Três

284 52 6
                                    

Na manhã seguinte Park Jimin acordou com todos os tipos de arrependimentos possíveis e esses arrependimentos faziam doer sua cabeça, olhos e também feriam seu ego. Aquela dor latejante na sua cabeça parecia as batidas descompassadas do seu coração quando via o moreno.

Ele gemeu e cobriu os olhos com as mãos sentindo uma enorme vergonha ao ter flashes de algumas lembranças da noite passada.

— Se existe e eu acredito que existe um Deus justo e poderoso. Me leve agora! Eu imploro. — Cobriu a cabeça com a coberta jurando nunca mais sair de casa. — Como pude ser tão desonrado, céus.

Ouviu baterem na porta, cambaleando se levantou da cama e foi abrir a porta do quarto. Encontrou quem menos queria, depois de Jungkook claro. Sua mãe.

— Jimin? — Sua mãe estava um tanto chocada com a situação que se encontrava. — Céus meu filho, não dormiu? De qualquer modo não temos tempo. — Levou o corpo do rapaz até a cadeira da penteadeira. — Passe uma maquiagem leve penteie os cabelos, não prenda tudo deixe os cachos levemente soltos. — Piscou. — Iremos à cidade.

— Olha mamãe, eu não estou bem. Estou muito mal da cabeça e do coração. Por favor, vá embora! — Pela primeira vez em sua vida enfrentou a mãe. — Prefiro ficar na cama.

[...]

Como se tivesse adiantado. O ômega andava na rua principal do vilarejo torcendo para não se encontrar com o alfa, o guarda-sol não fazia sua função. O rapaz usava-o para esconder seu rosto a todo custo, enquanto sua mãe cumprimentava a todos.

— A não. Não. Não pode ser. — O jovem quase teve um ataque, ouviu de longe alguém saudar o alfa.

— Oras, olhe meu filho que absurdo. — A mais velha o puxou pelo cotovelo. — Um empregadinho qualquer todo imundo guiando a carruagem do seu tio. — Viu que o filho não lhe dava atenção e ficou extremamente irritada. — Tire esse treco do rosto Jimin. — Puxou o filho e juntos foram em direção ao moreno. — Ei você, rapaz! O que faz com a carruagem do meu cunhado? — Ela fez parecer como se Jeon tivesse roubado.

— Olá, bom dia para senhora também! — Sorriu educadamente. — Bom dia senhor Jimin. — O loiro quase enfartou, quase morreu por Jungkook falar com ele e por sua mãe dar-lhe um beliscão tão desnecessário. — Seu cunhado pediu que levasse de volta a fazenda depois que arrumasse, assim poderia testar as novas rodas. — Com toda paciência respondeu à mulher. — Posso ajuda-la em algo?

— Com certeza você pode levar meu filho Jimin de volta a fazenda, o pobre é muito branco veja está todo vermelho. — Mal sabia ela que o motivo dele estar corado não era o sol. — Seja um bom empregado e faça isso. — Entregou duas moedas de prata ao homem.

— MÃE! — O filho praticamente gritou.

Quantas maneiras ainda ela conseguiria insultar o outro? Jeon não era um empregado ele era um profissional qualificado, um artesão habilidoso e um alfa fantástico. Todos na vila o respeitavam, o adoravam!

— Por favor, não se incomode conosco. — Sentiu vontade de esganar a mais velha. — Eu posso muito bem ir andando.

— O quê? — A mãe rebateu irritada. — Você vai ficar enrugado e cheio de rosácea. — Encarou o rapaz. — Perdoe-me só agora entendi, tome mais um trocado para levar meu filho. — Deu mais três moedas de prata ao outro.

Outra vez de nada adiantou a opinião de Jimin, essa nunca contava. Lá estava ele na carruagem acompanhado de Jungkook, sozinhos os dois na estrada deserta a caminho da fazenda.

— Oh! Desculpe. — Mordeu o lábio com força. — Por tudo, minha mãe também a noite passada. — Brincou com os dedos.

Jungkook encarou o loiro e suspirou, as feições atraentes dele estampavam sua confusão. Park Jimin era todo atrapalhando mais aquilo era adorável.

Encontrei o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora