Well, I hope I was your favorite crime

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Pov. Maya Bishop


– Ainda não entendi por que você está me acompanhando hoje.

Tentei impedir meu sorriso quando vi a expressão irritada de Jack na porta espelhada do elevador, ignorando os olhares curiosos dos outros passageiros ao redor. Ele apertou o botão do décimo oitavo andar.

Minha atenção caiu na etiqueta ao lado: "Karev Media Group".

– Você sabe o quanto eu gosto de ver você em ação. É como atirar num peixe dentro de um barril, não é assim que se fala em Nova York?

– Em primeiro lugar – ele disse, com a voz mais baixa –, você está usando essa expressão de um jeito errado e ninguém mais fala isso. Em segundo lugar, você está tramando alguma coisa. Você tem outras cem reuniões essa semana; eu sei que está até aqui de trabalho. Por que diabos resolveu me acompanhar hoje? Eu não preciso de você aqui.

– Você está certo, tecnicamente eu não preciso estar aqui, mas já vi você nesse tipo de reunião antes, meu amigo. Alguém começa a falar sobre neurotransmissores e pontes químicas e, de repente, parece que você fumou um baseado. Estou aqui apenas para ter certeza de que não vai falar besteira e acabar concordando com algum orçamento ridículo.

– Eu nunca falo besteira.

– Não, é claro que não – eu disse. – Mas não era você quem estava interessado em grandes contatos? Vou passar um tempo conversando com Alex enquanto estivermos aqui e matar dois passarinhos com uma pedra só, certo?

Nem eu conseguia acreditar na minha desculpa esfarrapada; não estava acostumada a me sentir tão fora d'água em relação a uma mulher. Certamente não estava acostumada a me esgueirar por aí como uma adolescente apenas para conseguir alguns minutos a sós com ela. Essa coisa com a Carina tinha sido construída para ser simples, mas, recentemente, parecia o oposto.

Algumas horas antes, eu achava que tinha pensado em tudo: ir junto à reunião na KMG, usar Alex como desculpa caso Jack perguntasse, e, se tivesse sorte, esbarrar em Carina numa segunda-feira em vez de esperar até sexta. Passar um tempo com ela fora de nosso arranjo acabou me deixando mal-acostumada. E o ocorrido no táxi também não tinha sido nada mal.

Mas agora eu me sentia em conflito, imaginando se estaria procurando problemas por embaçar as fronteiras desse jeito.

As portas se abriram e Jack se virou para mim.

– Como você sabe, este show é meu. Portanto, apenas sente lá com cara de inteligente.

– Sr. Gibson, srta. Bishop – disse a recepcionista. – Bem-vindos – ela nos conduziu pelo corredor para a grande sala de conferência cheia de janelas, com Nova York ao fundo no horizonte como se fosse um cartão postal. – O sr. Karev está a caminho.

– Parece um desperdício você passar sua tarde livre aqui quando poderia visitar sua misteriosa parceira de sexo casual – Jack disse quando ficamos sozinhos novamente. Andei até a janela e olhei para o trânsito na rua lá fora.

– O que faz você pensar que ela estaria livre no meio da tarde?

Jack começou a revisar seus papéis e eu tomei um lugar na longa mesa, deixando minha mente divagar e lembrar a última vez que eu estivera naquele prédio. Eu também estava correndo atrás dela naquele dia, e tenho que admitir que pouca coisa tinha mudado.

Claro, já passei um tempo com ela, comi, chupei e toquei praticamente cada pedaço daquele corpo, mas ainda não conseguia entender o que se passava naquela linda cabecinha. O som de vozes surgiu pelo corredor e levantei meus olhos no instante em que Alex entrou na sala.

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