𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖁𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝕿𝖗𝖊̂𝖘

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Domingo na Rocinha 🗓️
32,1° | 17:35 🌔

Sirius

Quando aquele merda do alemão tio da Maria Eduarda falou quem eram os pais dela e que eles que tinham autorizado a operação do B.O.P.E aqui na Rocinha fiquei com mó ódio parceiro. Na minha cuca só vinha perguntas que me confundiam ainda mais. Ainda que eu amasse aquela pretinha, eu não sabia se podia mais confiar nela. Será ela me enganou esse tempo todo? Será que ela sabia dessa operação e me levou para essa emboscada? Será que ela só estava comigo para descobrir alguma coisa e contar para o pai promotor filho da puta e a mãe juíza desgraçada? Eu estava me sentindo uma idiota. Como pude ser tão burra porra. Eu uma das criminosas mais perigosas do Rio de Janeiro. De frente na facção mais perigosa do Brasil. Deixei ser feita de palhaça por uma nega que mal conhecia. Só de pensar que ela me tirou de otária esse tempo todo, meu sangue borbulhava parça. Eu não consegui conter oque estava sentido e comecei a falar tudo oque vinha na mente mermo. Fiquei mais puta ainda, quando vi ela entrando na viatura com o desgraçado do comandante do B.O.P.E.

Sirius: O JK TINHA RAZÃO SOBRE VOCÊ MARIA EDUARDA. VOCÊ NÃO É DE CONFIANÇA. ATÉ AS PUTAS DAQUI DO MORRO TEM MAIS VALOR QUE VOCÊ - Falo gritando do portão.

Depois que falei aquilo vi ela ficar pálida, como se tivesse passando mal. Meu corpo quase foi no automático atrás dela já dentro da viatura do B.O.P.E, mas minha mente impediu depois que lembrei quem era os pais dela. Quando já ia entrar no portão da minha goma, sinto um impacto forte e ardor logo em seguida. Minha visão fica turva e só me lembro dos vapores terminando de fechar o portão e indo me ajudar.

Vapor: Chefe, fala comigo. Fica acordada caralho - Fala dando um tapa na minha cara.

Sirius: Oque tá acontecendo parceiro? - Falo fraca desmaiando.

Apaguei.

Hospital Central da Rocinha 🏥
Sábado | 14:37 ⏰

Abri meus olhos e logo vi uma luz bem forte na minha cara. Estava com uma dor de cabeça fudida. Olhei para os lados para tentar entender onde eu estava. Caiu a porra da minha ficha quando olhei para cima e vi que estava cheia de fios por todo o corpo. E só ouvia um pi, pi, pi, pi. Estava no hospital parceiros. Como eu vim parar aqui? Eu queria sair logo dessa cama de merda. Quando tentei de levantar uma enfermeira chegou no quarto.

Enfermeira: Olha, finalmente a senhora acordou - Fala dando um sorriso.

Sirius: Me explica oque aconteceu porra. Que caralho eu tô fazendo no hospital minha parceira? - Falo tentando me levantar.

Enfermeira: Não, a senhora não pode se levantar só ainda. Oque aconteceu foi que você levou um tiro de fuzil. E trouxeram a senhora para o hospital. Fizemos uma cirurgia de emergência. Porque mesmo a senhora estando com colete a bala ultrapassou e feriu a sua costela - Fala me colocando de volta na cama.

Sirius: Puta que pariu - Falo tendo alguma flashback do que aconteceu.

Enfermeira: Você precisa descansar agora. O seu amigo Antares vai chegar Jajá, ele sempre vem na hora da visita. A senhora está sentido alguma dor? - Fala anotando alguma coisa em uma droga de prancheta.

Sirius: Tô com dor de cabeça mermo. Mas por favor não me chame de senhora. Sei que tô fudida nessa cama. Mas pode me chamar de Sirius.

Enfermeira: Ok Sirius - Fala injetando um remédio no soro - Vai querer mais alguma coisa?

Para falar a verdade parceiros eu tava doida para dar um mijão. Mas tava morta de vergonha de ter que pedir para a enfermeira me levar no banheiro. E ainda mais parça tava com aquelas batas finas, puta que pariu. Foda-se a vergonha parça se não pedir para essa enfermeira me levar para mijar, vou achar mijando na cama mermo. Já tô vendo até o Antares e a PA me gastando por causa disso.

Dona do Morro e Sua AdvogadaOnde histórias criam vida. Descubra agora