Capítulo 32: O Preço da Resistência

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Infiltração dos Espiões do Rei

Os espiões do rei, disfarçados de refugiados, já estavam há algumas semanas em Nova Aurora, integrando-se lentamente à rotina da vila e ganhando a confiança dos moradores e guardas. Alguns se apresentaram como agricultores, enquanto outros se alistaram para ajudar nas defesas ou patrulhas noturnas. Um deles, Arvin, se destacou como um guarda auxiliar, sempre disposto a cobrir turnos extras ou ajudar os vigias nas torres. Sua postura amigável e prestativa logo o tornaram uma figura familiar e confiável.

Com o passar dos dias, Arvin reuniu informações valiosas sobre as defesas da vila: rotas de patrulha, pontos cegos nas muralhas e a rotina dos vigias. Essa informação foi cuidadosamente passada aos outros espiões e, eventualmente, ao exército do rei. Eles sabiam que precisavam de um plano preciso para garantir o sucesso do ataque.

Noite do Ataque

Na noite do ataque, o clima em Nova Aurora era de tranquilidade, mas a tensão era palpável para quem soubesse o que procurar. Arvin, com sua postura calma, estava posicionado em uma das torres de vigia. Seus companheiros espiões estavam espalhados por pontos estratégicos, prontos para agir ao menor sinal. Eles esperaram pela escuridão profunda da noite, quando as sombras se tornaram mais densas e a vila parecia mergulhada em um silêncio quase absoluto.

Arvin observou a floresta ao redor da vila, esperando o sinal combinado. Um breve lampejo de luz apareceu ao longe – o sinal de que as tropas do rei estavam prontas para avançar. Mantendo a compostura, Arvin começou a conversar casualmente com o vigia ao seu lado. Em um movimento rápido e letal, ele sacou uma adaga escondida em sua roupa e a cravou no pescoço do vigia, abafando qualquer som de alerta. O corpo foi rapidamente arrastado para as sombras.

Ao mesmo tempo, outros espiões repetiam o mesmo movimento letal ao longo das muralhas. Cada vigia foi eliminado em silêncio, suas mortes tão rápidas que nenhum alarme foi soado. Com as torres de vigia sob controle e o caminho livre, Arvin subiu novamente ao topo da torre. Ele usou um pequeno espelho para refletir três flashes de luz, sinalizando que as tropas podiam avançar. A partir de sua posição elevada, ele observou a linha de soldados inimigos emergindo das sombras da floresta, movendo-se em direção à vila.

Enquanto as tropas se aproximavam, outros espiões dentro da vila se dirigiram aos portões laterais, usados geralmente para emergências. Com precisão e eficiência, removeram travas e desativaram mecanismos de alarme. A coordenação era perfeita; o portão foi aberto sem um único som que pudesse alertar os defensores.

Descoberta de Tommas

Tommas, o guarda interno, caminhava ao longo das muralhas internas de Nova Aurora, atento a qualquer movimento estranho. Ele conhecia bem a rotina dos guardas e os sons noturnos da vila. Naquela noite, um pressentimento inquietante crescia em seu peito. Ao se aproximar de uma das torres, notou que o vigia que deveria estar ali não estava à vista.

Desacelerando, Tommas ficou atento aos sons ao seu redor. O silêncio era incomum. Ele decidiu subir a escada da torre para verificar. No meio do caminho, percebeu uma figura se movendo nas sombras. A figura parou por um instante, percebendo que havia sido notada, e desapareceu na escuridão. Tommas apertou o cabo de sua espada, sabendo que algo estava muito errado.

Chegando ao topo da torre, encontrou o vigia caído no chão, imóvel, com um ferimento profundo no pescoço. Ele sabia que precisava agir rápido. "Estão eliminando os vigias para permitir a entrada das tropas do rei", pensou rapidamente, percebendo a gravidade da situação.

Antes que pudesse descer, ouviu passos rápidos se aproximando – mais espiões estavam por perto. Tommas desceu silenciosamente da torre, movendo-se nas sombras, e começou a correr em direção ao centro da vila. Ele precisava avisar Albert e os outros líderes antes que fosse tarde demais. No caminho, ouviu um grito de alarme – mais guardas estavam sendo atacados.

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