Um passado perturbador, onde o pai está morto e o tão procurado amor de mãe não existe.
Enid, no ímpeto do momento, fez algo com o qual nunca imaginaria ter feito com um ser humano sequer.
Enfim, esse não foco da história.
Com a possibilidade de...
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2017 Julho Quinta-feira / 17h43
Enid's view
Depois de algumas horas de viagem, chegamos em Nevermore no final do outro dia, ficamos hospedados em um hotel até a tia May encontrar uma casa ou um apartamento para morarmos.
Saímos do carro e subimos até o hall do hotel, tia May estava conversando com a recepcionista quando Peter me chamou.
- Olha isso, Enid. – O menino apontou para uma grande fonte de água que ficou dentro do Hall e logo em seguida, Peter começou a correr pra poder admirar mais de perto, mas antes de chegar, escorregou em uma poça de água e levou um tombo feio.
Comecei a rir dele, fui dando pequenos passos por conta da risada que saia da minha garganta, parece que eu estava desmanchando aos poucos, quando cheguei perto de Peter, eu já estava ajoelhada e sem ar, eu não consegui parar de rir.
- Para de rir e me ajude aqui, sua mocreia! – Peter exclamou com uma feição de dor, sua mão direita estava descansando na bunda, parece que estava fazendo bastante.
- Calma, a culpa não é minha que você caiu, Peter. – Falei e logo dei a mão para o ajudar a levantar.
- Vamos, crianças. – Tia May nos chamou e voltamos devagar, eu não queria escorregar e Peter com certeza não queria ficar alejado se tombasse de novo. Ele foi mais devagar do que eu, até mancava a cada passo que dava.
Soltei um pequeno riso e até o elevador onde tia May estava nos esperando. Ela nos olhou com dúvida e eu só dei ombros, logo Peter entrou na caixa de metal e tia May apertou o botão de número 7.
O elevador subia gradativamente, Peter às vezes soltava um suspiro de dor e eu tinha que aguentar pra não soltar uma gargalhada.
Chegamos ao nosso andar e o elevador abriu nos dando uma vista de um imenso corredor com várias portas. Tia May saiu na frente, eu fui atrás e Peter veio atrás de mim, ainda soltando alguns suspiros.
Nosso quarto era o número 701, tia May logo abriu com um cartão dourado e foi a primeira a entrar, seguido por mim novamente e depois Peter.
- Bom, vamos tomar um banho e relaxar, amanhã vamos passear pela cidade e procurar um lugar fixo pra morarmos, é uma boa programação, não acha? – Tia May disse com olhando pra gente.
- Tenho certeza que vamos achar um lugar ótimo, tia May! – Falei, andei pelo quarto e botei minha mochila em uma cadeira que estava próxima a uma das três camas disponíveis.
- Estou ansioso, não sei se vou conseguir dormir, aí meu Deus! – Peter falou depois de colocar a mala no chão e se jogar na cama do meio.
