Chapter Eleven

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Enid's view

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Enid's view

Quando acordei na manhã seguinte, uma onda de exaustão percorreu meu corpo. Os eventos da noite anterior estavam gravados em minha memória, cada movimento de Viper ainda tão vívido quanto um sonho ruim. Sentei-me na cama e olhei para as minhas mãos, tentando absorver o que havia acontecido. As lembranças da luta, os rostos dos homens, e o símbolo "V" marcado em seus corpos. Senti um nó no estômago.

Levantei-me e caminhei até o banheiro, lavando o rosto com água fria. O reflexo no espelho era o mesmo, mas eu sabia que algo dentro de mim tinha mudado. Respirei fundo, tentando encontrar um equilíbrio entre a calma e a turbulência que Viper havia deixado em seu rastro.

"Você está bem?" A voz de tia May soou do outro lado da porta, gentil e preocupada.

"Sim, só um pouco cansada," respondi, tentando manter a voz firme. "Já vou descer."

"Ok, querida. O café da manhã está pronto."

Troquei de roupa rapidamente, tentando me livrar das lembranças da noite passada. Desci as escadas e encontrei tia May e Peter já à mesa. Peter estava lendo um jornal, e tia May servia café. Sentei-me e peguei uma torrada, tentando agir normalmente.

"Você parece um pouco abatida," comentou Peter, levantando os olhos do jornal. "Teve uma noite ruim?"

"Algo assim," murmurei, evitando seus olhos. "Só estou cansada."

Enquanto eles continuavam conversando, minha mente vagava. Era difícil me concentrar em qualquer coisa. As palavras de Viper ainda ecoavam em minha mente, e eu podia sentir a presença dela, quieta, mas ainda ali. Eu sabia que precisava manter o controle, que não podia deixar Viper tomar posse de mim novamente sem uma boa razão.

Terminei o café da manhã rapidamente e disse que ia para a biblioteca estudar. Era uma desculpa plausível, e eu precisava de um tempo sozinha para pensar. Peguei minha bolsa e saí, caminhando lentamente pela rua. A luz do sol parecia mais brilhante do que o normal, quase ofuscante.

Cheguei à biblioteca e encontrei um canto tranquilo onde pude me sentar e tentar organizar meus pensamentos. Abri um livro, mas as palavras flutuavam na página, sem sentido. A memória de Viper, a força e a raiva dela, eram difíceis de ignorar.

"Você não pode me ignorar para sempre," a voz de Viper sussurrou em minha mente, um lembrete sombrio de sua presença constante.

"Eu sei," pensei em resposta, sentindo um frio na espinha. "Mas eu preciso entender o que você realmente quer, além de vingança."

"Justiça," Viper respondeu, sua voz tão afiada quanto antes. "E proteger aqueles que não podem se proteger."

Suspirei, fechando os olhos por um momento. A dualidade de nossa existência estava clara. Eu queria ajudar, mas os métodos de Viper eram extremos, perigosos. Precisávamos encontrar um meio-termo, uma maneira de usar essa nova força para o bem sem cair na escuridão.

𝕿𝖍𝖊 𝕮𝖍𝖆𝖔𝖘 / 𝖂𝖊𝖓𝖈𝖑𝖆𝖎𝖗Onde histórias criam vida. Descubra agora