As olimpíadas estavam se aproximando e com o passar dos dias, a ansiedade pesava no estômago dos jogadores. Ao mesmo tempo que era uma responsabilidade esmagadora, Atsumu se sentia cada vez mais animado para jogar ao lado de pessoas tão excepcionais. Ele passava todos os dias treinando sem parar, tentando aliviar um pouco do estresse que sentia, mas vinha se dando conta que mal passava tempo com Sakusa desde que foram escalados para o time.
Não fazia nem um ano que tinham começado a morar juntos, mas já tinham quase cinco anos que começaram a se relacionar. No começo, Atsumu não o entendia muito bem, não entendia a fixação de Sakusa com sujeira e até mesmo não entendia sua necessidade de limpar o que nem mesmo estava sujo, mas com o tempo ele compreendeu. Ele começou a fazer terapia também para aprender a lidar com isso, sabia muito bem que o esforço tinha que vir de ambas as partes e ele ama muito seu namorado, sabia que Sakusa se esforçava muito por ele então era justo que fizesse o mesmo.
Apesar do que todos achavam, Sakusa não exigia muito dele, ele se tratava há muito tempo e com o passar dos anos e da maturidade no relacionamento deles, ambos se sentiram prontos para morar juntos. Ele percebeu muito claramente que ultimamente, Sakusa estava aliviando o estresse limpando excessivamente a casa deles e ele sempre se sentia cansado demais para falar algo. Seu psicológico era forte, ele conseguia passar horas e horas jogando, mas quando chegava em casa queria apenas deitar e fingir que não estava percebendo o quão tarde Sakusa estava indo dormir. Sabia que não estava sendo um bom namorado, mas também não sabia se poderia lidar com essa situação delicada agora.
A semana de treinos já tinha acabado, eles poderiam tirar o fim de semana de folga, então decidiu que chamaria Sakusa para ir em um festival de música, eles podiam conversar e espairecer um pouco, aliviando a tensão dentro de casa. Estava bem ciente de que ele não gostava muito de multidões, mas com o tempo ele parecia não se sentir mais tão ansioso no meio de tanta gente, mesmo se recusando a tirar a máscara.
Enquanto Atsumu jogava uma última partida com Hinata, Kageyama e Bokuto — os três pareciam nunca se cansar de jogar —, Sakusa foi para casa primeiro e Atsumu sabia bem que ele estava indo limpar ainda mais a casa deles. Seu terapeuta disse que ele não poderia evitar Sakusa para sempre, que isso só desgastaria a relação deles até que ficasse frágil demais para ser consertada e ele estava bem ciente disso, só não sabia bem o que fazer. Desde que começaram a morar juntos, Sakusa não teve nenhuma crise e nenhuma recaída, então ainda era um território novo para ele.
— Não sei o que fazer — suspirou, quando estavam dando uma pausa.
— Como assim? Não sabe levantar? — Kageyama perguntou.
— Tá tentando insinuar alguma coisa, Tobio-kun? — perguntou, com a voz carregada de sarcasmo — Tô falando do Omi-omi.
— O que tem ele? — Hinata se intrometeu.
— Ele tá... em uma situação delicada — balançou a cabeça, não tendo certeza se ele poderia compartilhar algo tão pessoal com os amigos — A gente nunca passou por isso antes, eu sei que tô passando o dia inteiro treinando sem parar só pra evitar ele quando chegar em casa, mas não sei como resolver.
— Eu não sei como o Sakusa é, ele não gosta de se abrir pra gente, mas tô vendo que cê tá sendo meio idiota — Bokuto comentou, atraindo a atenção deles.
— Me conta algo que eu não sei, Bokkun, eu sempre sou o idiota.
Bokuto balançou a cabeça e mostrou a aliança dourada em sua mão esquerda.
— Isso não aconteceu do dia pra noite, Atsumu. Acredite em mim, todo relacionamento tem problemas, mas sabe o que significa ter um parceiro na vida? Significa que vocês têm que superar os problemas juntos. — Bokuto sempre era descontraído, mas quando falava de seu casamento ele ficava mais sério do que nunca — Eu e o Kashi nunca passamos uma noite sem conversar sobre nosso dia e, acima de tudo, sempre falamos dos nossos sentimentos. Nossa casa é um lugar seguro, se a gente não conversar direito, vai ser só mais um lugar frio, com brigas e com alguém que você não quer conhecer direito.
