VI ﹤ Aos poucos.

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10:05 hrs.
27/05/2024, sábado.

ELES SE encontravam ainda adormecidos, quando o despertador de Lee se dispara com um barulho que perfurava suas barreiras auditivas. Era como martelarem seus cérebros cansados.

Os rapazes acordam, com desprazer em seu espreguiçar. Felix desliga o aparelho que os impedia de dormir por mais algumas horas. Ele olha para o horário.

“10 horas? …”

O garoto nem sequer se importou com o fato de ter perdido seu horário para estar no trabalho. Nem sequer se lembrou que tinha que trabalhar aos sábados…

5 ligações perdidas de seu superior. Ele apenas queria dormir.

O loiro vestiu seu corpo nu com uma cueca Box e uma camiseta 3 vezes maior que si, com uma estampa de um leão nas costas, de um programa contra as drogas… contraditório já que o mesmo leão estampado fumava um baseado. Felix não ficou atrás desse pensamento e acendeu um cigarro.

O garoto já preparava o café quando Hyunjin acordou, o qual vestia apenas sua cueca Box, que o mesmo encontrou pelo caminho, no corredor…

— Acordou cedo… — O moreno esbraveja se sentando a cadeira da bancada.

— São 10:00, isso é cedo para você? — Lee ri, enquanto coava o café quente.

— Madrugada ainda. — Desta vez os dois riem. Até que eles estavam em harmonia…

Uma bela harmonia.

Era um sentimento que já existiu dentro de seus corações antes, mas identificável.

A campainha toca. O loiro se assusta com o barulho, mas logo se põem em direção a porta.

Cachaça, sua cachorra, estava deitada no tapete
da sala, mas se espantou junto com o barulho agudo.

Lee abre a porta, se deparando com seu pai. Um homem de 1,70 com peles claras, cabelos negros, roupas “praianas” e um belo sorriso em seu rosto.

— Meu filhão! — O homem abraça seu filho assim que o vê, sem nem dar tempo que Felix possa reagir de alguma forma.

Era uma surpresa, já que seu pai morava na Austrália, e nem ao menos o avisou que vinha… Bom, talvez o intuito era realmente ser uma surpresa. Deu certo.

— Pai?! O'Que faz aqui? — O rapaz se abre em um sorriso espontâneo, abraçando seu pai de volta.

Hyunjin que estava sentado, se levanta e corre em direção ao corredor, colocando uma calça e vestindo sua camiseta.

Cachaça pula nas pernas do homem moreno, o cumprimentando.

— Você está enorme, Soju! — “Soju”, a forma carinhosa e coreana de seu pai chamar a cachorra de estimação do seu filho.

— Entre, pai. Estava fazendo café, o senhor já comeu? — Enquanto Felix dizia, seu pai adentrava a casa, admirando os detalhes. Ele estava feliz pelas conquistas do filho.

O moreno voltava a se sentar na mesma cadeira que antes.

— Ah, pai, este é Hyunjin, um amigo meu. — “Ou o cara com quem transei a madrugada inteira, chame-o como quiser”, Felix não podia dizer, mas ele pensou. — Hyunjin, este é meu pai, Lee Connor. — O rapaz estende sua mão para cumprimentar Connor, assim descendo da cadeira que assentava também.

— Não acredito que vocês ainda são amigos! — O Lee mais velho ri. — Me lembro de quando vocês tinham 13 anos e eram amigos na Austrália.

Assim que estas palavras saíram de sua boca, o homem pode ver e perceber a confusão dos garotos a sua frente.

Eles o encaravam, e com o olhar perguntavam “que você está falando, velho louco?”.

— Perai… Não se lembram? — O mais velho ri novamente. — Quando tinham 13 anos, seu pai, Hyunjin, foi até a Austrália para a publicação do segundo livro de sua saga, se lembra disso?

— Disso posso me lembrar… — Sua expressão ainda era confusa. Ele se lembrava, mas sua ficha ainda não havia caído.

— Bom… Eu e minha esposa éramos amigos de seu pai, o que aproximou você e Felix… Estão lembrados agora? — Ele cruza os braços. O grande e radiante sorriso não saia de seu rosto. Hyunjin agora sabia de quem Felix havia puxado o brilho especial.

Seus semblantes mudaram. Era perceptível que suas memórias se descongelaram. Era como se eles parecem no tempo, voltando ao passado novamente.

O clima parecia pesar, o contrário do que deveria acontecer…

— Qua caras são essas? Parecem que viram o bicho papão! — Connor tenta animá-los.

O único que sabia do segredo de Felix, o único que o apoiava de verdade, o único que o consolou quando seu amor de infância partiu quando tinha 13 anos o deixando desconsolado… o único que tentava apaziguar as coisas em uma situação constrangedora e repentina.

Como caralhos Felix poderia imaginar que estava fudendo com quem já foi apaixonado aos 13?!

Constrangedor

———

Sinto que está começando a ficar emocionante!

Total de palavras: 772...

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ꜰʀᴏᴢᴇɴ ᴍᴇᴍᴏʀɪᴇꜱ ~ (Hyunlix)Onde histórias criam vida. Descubra agora