Ret
Joguei o resto do baseado que vim fumando no caminho pela janela, e estacionei o meu carro duas casas antes, tirei a chave da ignição e saí seguido pela contenção. Antes de entrar na casa, travei as portas com a chave e tirei a minha arma de trás da minha cintura passando pra frente. Bagulho tava agitado lá dentro, ia dar mole não.Poze: Andrézin sabe fazer uma resenha de respeito, porra.
Entro na casa com os caras, onde a galera já tava altinha. Uns moleques se aproximou da gente cumprimentando, e as minas assim que viram chegar começaram a vir pra cima igual mosca em cima do cara. Parece que nunca viram uma pica na vida pra tá nesse desespero todo.
Eu: cadê o André? — pergunto pro Gzão ignorando elas.
Gzão: vou chamar ele aqui rapidão, chefe. — ele se desencosta da parede e sai pra chamar o André.
Olho pro meu Rolex no pulso indicando ser 21:50, pretendia demorar muito não, amanhã ia viajar cedão pra búzios pra resolver uns assuntos pendentes e voltar no mesmo dia pra resolver os daqui. Soube que tinha um x9 passando informação pro morro rival, e não tinha coisa pra me deixar mais bolado que isso, mentir e os caralhos, isso fazia meu sangue ferver, papo reto. Eu só tava esperando a contenção pegar esse arrombado e trazer pra eu dar um jeitinho nele, tava pensando que essa porra era brincadeira, comigo não funciona assim não. Se abrir a boca, eu encho ela de bala.
André: fala tu, chefe — faço um toque de mão com ele — bom te ver aqui.
Eu: vou demorar muito não, tenho umas parada pra resolver amanhã, passei só pra te entregar isso mermo — entrego o pacote de maconha na mão dele — teu presente.
André: fez a minha noite, pô — ele beija a maconha, sorridente — vem pegar uma cerveja, entra, chegou agora, tá cedão.
Peguei uma cerveja e fiquei trocando um papo com os caras, o resto da contenção tava lá fora com os fuzil na mão vigiando o movimento, não podia marolar nem no meu terreno, o tanto de pela saco que queria tomar o meu lugar não era brincadeira, tinha que ficar sempre ligado.
André: já descobriu quem é o vacilão que tá passando as ideias pra lá?
Eu: já — acendo o cigarro entre os dedos — amanhã vou encher a boca dele de bala pra geral ficar esperto.
L7: tá vidrada em tu, chefe. — olho pra onde ele tava olhando.
Paro em um par de olhos específicos. Uma moreninha do cabelão, absurda de linda, me olhando na curiosidade. Poze também falou alguma parada que eu nem prestei atenção, eu tava cem por cento focado na moreninha linda que me fitava enquanto conversava com as amigas que tava do lado dela.
Provável que tenha menos de vinte anos, carinha de novinha com corpo de mulher. Ela tentou disfarçar olhando pra outro canto quando viu que eu também olhava pra ela.Eu: quem é ela? — pergunto pro André, dando uma tragada no cigarro e soltando a fumaça e enquanto fito ela, fissurado.
Vejo ela tirar os olhos de mim, ficando de costas, fazendo os meus olhos cair diretamente pra bunda dela toda marcadinha no vestidinho curto.
André: Ayanna.
Começou a tocar um funk, e as amigas dela puxaram ela pra dançar, observo ela jogar o cabelo pra trás e segurar na barra do vestido enquanto rebolava aquela bunda de forma imoral, me fazendo criar mil e uma fantasia só com aquela cena. Vez ou outra ela virava pra me olhar no olho, isso enquanto rebolava. A filhinha da puta tava me provocando, e eu tava gostando. Sorrio ladinho pra ela, entrando na porra do joguinho dela.
Poze: jogando charminho pra tu ainda, paizão. — ele me catuca, e eu continuo com os meus olhos nela.
