Eu sinto solidão e vazio em lugares lotados e cheios de vida. Onde há pessoas conversando, rindo, aproveitando e aparentemente vivendo, tem eu, apenas existindo e observando. Tenho a sensação de que não importa o que eu faça, viver não me pertence. Ainda que eu levante todos os dias para o trabalho, que tome banho, que arrume a casa, que cozinhe, que pregue, que ensine, que sorria, que coma ou que durma, eu sinto, que viver não me pertence. Pois em qualquer canto que eu vá a vida falta. Tudo é um banho violento de ecos, futilidades e desconexão.
Desconexão de pessoas. Desconexão de vida. Desconexão de mim.
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As borboletas morreram, precisamos falar sobre isso.
PoetryCaracteres de palavras ditas, palavras não ditas, e palavras que jamais serão. Dores transformadas em palavras, palavras feitas para matar, mas que na verdade quem morre, é quem as escreve.