Bokuto deu tapinhas em suas costas e se afastou, indo para os vestiários. Kageyama também saiu sem dizer nada, mas Hinata hesitou.
— Sabe, você não tem que ter medo de errar com ele — ele disse, olhando enquanto Kageyama se afastava — Um relacionamento não é sobre ser um idiota, ou sobre estar sempre errado. Todo mundo erra, mas quando você escolhe estar com alguém, você também escolhe crescer ao lado daquela pessoa. Se não sabe o que fazer, Atsumu-kun, pergunte a ele. Como o Bokuto disse, vocês são parceiros, confiem um no outro em casa assim como na quadra.
Hinata estava certo, ele não poderia fugir disso pra sempre se quisesse continuar ao lado de Sakusa. Ele nunca fugia de um oponente forte, jamais recusava um desafio, então porque estava com tanto medo? Era medo de acabar fazendo algo errado e perder Sakusa? Mas se ele simplesmente fugisse, o resultado seria o mesmo.
Tomou banho e pegou carona com Bokuto, escutando o que ele tinha a dizer. Ele era casado, o relacionamento dele seria o mais próximo de exemplo que Atsumu teria, então não faria mal escutá-lo.
Sua própria pulsação retumbava em seus ouvidos conforme o elevador subia os andares do prédio, ele não fazia ideia do que esperar e isso o assustava um pouco. Gostaria de sentir como se estivesse na quadra, quando o desafio fazia o sangue em suas veias correr mais rápido de um jeito bom, quando suas pernas lhe impeliam para continuar jogando, não para fugir de sua própria casa.
Abriu a porta do apartamento com cautela, tentando não fazer muito barulho. Ouviu um barulho de escovação vindo da cozinha, deixou sua bolsa no armário ao lado da porta, juntamente com seus tênis, e calçou o chinelo. Foi em direção ao som, encontrando Sakusa ajoelhado no chão, limpando o rejunte do azulejo com uma escova de dentes e algum produto com cheiro forte. Atsumu suspirou, ele tinha notado que Sakusa estava sempre com os joelhos vermelhos, além das mãos calejadas e às vezes até machucadas de tanto limpar e sentiu mais uma onda de culpa tomar conta dele.
— Cheguei — ele anunciou, atraindo o olhar cansado do namorado.
— Bem-vindo — ele acenou rapidamente, voltando a atenção para o chão.
— Omi-omi, podemos conversar? — Perguntou, tentando ficar calmo — Por favor?
Sakusa soltou a escova de dentes e tirou as luvas, atraindo o olhar de Atsumu para alguns pontos vermelhos em sua pele. Ele não tinha ficado assim de tanto treinar, então talvez algum produto de limpeza e movimentos repetitivos tenham o machucado assim.
— Pensei que não quisesse conversar comigo — Sakusa disse em um tom mais baixo do que o normal, olhando para o chão.
— Me desculpa por isso, Omi — ele enfiou as mãos nos bolsos da bermuda, não sabendo bem o que fazer. — Eu... hum... nós, talvez... que tal se a gente sair amanhã?
Sakusa pareceu ficar tenso e levou uma mão até uma de suas pulseiras, mexendo as bolinhas. Atsumu sabia que isso era para ajudá-lo a controlar sua ansiedade, ele tinha uma de elástico que ficava puxando também, mas Atsumu não gostava muito de vê-lo se punir.
— Sair? Pra onde? — Perguntou, ainda sem olhá-lo nos olhos.
— Vai ter um festival e eu queria ir com você — encolheu os ombros, de repente achando aquela ideia estúpida nas circunstâncias atuais. — Achei que se a gente pudesse espairecer um pouco seria bom.
— Acho que não seria o ideal, Atsumu — ele lançou um olhar rápido de desculpas antes de olhar para o chão novamente — Meu terapeuta tá de férias e... acho que não consigo lidar com isso agora.
— E pra algum outro lugar? — Insistiu.
