Dez

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Jimin dormiu até tarde na manhã seguinte. Ele imaginava que todos na fazenda Kim fariam o mesmo.

Fazia menos de uma hora que  o ômega estava em sua própria cama quando ouviu carruagens chegar, os primos subiram a escada correndo com risinhos e sussurros um para o outro até parecia que eles tinham conseguido se divertir sem a ajuda de Jimin, que ficou feliz por isso.

Os três sempre aprontavam juntos.

Parte dele ficou tentado a sair do quarto e perguntar como tinha sido, queria ouvir todas as notícias de Tae e Yoongi, mas decidiu que haveria tempo para essa conversa. Sua noite com Jeon o deixou deliciosamente esgotado, e os outros acreditavam que ele estava doente.

Então, quando sua mãe abriu a porta agora destrancada e sussurrou um "Jimin?" cauteloso, ele não respondeu, fingindo que dormia, e então adormeceu de verdade. A mais velha havia ido ali várias vezes já.

Dormiu pesado todo seu corpo tinha feito por merecer, quando acordou ouviu sons vindo da cozinha, onde preparavam o café da manhã. Seu quarto ficava bem em cima da sala de jantar, e ele conhecia bem aquele murmúrio distante de talheres e porcelana trazidos pelo ar com cheiro de torrada e manteiga.

Jimin se levantou, lavou-se e colocou sua roupa favorita para depois descer a escada.

Não. não descer ele flutuou escada abaixo.

O ômega estava amando, iria se casar teria uma bonita casinha naquela vila que passou a considerar seu lar, ele e Jungkook construiriam juntos uma vida e uma família. Podia não ser o futuro que sua mãe tinha planejado, mas era mais felicidade do que Jimin tinha sonhado que conseguiria um dia.

E até o fim do dia todo mundo saberia da verdade.

No corredor diminuiu o passo, intrigado pelos sons que vinham da sala de jantar.

— Ele está vindo — alguém sussurrou.

Uma trovoada de sons abafados se seguiu. Houve um tilintar apressado de talheres. Então o loiro fez a curva e entrou na sala de jantar e todos ficaram em um silêncio absoluto e sinistro.

— Meu Deus — Exclamou. — O que foi? O que há de errado? — Um dos garotos largou a colher na mesa. — Estão vendo, eu disse para vocês que ele não sabia nada disso.

— Quieto, Yoongi! — A Sra. Kim pigarreou e encarou Jimin.

— Você parece estar muito bem esta manhã, Park Jimin. Não dá para dizer que estava mal na noite passada.

— Obrigada. — Ele falou devagar, sem gostar do tom desconfiado. — Estou me sentindo muito melhor.

Todos os observaram com desconfiança e trocaram olhares significativos. Seu coração acelerou.

"Oh, Deus. Eles sabiam. Todos sabiam. Alguém a tinha visto escapulindo para ir se encontrar com Jeon ou voltando depois de encontrá-lo."

— Eu não acredito que ele tenha feito isso — Tae sussurrou.

— É provável que seja uma confusão.

Todos continuavam lhe encarando de canto de olho, sussurrando com as mãos na frente da boca.
Então aquilo começou ficar constrangedor, Jimin entendeu. Seus anos de refinamento não importavam mais, pois, perdeu a paciência.

Com todos olhares de repulsa não tinha dúvidas que a casa Kim sabia que ele havia entregado sua virgindade a Jeon, e como se o seu belo traje azul estivesse coberto de terra ou alguma praga Jimin se sentia doente de verdade. O que estavam pensando dele? O que isso significaria para Yoongi?

Os Park's estavam irremediavelmente destruídos.

A empregada cutucou sua senhora vendo a agonia do ômega. — Ande logo com isso. Alguém tem que perguntar.

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