Amigos, amigos, boquetes à parte

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Sejam bem vindes! hoje promete ein... Boa leitura! :)

Capítulo VI

Amigos, amigos, boquetes à parte.

Valeu cada pedacinho — S. K.

DAICHI

Suga estava encarando a paisagem enquanto descemos pela montanha.

O sol ia sumindo aos poucos, enquanto a noite surgia.

— Se divertiu? — perguntei, quando chegamos novamente ao chão.

— Foi o melhor dia da minha vida — falou, com um sorriso enorme no rosto.

Sorri, eu estava satisfeito. Mas ainda não tinha acabado nosso dia.

— Que bom — falei, capturando sua mão. — Mas guarde essa frase para o final do dia, ainda não acabamos.

Seus olhos abriram, e não tirou sua mão da minha.

— Já vamos para lá? — falou, e mesmo com o dia escurecendo, eu enxergo suas bochechas ruborizadas.

Assenti, começando a caminhar.

— Vamos pegar um táxi até lá — falei, apertando mais nossas mãos para aproveitar o calor.

Suga ficou quieto durante o caminho. Não disse uma palavra dentro do carro, assim como não soltou minha mão em nenhum momento.

Sei que ele está ansioso. E eu estou também.

— Chegamos — o taxista respondeu, entreguei o dinheiro e saímos do carro.

Suga enfiou a mão dentro dos bolsos da blusa, encarando a fachada do lugar.

— Vamos — falei, caminhando até a recepção.

Mostrei os ingressos para a atendente e ela explicou o que tínhamos direito naquela noite.

— Temos a piscina central, todos podem frequentar lá, mas também temos a particular, vocês podem reservar por uma hora com esse ingresso — falou, e eu assenti.

— Podemos reservar agora? — perguntei e ela assentiu.

— Temos uma sala vaga, vou mostrar primeiro o quarto de vocês — falou, com um sorriso simpático.

Assenti, e ela me entregou uma chave.

Caminhamos em silêncio até os corredores dos dormitórios, mas o único que me incomodava era o silêncio dele.

Não sei o que passa em sua cabeça, mas vê-lo inquieto assim me deixa inquieto também.

— Aqui está — falou, abrindo a porta.

Era um quarto grande, duas camas de solteiro que mais pareciam de casal.

Senti Suga relaxar ao meu lado.

— Vocês podem se trocar e então mostro a sala para vocês — falou, se virando para nós. — Eu aguardo lá fora, tem roupões no banheiro.

Assenti, agradecendo.

Ela fechou a porta, nos deixando a sós.

Me virei para Suga, ele tinha os olhos dispersos pelo local.

Sorri, ele dissociava rápido, já estava me acostumando com essa cena.

Levei as minhas duas mãos às laterais do seu rosto, o puxando para a realidade.

— Ei, não vamos fazer nada se você não quiser — falei em um sussurro. — O dia é nosso, lembra?

Ele assentiu.

Cão que não ladra, morde. (Daisuga)Onde histórias criam vida. Descubra agora