Quando o funk acabou, começou a tocar pagode e todo mundo que tava lá fora entrou se tumultuando em um único lugar. Agora tinha bem mais gente que quando eu cheguei. Pela quantidade de gente, eu já não conseguia mais ver a morena de onde eu tava, tinha perdido total a visão dela. Enquanto conversava com os caras, umas minas se aproximaram da gente, até deixei ficar, mas eu não curto esse bagulho de tá na minha cola o tempo todo não, então mandei meteu pé.
Por reflexo eu olho pro lado vendo a Moreninha sair em direção ao terraço sozinha, segurando o celular no ouvido enquanto falava com alguém. Decidi que essa seria a hora exata de ir bater um papo com ela, era agora ou nunca. André me contou que a mãe dela é muito cuidadosa com ela, por ser a única filha mulher e aquelas coisas, e que as vezes chegava a ser chato o tanto que ela ficava em cima da mina. Então eu não iria perder a oportunidade, eu queria matar a minha vontade naquela noite, e eu ia.Me levanto sem dizer nada e sigo até o terraço. Ela tava lá, encostada do lado de fora do portão digitando no celular que segurava na mão, bem concentrada. Antes mermo de eu falar alguma coisa, ela se vira tomando um sustinho ao me ver ali, parado atrás dela, com os braços cruzados e os olhos fixados naquele rostinho de anjinha/diaba que ela tem. Observo ela desligar o celular e entrar às pressas, como se estivesse com medo. Só que antes dela passar por mim, eu seguro o braço dela sem força nenhuma, foi mais um toque pra ela prestar atenção em mim.
Eu: precisa ter medo não, pô. — ela engole em seco, me encarando.
Ayanna: tu quer o quê comigo? — ela pergunta baixinho e eu sorrio.
Eu: não foi tu que tava de provocação? — sorrio na ironia, e ela fica séria — tu sabe o que eu quero, garota.
Ayanna: eu não me envolvo com gente igual tu não, eu hein. Vai procurar alguma dessas putas que querem te dar. — ela aponta pra dentro da casa, e coloca o cabelo na frente do corpo quando percebe meu olhar na marquinha de biquíni aparente.
Eu: tua sorte é que tu é linda, do contrário já tava com uma bala na testa. — passo a língua nos lábios vendo ela acompanhar o movimento.
Ayanna: e ainda me ameaça — ela ri irônica cruzando os braços — e eu não tava provocando ninguém não, tu tá viajando.
Porra, foi a picada pra mim. Eu ficava bolado quando alguém tentava me passar como otário, na moral mermo. Essa mina não tinha medo do perigo, tava abusando da sorte. E te falar, isso só me deixou ainda mais na vontade, sem caô.
Eu: paga de doida, e eu tiro essa tua marra rapidinho. — puxo ela pela nuca, fazendo ela oscilar em cima do salto e ficar mais próxima de mim — tô te palmeando de longe na maior vontade, tô ligado que tu também, então não dificulta essa porra.
Ayanna: tá maluco, né? Eu não fico com bandido, já te disse.
Eu: fica não? — ela nega e eu assinto passando a língua no canto da minha boca.
Ayanna: não. — ela vacila descendo o olhar, de novo.
Poxa ainda mais a nuca dela pra mim, fazendo a minha respiração se misturar com a dela, que já estava começando acelerar. Mesmo de salto, eu ainda tive que baixar um pouco a minha cabeça pra colar a minha boca na dela, mas sem beijar, só pra atiçar mermo. Com a nossa boca roçando uma na outra, eu desci uma mão pra cintura dela colando ainda mais o corpo dela no meu, e sem querer prolongar mais esse caralho que estava me deixando no maior tesão, avancei pegando o lábio dela, na violência mermo. E a real, era que pela forma que ela retribuiu, era nítido que era disso que a moreninha gostava.
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Oi, gostosas!Pensei em continuar de onde parei, mas preferi postar os capítulos anteriores que está na outra conta.
Vou tentar postar o mais rápido possível e continuar do jeitinho que vocês amaram.
Obrigada por não desistirem da fic, e se puderem, me ajudem deixando uma estrelinha. 🫶🏽