Sabia que não era a melhor das ideias, mas talvez assim eles conseguissem reconectar e sua conversa não seria mais tão pesada.
— Não podemos fazer algo em casa? — Ele sugeriu.
— Pra que? Pra você sair no meio do filme e ir limpar a cozinha de novo? — Disse, sendo mais hostil do que gostaria.
— Não fale assim comigo, Atsumu — Sakusa se encolheu, entrando na defensiva.
Atsumu tinha levado muito tempo até conseguir quebrar aquela barreira de defesa constante de Sakusa, não podia deixar que ele a levantasse novamente. Se aproximou dele e estendeu as mãos, sentindo o coração doer quando Sakusa se afastou dele.
— Você devia ir tomar banho e colocar as roupas pra lavar — Sakusa sugeriu, puxando e soltando a pulseira de bolinhas — Depois que estiver limpo a gente pode voltar a conversar.
— Eu tô limpo, Omi, eu tomei banho antes de vir e essas roupas foram lavadas ontem — disse, deixando as mãos caírem ao lado do corpo.
— Ainda assim, você tava na rua, se puder ir se limpar eu ficaria mais confortável — Sakusa pediu.
— Você nunca me pediu isso antes.
— Mas tô pedindo agora, é muito?
— Você promete que se eu ir tomar banho e voltar, você não vai evitar essa conversa?
— Eu que deveria perguntar isso, já que você tá me tratando como um fantasma nos últimos tempos — Sakusa disse e apertou os lábios, puxando a pulseira com mais força — Desculpa.
— Não é justo você falar comigo assim também, Omi, você sabe que é difícil pra mim — Atsumu argumentou — Quer parar com isso?
Ele estava ficando cada vez mais nervoso com o barulho da pulseira batendo contra a pele de Sakusa. Ele parou, voltando a mexer nas bolinhas que ainda eram barulhentas demais para a mente tempestuosa de Atsumu.
— Eu sei, por isso eu não disse nada — ele o olhou nos olhos de verdade dessa vez — Por isso fingi que não tinha problema você me ignorar porque sei o quão difícil é pra você, Atsumu.
Os olhos dele transbordavam raiva, ressentimento, mágoa e também tristeza, uma tristeza que parecia profunda e Atsumu se lembrou que tinha visto isso nos olhos dele antes.
— Não foi legal o que eu fiz com você, Omi, mas eu não sei o que fazer.
— Você acha que eu sei? Eu lido com isso sozinho, mas agora que estou com você eu simplesmente não sei passar por isso sozinho mais — ele admitiu, puxando a pulseira mais uma vez — Eu precisei de você e você não estava aqui, mas eu não quero te pressionar e te ver fugir.
— Se precisou de mim, por que não me chamou? Sakusa, por que não me disse nada? — Atsumu passou as mãos pelo cabelo, sentindo que seu coração ia sair pela garganta — Por que não gritou comigo? Brigou? Por que só ficou calado?!
— Por que eu quero que você queira ficar! — ele elevou a voz e puxou a pulseira de novo, mas ela se rompeu e espalhou bolinhas por todo o chão — Por que eu quero que você me veja, Atsumu! Quero que venha pra casa comigo, que não me lance olhares de pena, que me trate como alguém que valha a pena estar junto!
— Omi, e-eu-
— Não! Não quero que fale que está com medo, não quero que se desculpe. — Sakusa o interrompeu — De todas as coisas do mundo, eu nunca imaginei que você fosse um covarde, Atsumu.
Ele não sabia o que dizer, não sabia nem se conseguia dizer algo e sinceramente, naquele momento era Sakusa quem precisava falar.
— Covarde e egoísta! — ele repetiu, se abaixando para pegar as bolinhas de sua pulseira espalhadas — Eu nunca quis ser um fardo, nunca quis que lidasse com os meus problemas, mas você disse que faria terapia por nós, que aprenderia a lidar com isso, mas porque você foge tanto de mim? Eu nunca exijo nada de você e tento não forçar a barra demais, não tento? Eu sei que sou o problema, Atsumu. Eu te chamo de egoísta, mas eu te amo demais pra te deixar ir.
