31 de maio, 2016
― Mãe...
― Você pode me explicar que história é essa de divórcio?
Silêncio. Apenas respirações aflitas ecoavam pela sala. De um lado, Juliette, com os olhos arregalados e as mãos tremendo levemente. De outro, Lourival, Rodolffo e Fátima. A mesma tinha a mandíbula travada e fuzilava a filha com os olhos.
― O que você está fazendo aqui? ― Perguntou a morena ainda meio desconcertada por sua presença.
― Não responda a minha pergunta com outra pergunta!
Juliette respirou fundo. Aquele era um dos momentos mais temidos pela morena, não era assim que pretendia contar sobre a separação para seus pais. Queria contar o ocorrido, explicar-se com calma, tentar ao máximo evitar uma discussão.
― Não vou ter esse tipo de discussão com a senhora aqui.
― Me responda Juliette Freire, é verdade essa história que Rodolffo me contou? ― Fátima ergueu o tom de voz.
― É sim. Eu não sei até que parte ele contou... ― A morena suspirou. ― Mas tudo é verdade.
― Como você pode ser tão estúpida, Juliette? Hein? ― Vociferou, balançando a cabeça negativamente.
― Qual é o seu problema? ― Juliette falou em um tom totalmente calmo. ― Você fala como se eu fosse uma adolescente. Eu tenho 32 anos de vida, posso tomar as minhas próprias decisões sozinhas e sem a sua opinião, essa que eu não me lembro de ter pedido.
― Será que você não entende que isso vai arruinar a sua vida? Destruir um casamento assim...
― Eu estou grávida. ― Disparou desesperada, sentia vontade de chorar, mas não podia deixasse se abater. ― Eu estou grávida e meus filhos não são do Rodolffo. Meus filhos são de outra pessoa.
― O que?! ― Dessa vez foi Lourival que deixou escapar boquiaberto. Fátima estava completamente chocada.
― Parabéns, vocês vão ser avós de gêmeos!
Rodolffo tinha os olhos levemente arregalados, havia sido pego de surpresa pela afirmação da morena, então se engasgou com a própria saliva. Ele limpou a garganta e fitou a mulher, Juliette lhe devolveu um olhar frio.
― Você vai ter gêmeos? ― O rapaz direcionou sua pergunta à Juliette, indicando ainda mais mágoa em seu peito.
― Sim. ― Como seu olhar, sua voz saiu fria também. ― São dois, descobri há alguns dias.
Juliette se perdeu na lembrança da imagem do ultrassom e o som dos corações dos seus bebês, algo tão pequeno que se transformara num amor que quase a sufocava.
― Como é que é, Juliette? ― A morena pôde ouvir a mãe esbravejar novamente. ― Você está grávida? De quem é essa criança?
― Isso não importa.
― Por que não importa? ― Rodolffo riu irônico, estava com o ego tão ferido que procurava qualquer motivo para ridicularizá-la. ― Está com vergonha de contar para sua família o tipo de pessoa com quem é capaz de se envolver?
― Quem é o pai? ― Lourival perguntou também curioso.
Juliette lançou um olhar furioso e perverso à Rodolffo. Sentindo que a qualquer momento poderia voar no pescoço do homem. Seu peito estava inflado, os punhos cerrados e sua respiração pesada.
― Não há pai. ― Disse de uma vez. ― Sarah é a mãe dos meus filhos. Ela é uma garota intersexual. Isso consiste em uma pessoa que apresenta uma anatomia reprodutiva e sexual que não se ajusta às definições de masculino e feminino.
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PILLOWTALK [ INTERSEXUAL ] SARIETTE
Fiksi Penggemar"Sou o seu suspiro, sou esse gemido que você solta assim que eu te chupo, gemido baixo, alto, sem pudor, tímido. Sou a explosão de endorfinas que faz você pirar. Sou o tesão, o prazer, a loucura, sou a suplica do não para e fode gostoso, com força...