porta foi fechada, e não levou cinco segundos para Hoseok estar novamente apertando seu peito.

— Ôh, seu merdinha, parô!

— Você fica tão fofinho quando é carinhoso com quem ama. Dá vontade de botar de quatro e meter até você perder a voz.

Hoseok poderia parecer um bobinho apaixonado no início, mas com o tempo Yoongi aprendeu que, o que ele tinha de ingênuo no dia a dia, tinha de pervertido à noite. Nem no auge da sua puberdade o Min tinha gozado tanto quanto nos últimos meses. O Jung parecia ser insaciável, por mais que estivesse no limite da satisfação toda vez que transava com seu menino.

— Para com isso.

O mais alto leva a mão para a bochecha de Min para poder sentir o calor de seu rubor, e então passa o polegar por seus lábios.

— Se você não estiver afim eu posso voltar. Só queria te ver mesmo. A saudade tava me matando.

Sim, eles tinham se visto há dois dias. Não, Hoseok não estava exagerando ou mentindo.

Sim, isso acontece até os dias de hoje.

Ou acontecia, porque atualmente, ambos se encontram separados em um cativeiro escuro e sanguinolento.

GUNSHOT | sope longficOnde histórias criam vida. Descubra agora