De repente, sua mente confusa notou que Sakusa estava chorando, que ele não estava apenas preocupado em continuar limpando o chão, mas sim em esconder suas lágrimas. Ainda estava parado no lugar, lutando com sua própria mente para fazer seu corpo se mover, mas não conseguia. Ele era mesmo um covarde.
Sakusa arrancou sua máscara fora e desistiu de tentar catar as pequenas bolinhas, que insistiam em fugir de sua mão. Ele estava sofrendo e Atsumu estava ali, em conflito consigo mesmo. Conseguiu forçar seus membros a se moverem e começou a tirar todas as roupas, as jogando longe, ficando apenas de cueca. Sakusa olhou pra ele, com confusão, mas não conseguia dizer nada. Se ajoelhou na frente dele, sentindo seu peito doer de formas que ele nunca imaginaria que pudesse acontecer.
Em todo seu tempo de relacionamento, ele tinha visto Sakusa chorar daquele jeito apenas uma vez e ele jamais pensaria que isso aconteceria de novo por sua causa. Estendeu as mãos, pedindo permissão para tocá-lo.
— Eu me livrei das roupas sujas, Omi — Falou em tom baixo, só fazendo as lágrimas dele escorrerem mais.
— Me desculpa, Atsumu, eu não consigo me livrar disso. Eu não consigo me curar e livrar você de ter que lidar com isso — ele soluçou, escondendo o rosto.
Evitou que suas próprias lágrimas rolassem pelo seu rosto, pelo menos daquela vez ele tinha que ser forte pelo seu namorado. Não conseguia imaginar há quanto tempo Kiyoomi se sentia assim, será que era desde que começaram a namorar? Desde que começaram a morar juntos? Ele se escondia com medo de Atsumu fugir, com medo de sobrecarregá-lo, se esforçava mais do que conseguia por ele e o que recebia em troca? Um namorado que sim, fugia dele por ser medroso demais e que fazia com que se sentisse ainda mais culpado por algo que não tinha controle.
— Eu não tenho que te desculpar, Omi, nada disso é culpa sua — Queria tocá-lo, mas Sakusa não tinha dado permissão e em um momento como aquele era melhor se controlar — Você nunca vai ser um fardo pra mim e eu sei que vai conseguir melhorar, Omi. A psicoterapia te ajuda muito, é só uma recaída.
Sakusa balançou a cabeça negativamente, seus soluços pareciam um pouco mais controlados, mas ainda mantinha o rosto entre as mãos. Ele sempre tinha odiado demonstrar vulnerabilidade, Atsumu teve muito trabalho até conseguir convencê-lo que podia sempre confiar nele.
— Eu fugi, nós dois sabemos disso, mas não foi por culpa sua. Nem de longe. — Admitiu, tentando se aproximar um pouco mais dele, com calma — É tudo muito novo pra nós dois e eu tenho muito medo de errar com você, mas quando te ignorei eu já tava fazendo isso, não tava?
Esticou a mão e tocou no cabelo dele, se sentindo levemente aliviado quando Sakusa não se afastou ou empurrou sua mão.
— O Bokuto me disse que nossa casa deve ser um espaço seguro pra nós dois e que se a gente não sabe de algo um sobre o outro, temos que conversar — acariciou com delicadeza os cachos macios dele, se certificando de não ultrapassar os limites e fazer Sakusa ficar ainda mais nervoso — É claro que eu já sabia disso tudo, mas eu não sei o que deu em mim, Omi. Eu amo você mais que tudo, amo morar com você e te amo do jeito que você é. Você ser diferente não te faz um fardo e a partir do momento que ficamos juntos, seus problemas são meus também.
Sakusa tirou as mãos do rosto e o encarou, fazendo seu coração pular algumas batidas. Tinha medo que quando terminasse de falar, Sakusa o expulsasse do apartamento.
— Na verdade, eu pareço ser um fardo pra você — Tirou a mão do cabelo dele e as colocou em cima das pernas — Você sabia se virar sozinho antes, mas aí eu apareci e te fiz acreditar que eu ajudaria, mas só te fiz sofrer mais. Me perdoa, Omi.
