O tesão é inimigo da razão.

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Sejam bem vindes! Eita que hoje tá que tá... Boa leitura!

Capítulo VIII

O tesão é inimigo da razão.

Você também não consegue dormir? — S. K.

DAICHI

Eu achei que estaria mais tranquilo hoje, mas estou rodando meu quarto em círculos.

Eu queria muito contar para todo mundo de uma vez porque assim seria mais fácil.

Triplamente mais fácil.

Mas agora estou com medo de seus pais não aceitarem bem. Tenho medo dos meus pais não aceitarem bem. Eu nunca disse nada sobre esse assunto com eles. Nada sobre possivelmente gostar de garotos e nada sobre estar possivelmente namorando meu meu melhor amigo que eles conheciam desde que éramos crianças.

Por um momento, me pareceu um tiro no escuro.

Eu não sabia por onde começar.

— Ainda não se vestiu? — minha mãe perguntou, entrando no quarto.

Eu não sabia exatamente que roupa vestir para dizer ao pai do Suga que eu era o namorado dele.

Não existia bem um código de vestimenta para isso.

— Não sei o que usar — falei, cruzando os braços de frente pro meu guarda-roupa.

Eu ainda estava só de shorts e camiseta, sem ideia nenhuma de que roupa usar.

Eu tinha separado um pijama e só.

Minha mãe me olhou confusa.

— Mas você não está indo pra casa do Koushi? Você normalmente pega a primeira roupa — falou, se sentando na minha cama.

Sei que está com uma pulga atrás da orelha, porque está me vigiando com os olhos.

Ela desconfia de algo, eu sei. E bem, ela está certa.

— Mãe, meu pai já está em casa? — perguntei, abaixando o tom de voz.

— Ele já está lá embaixo, por quê? Quer uma carona para a casa do Suga? — falou, mas neguei com a cabeça.

Respirei fundo.

— Queria falar com vocês dois — falei, batucando os dedos na porta do armário.

Não tinha como escapar disso, eu teria que falar de um jeito ou de outro.

— Tá tudo bem, filho? — perguntou, se levantando.

— Sim — falei, mas estava sentindo meu coração ansioso. — Na verdade, é que eu quero contar uma coisa pra vocês.

Ele permaneceu parada, mas estava com um sorriso no rosto.

— O que foi? — perguntei, franzindo o cenho.

— Ia falar sobre isso?! — meu pai falou, entrando no quarto.

Esticou o braço, mostrando meu chaveiro.

Engoli seco, eu tinha me esquecido completamente sobre isso.

Suga tinha me dado de lembrança o chaveiro com nossa foto, mas eu coloquei junto às minhas chaves.

A burrice estava em colocar as minhas chaves no chaveiro da casa, exatamente onde todo mundo podia ver.

Fechei os olhos, absorvendo a mini vergonha.

Cão que não ladra, morde. (Daisuga)Onde histórias criam vida. Descubra agora