Para alguém qualquer…
A verdade mesmo é que eu não preciso de julgamentos nem de um monte de gente me dizendo o que devo fazer. "Você tem que isso", "você precisa daquilo".
Sabe…? Tem horas que a gente só quer ser ouvido. Não preciso que minha falta de energia seja vista como preguiça ou que minha depressão seja falta de fé ou que a ansiedade e pânico que me devora pelo estômago seja vista como um exagero ou uma desculpa…
É claro, eu entendo que uma dor dessa magnitude não vai ser entendida mesmo. Mas dá pra compreender. Dá pra compreender que a minha força não é igual a sua, que meu limite pode vir muito antes do seu, que posso não enxergar com os seus olhos…
Tá, eu também entendo que não está sobre seus ombros a obrigação de me aceitar, ou de se importar comigo. Mas penso as vezes que se quisesse mesmo o meu bem, talvez devesse pensar em como suas palavras podem me atingir. Em como elas podem mudar o meu dia, minha semana, meu ano, a minha vida…
Posso estar exagerando ou sendo sensível demais? É… eu sinto isso e tento ser madura sobre esse ponto de vista. "Não foi por mal', "não foi a intenção…" Só que essas "desculpas" não se tornam um combustível pro perpetuar do erro? Uma justificativa…
Eu não preciso de justificativas. Não pra isso.
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As borboletas morreram, precisamos falar sobre isso.
PoesíaCaracteres de palavras ditas, palavras não ditas, e palavras que jamais serão. Dores transformadas em palavras, palavras feitas para matar, mas que na verdade quem morre, é quem as escreve.