De privacidade e liberdade todo mundo tem um pouco

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Bem vindes!

gente esse capítulo entrou na minha lista de favoritos! espero que gostem tanto quanto eu <3

Capítulo V

De privacidade e liberdade todo mundo tem um pouco.

Ninguém vai reconhecer a gente aqui, somos livres — D. S.

SUGAWARA

Eu estava tão ansioso que minhas mãos suavam.

Eu nem sei dizer quantas vezes rodei o quarto dentro de meia hora.

Estava esperando Daichi aparecer.

Ele disse de manhã cedo, mas cedo quando?

Eram sete e meia, e nada dele aparecer.

— Pegou tudo, filho? — minha mãe falou, entrando no quarto.

— Acho que sim — falei, abrindo a mochila de novo.

Eu conferi, sei lá, umas três vezes.

— Tome isso — ela falou, me fazendo olhar para ela.

Estendia uma nota de mil ienes.

— Pra quê isso? — perguntei, estranhando.

Eu não era de pedir dinheiro aos meus pais, mas aceitei de prontidão.

— Compre uma coisa legal — falou, me deixando confuso. — Se não quiser algo para você, compre para alguém especial.

Pisquei duas vezes, vendo ela sair do quarto.

Eu tinha um dinheiro guardado, estava planejando comprar alguma coisa, ela não precisava ter me dado.

Alguém especial…

Eu deveria comprar algo para Daichi? Bem, a gente não namora ainda, mas ele é especial pra mim.

Sim, com certeza.

Guardei o dinheiro na mochila, jogando ela nas minhas costas logo em seguida.

Desci as escadas rapidamente, em direção à sala. Me joguei no sofá.

— Não vai tomar café? — meu pai perguntou, se sentando na sua poltrona com seu jornal.

— Vou! — falei, me levantando em direção a cozinha.

Estava tão ansioso que esqueci de comer.

— Fiz seus bolinhos favoritos — meu pai falou da sala. — Estão dentro do forno.

Sorri. Bolinhos de espinafre e carne seca, eu amava desde criança.

O forno ainda estava quentinho, ele provavelmente os assou há pouco tempo.

Peguei dois com cuidado, voltando para a sala.

— Leve alguns de carne seca para Daichi, sua mãe disse que ele gosta — falou, sem tirar seus olhos do jornal.

— Tudo bem — falei, me escorando na porta da cozinha.

Éramos melhores amigos a tanto tempo que até meus pais conheciam os gostos de Daichi.

Sorri ameno, será que também gostariam da ideia de eu namorar ele?

Isso me preocupava um pouco. Das coisas mudarem. Mas meus pais não parecem o tipo de gente preconceituosa.

Eu esperava que não.

Terminei de comer, voltando à cozinha para buscar algum pote para colocar os bolinhos de Daichi.

Cão que não ladra, morde. (Daisuga)Onde histórias criam vida. Descubra agora