Nosso Destino

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TZ DA CORONEL

Mais um ano se encerrando, feliz por estar vivo, só agradeço a Deus por toda sabedoria que Ele me deu ao longo desse ano.

O que mais agradeço é por ter embalado firme nesse ano, melhor ainda isso ter me proporcionado o reencontro com a futura mãe dos meus filhos.

O que dizer da Amina? Mulher indescritível, inexplicável a sensação que sinto toda vez que estamos juntos. Conexão que vai além de outras vidas, no fundo eu sabia que um dia iríamos viver exatamente o que foi escrito pra nós.

Foi só questão de tempo para desfrutarmos de tudo isso. Olha onde nós chegamos, isso é magnífico!

— Matheus? — o pai da Amina me chamou.

HORAS ATRÁS

— Nós te chamamos pra te pedir nossas sinceras desculpas. Eu não posso negar e muito menos a minha esposa — ele olhou para ela que estava séria e com a postura intacta — que a Amina gosta muito de você. Nós voltaremos para a França daqui a pouco, sabemos que o lugar dela é aqui e queríamos confiar em alguém para cuidar dela assim como nós cuidamos.

Eu escutava tudo silenciosamente, só concordando com a cabeça. Parecia que fizeram lavagem cerebral neles, mas é maneiro ver que mesmo não gostando tanto assim de mim, eles se esforçam para o bem da filha.

— No início eu achei que era um simples amor de criança — a mãe dela começou a falar — eu não aceitava a Amina se perder tão nova, nós sonhamos uma vida pra ela e queríamos que saísse tudo perfeito. No final, ela criou asas e voou. Na verdade, retornou pra onde ela nunca deveria ter saído.

— Apesar do tempo que passamos separados, eu tenho certeza que vocês se dedicaram para que ela se tornasse essa mulher excepcional. A Amina é extraordinária e nem ela conhece o seu poder. Eu vou cuidar sim dela, com todo amor e prazer do mundo.

— Conversa de família? — ela desceu as escadas com uma toalha na cabeça — pelo que eu pude ouvir, o senhor vai cuidar de mim então? — me deu um selinho e sentou ao meu lado no sofá que ficava de frente para os pais dela.

— Filha, iremos precisar embarcar daqui a pouco. — ele pausou — sim, negócios.

— Eu entendo, pai, estou acostumada na verdade — ela se levantou e eles também — obrigada por tudo — deu um abraço nos dois — por terem feito isso também — sussurrou.

Já estava se aproximando das oito horas da noite, tenho um show pra fazer em uma boate aqui do Rio às 0h, virar o ano fazendo o que eu amo com a mulher da minha vida do meu lado.