Seu corpo tremia, em parte por causa do frio — o apartamento deles era sempre gelado, como Sakusa gostava —, e em parte por causa da ansiedade.
— Me perdoa, Omi. — Repetiu, quase juntando as mãos em uma súplica — Me deixa ficar e eu prometo melhorar, prometo ser um bom namorado que vai estar sempre com você quando precisar de mim.
Kiyoomi ainda o encarava, com as bochechas e olhos vermelhos depois de chorar, mas pelo menos suas lágrimas tinham cessado e Atsumu não tinha mais vontade de se jogar da janela por fazê-lo ficar daquele jeito.
— Eu prometo pesquisar mais, conversar mais, te ajudar a limpar mais e nunca mais te fazer chorar de tristeza — Ele fechou as mãos em punho para não tocar no rosto dele e limpar os rastros das lágrimas que haviam sobrado ali — Eu prometo ser bom pra você, Omi, só me deixa ficar.
— Ficar aqui? — Ele perguntou, com a voz rouca — Atsumu, essa é nossa casa, pra onde eu te mandaria ir?
Atsumu quase chorou de alívio, a ideia de Sakusa o expulsando de seu apartamento e de sua vida tinha realmente lhe apavorado.
— Eu não te culpo, no seu lugar eu também não sei o que eu faria — Sakusa admitiu, estendendo as mãos para ele — Só não quero que você se canse de lidar com isso e vá embora.
Atsumu colocou as mãos na dele, a pele gelada dele contrastando com a sua, que exalava calor corporal mesmo com o frio que sentia. Apertou as mãos dele na sua, se certificando que ele não era uma ilusão de sua mente, que não estava alucinando com o perdão dele.
— Se eu fosse embora por um impulso, eu jamais me perdoaria — respirou fundo, se sentindo um pouco melhor agora, mas o nó em seu estômago persistia — E eu iria morar em um lugar bem gelado pra sempre lembrar da nossa casa. Talvez na Antártida.
Sua brincadeira arrancou uma risada leve dele, fazendo o coração de Atsumu se retorcer no peito, se dando conta que ele sentia falta daquele som. Como conseguiu ser tão estúpido? Ele tinha se esquecido que precisava de Sakusa para viver, que precisava ouvir sua voz e sua risada para ter um bom dia, que precisava que ele jogasse bem para ele próprio também jogasse bem. Ele precisava de Kiyoomi e Kiyoomi precisava dele.
— Me perdoa? — Perguntou novamente.
Ele precisava ouvir que sim, precisava ouvir que a pessoa que mais amava o perdoava e lhe daria outra chance.
— Sempre, Atsumu — ele levou uma das mãos até seu rosto e acariciou — Espero que sinta que seu lugar é aqui e que também possa confiar em mim.
Atsumu acenou com a cabeça, aceitando o toque gentil. Ele ainda sentia frio, seus joelhos estavam doendo e ainda estava um pouco nauseado por todas as emoções que sentiu em um curto período de tempo, mas não se moveu nem um centímetro do lugar. Não queria se afastar de Kiyoomi mais uma vez.
Ficaram assim por mais um tempo, até Kiyoomi se inclinar e selar seus lábios rapidamente, antes de se levantar e o puxar junto.
— Banho e depois dormir? Amanhã podemos assistir filme e até sair pra ir no restaurante do seu irmão, se quiser — Sakusa sugeriu.
— Acho que não tem nenhum plano melhor que esse, Omi-Omi — Ele apertou a mão de Sakusa, que ainda se mantinha na sua, segurando com firmeza — Vamos tomar banho juntos?
— Quem sabe na próxima.
Riu da expressão do namorado ao tentar esconder seu desconforto só de pensar naquilo. Atsumu obviamente estava brincando sobre, ele sabia muito bem que Sakusa odiava dividir o chuveiro alegando que o banho é um lugar para se limpar e relaxar sozinho.
Depois de tomarem banho, tiveram novamente um longa conversa sobre tudo o que havia acontecido, sentindo finalmente seus corações se aquietando dentro do peito e caíram no sono juntos, reencontrando aquela paz que costumavam ter.Uma leve angst pra balançar o coração, só pra variar
Até a próxima! <3