Capítulo 31: O Fruto da Esperança

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Introdução: Quatro Meses Depois

Quatro meses haviam se passado desde a última grande batalha, e Nova Aurora florescia graças ao intenso trabalho e dedicação de seus habitantes. As muralhas da vila, que uma vez haviam sido parcialmente levantadas para defesa improvisada, agora estavam completamente reparadas e reforçadas. Albert, junto com Urso e os demais líderes, havia supervisionado a reconstrução meticulosa, tijolo por tijolo. Cada pedra fora escolhida e posicionada com precisão, garantindo que a nova estrutura fosse não apenas resistente, mas também capaz de suportar futuros ataques. Torres de vigia adicionais foram construídas em pontos estratégicos, equipadas com novos sistemas de sinalização e armamentos.

Os altos fornos, um ambicioso projeto iniciado por Albert, estavam finalmente em plena operação, simbolizando o progresso e a inovação que definiam Nova Aurora. Em uma área especialmente designada para os altos fornos, distante do coração da vila, a atividade era incessante. O som ritmado dos martelos e o crepitar constante das fornalhas preenchiam o ar, criando uma sinfonia de progresso. Albert, sempre visionário e pragmático, liderava o projeto desde seu início. O que começou como um esboço na terra evoluiu rapidamente para um projeto detalhado em papel, envolvendo cada etapa da construção.

"Precisamos de uma base forte," disse Albert no início da construção, apontando para o terreno escolhido. "Esses fornos serão a espinha dorsal do nosso desenvolvimento tecnológico e econômico."

A fundação foi feita de pedras resistentes, cuidadosamente selecionadas e colocadas para suportar o imenso calor dos altos fornos. Urso, com sua força e habilidade, liderou a equipe responsável por erguer as paredes de tijolos refratários, materiais capazes de suportar as altas temperaturas necessárias para a fundição de metais. Lena, com seu conhecimento e precisão, trabalhou ao lado de Albert para garantir que cada detalhe técnico fosse perfeito.

"Os tijolos precisam ser alinhados precisamente," explicava Lena, suas mãos ágeis movendo-se rapidamente enquanto colocava cada tijolo em seu lugar. "Qualquer falha na estrutura pode comprometer todo o processo."

Erik, um dos melhores ferreiros da vila, foi encarregado da construção das fornalhas internas. Com a ajuda de aprendizes ansiosos por aprender, ele moldava e montava os componentes metálicos que formariam o núcleo dos altos fornos. A atenção aos detalhes era crucial, e Erik não poupava esforços para garantir que cada peça estivesse perfeita.

"Esses fornos vão nos permitir trabalhar com metais de uma maneira nunca antes vista," dizia Erik, seu rosto iluminado pela luz das chamas enquanto ajustava as partes finais. "Vamos produzir aço de alta qualidade, algo que transformará nossas capacidades de defesa e construção."

Os altos fornos também atraíram muitos dos refugiados que chegaram à vila, fugindo da guerra em outros lugares. Esses refugiados se tornaram aprendizes, aliviando a falta de mão de obra e contribuindo para o progresso da vila. Cada aprendiz recebia um pagamento de três cobres por mês, uma remuneração justa que lhes permitia começar uma nova vida em Nova Aurora.

Albert coordenava cada fase do projeto, garantindo que todas as equipes trabalhassem em harmonia. O processo de construção dos altos fornos não foi apenas um marco técnico, mas também um exemplo do espírito colaborativo de Nova Aurora. Cada morador, desde os mais jovens aprendizes até os mais experientes artesãos, contribuiu de alguma forma para o sucesso do empreendimento.

Finalmente, após meses de trabalho árduo, os altos fornos estavam prontos para operar. A primeira fundição foi um momento de celebração na vila. Albert, Lena, Urso e Erik estavam na linha de frente, observando com expectativa enquanto o metal derretido era vertido no molde.

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