Oi! Antes de qualquer coisa, quero só ressaltar que nesse conto, Yaku é agênero, por isso faço uso de pronomes neutros. Se não gosta/aceita, por favor, não leia e nem comente nada.
No mais, boa leitura e perdão qualquer erro <3
O dia estava ensolarado, mas brisas frescas batiam constantemente, tornando o dia perfeito para um piquenique, assim como Nishinoya queria. Ele estava indo se encontrar com Yaku, elus estava saindo há algum tempo agora, sempre quando Noya tinha tempo entre a escola e os treinos. Depois de conhecer elu no primeiro amistoso contra a nekoma, ele tinha ficado deslumbrado com suas recepções e, ao ter coragem de conversar com elu, tinha descoberto também que elu era gentil e muito inteligente. Pediu seu número e havia se tornado parte de suas rotinas conversarem sobre seus dias.
Antes de lhe chamar para sair, Yaku tinha dito a ele que usava pronomes neutros, mas Nishinoya não precisava lhe chamar assim caso não gostasse, já que muitas pessoas ainda não aceitavam, mas ele imediatamente perguntou como lhe tratar da maneira certa. Ainda cometia alguns erros, mas Yaku parecia não se importar desde que ele se corrigisse e seu esforço sempre valia a pena quando via o sorriso no rosto delu. Ele não seria digno de sair com elu se não lhe tratasse da maneira certa, afinal.
No entanto, elus ainda não estavam namorando, concordaram em levar as coisa devagar, principalmente agora que Yaku já tinha se formado na escola e ele ainda não.
Pedalou rapidamente pelas ruas da cidade, torcendo para que o suco que levava dentro da mochila não se derramasse e estragasse os doces que levava. Prendeu a bicicleta no lugar reservado e adentrou o parque, correndo para o local combinado e suspirando ao ver Yaku já parade, com o sol batendo em seus fios loiros. Correu até elu, gritando seu nome para chamar sua atenção.
— Noya! — Elu sorriu ao vê-lo, fazendo seu coração dançar dentro do peito.
— Yakkun! Eu demorei? — Perguntou, parando de frente pra elu.
— Que nada, acabei de chegar.
— Você tá muito linde, Yakkun. — Ele elogiou, vendo as bochechas delu ficarem vermelhas.
Elu vestia um short e uma camiseta amarela larga, deixando as sardas de seus ombros expostas. Seus cabelos tinham crescido um pouco desde que se conheceram, agora caindo sobre sua testa de um jeito despojado e charmoso.
— Obrigado, Noya, você também tá. — Elu retribuiu e estendeu a mão — Vamos?
Ele aceitou o gesto prontamente, entrelaçando seus dedos e andando ao seu lado, ouvindo elu falar sobre o processo de entrar em uma faculdade. Tentava ao máximo se esforçar para entender todos os detalhes que saíam de sua boca, mas sua mente sempre voava para como elu era linde e em como seu sorriso era brilhante.
Estenderam um lençol quadriculado na grama e se sentaram, tirando de suas bolsas tudo que haviam trazido para dividirem. Flores caíam das árvores e Nishinoya logo se esticou para pegar uma e se virar para enfeitar o cabelo delu.
— Tô pensando em continuar deixando crescer. — Elu revelou, se inclinando um pouco para ele posicionar a flor — O que acha?
— Vai ficar mais linde ainda. — Ele praticamente suspirou, vendo seu grande sorriso.
Elu contou que pretende continuar jogando vôlei na faculdade e Noya lhe apoiou prontamente, elu já era um ótimo líbero, se fosse de nível profissional com certeza um dia chegaria ao time nacional do Japão.
Se deitaram na grama após comerem sanduíches e dividirem os doces que Noya tinha levado, olhando para as nuvens e tentando ver formas nelas. Nishinoya se distraiu olhando para elu novamente e elu se virou para encará-lo também, sorrindo. Ele alcançou uma caneta colorida em sua bolsa e puxou seu braço, seguindo suas sardas e fazendo desenhos, ouvindo sua risada.
— E você, Noya? Pensa em continuar jogando depois? — Elu perguntou, deixando ele fazer os desenhos.
— Não sei ainda. — Confessou.
Yaku nada disse, apenas se aconchegou mais perto dele e enfiou a mão livre em seu cabelo, fazendo ele se distrair de seus rabiscos em sua pele. Ficaram assim por longos minutos, apreciando o silêncio e a companhia um do outro, abraçades. Passavam muito tempo juntes agora, se sentiam confortáveis em ficar daquele jeito, mas Noya realmente queria avançar um pouco mais em seu relacionamento.
Olhou para elu, notando como seus rostos estavam perto um do outro e passou a mão em seu cabelo, se aproximando um pouco mais.
— Posso, Yakkun? Você quer? — Perguntou, vendo as bochechas delu ficarem vermelhas e desconfiou que as suas pudessem estar também.
— Eu... eu nunca beijei ninguém antes. — Elu confessou, com vergonha.
— Nem eu. — Ele contou, repousando a mão na cintura delu agora.
— E quer que eu seja seu primeiro beijo? — Elu perguntou, com surpresa, mas seus olhos brilhavam.
— Sem sombras de dúvidas. — Assegurou, fazendo elu sorrir — E você? Quer?
Elu se aproximou um pouco mais e selou seus lábios, suspirando juntes ao sentir o calor dos seus lábios juntos. Era meio desajeitado, tentavam fazer suas bocas se moverem ao mesmo tempo, mas a falta de experiência de ambos tornava tudo um pouco mais difícil.
Depois de alguns sorrisos envergonhados e risadinhas, finalmente pegaram o ritmo, tentando aproximar ainda mais seus corpos e se encaixarem de maneira confortável. Nishinoya arriscou usar um pouco de língua, passando em seu lábio sentindo o sabor dos doces que comeram antes. Arrancou um suspiro delu, sentindo elu segurar em seu cabelo, dando permissão para que explorasse sua boca.
Aquele era um local com muitos casais espalhados, geralmente famílias com crianças ficavam em outro lugar, por isso ninguém dava importância para dois jovens se beijando na grama, desde que estivessem vestidos.
Só se separaram quando precisaram mesmo tomar fôlego, mas seus corpos continuavam igualmente colados um no outro, sem ter a mínima vontade de sair dali. Yaku beijou seu rosto e deu selinhos em seus lábios rindo juntes.
— Eu gosto de você, Noya. — Elu disse, voltando à sua posição original, ainda com o sorriso no rosto — Gosto mesmo e quero que a gente possa crescer junto.
— Eu também gosto muito de você, Yakkun. — Ele disse, beijando sua testa — E quero um dia torcer por você quando tiver no nacional, falando pra todo mundo que sou seu namorado.
— Se eu chegar no nacional, vou me casar com você. — Elu disse, aconchegando o rosto na curva de seu pescoço.
— É uma promessa? — Nishinoya lhe abraçou apertado, sentindo a pulsação disparar.
— Com certeza.
E assim, ficaram ali, se abraçando, beijando e fazendo promessas que mal sabiam que alguns anos depois iriam se cumprir.