And I watched as you fled the scene

176 21 0
                                    

Pov. Maya Bishop



Três dias depois de dar a ela um orgasmo como almoço, eu não estava nem um pouco menos obcecada.

– Então, quem você vai trazer hoje à noite? – Jack perguntou distraidamente, com os olhos grudados no jornal.

A viagem de volta para o escritório depois de passarmos no alfaiate foi silenciosa até então, com exceção do barulho do motor e ocasionais buzinas no trânsito. Continuei lendo os arquivos que tinha trazido comigo – fotografias de uma nova exposição no Queens – quando respondi:

– Na verdade, eu vou sozinha.

Ele olhou para mim.

– Você não tem ninguém para te acompanhar?

– Não – olhei de volta a tempo de ver suas sobrancelhas se erguerem com a surpresa. – O que foi?

– Desde quando nos conhecemos, Maya?

– Seis anos, acho.

– E, nesse tempo todo, você alguma vez já participou de algum evento social sem ter uma garota ao seu lado?

– Realmente não me lembro.

– Talvez você possa checar as colunas sociais. Tenho certeza de que pode descobrir por lá – ele concluiu, sarcástico.

– Muito engraçado.

– É estranho, só isso. É nosso maior evento do ano e você não vai levar ninguém.

– Isso realmente importa?

Ele riu.

– Você está falando sério? "Quem Maya Bishop vai levar na festa" é a primeira coisa que as pessoas perguntam quando temos um evento desses.

– Eu acho engraçado quando você me descreve como um lobo mau que persegue a mulherada, enquanto você é um grande modelo de virtude e honra.

– Ah, eu nunca falei nada sobre ser um modelo... – ele disse por cima do jornal. – Estou apenas sugerindo que as pessoas vão se perguntar se você vai levar alguém, só isso.

Voltei a olhar meus arquivos enquanto considerava o que ele falou. Na verdade, não tinha chamado ninguém para o evento de arrecadação de fundos. Não tinha chamado ninguém porque não estava interessada em sair com ninguém. O que era mesmo estranho.

Talvez Jack estivesse certo. Desde que tinha conhecido Carina, as outras mulheres pareciam previsíveis e domesticadas demais. — Jack também estava certo quando disse que o Baile Anual de Caridade Bishop & Gibson era nosso maior evento do verão. Acontecia sempre no Museu de Arte Moderna e todas as pessoas importantes de Nova York apareciam por lá.

Com o baile, o jantar e o leilão, nós conseguíamos arrecadar todos os anos centenas de milhares de dólares para uma fundação pediátrica contra o câncer.

O céu acinzentado da tarde havia clareado, mas o cheiro de temporal ainda pairava no ar quando meu carro alcançou os bloqueios em frente ao museu. Um manobrista abriu minha porta e saí do carro, ajeitando meu vestido antes de continuar.

Ouvi meu nome ser chamado em várias direções e câmeras começaram a disparar como uma pequena tempestade de raios na área de imprensa.

– Maya, onde está sua acompanhante?

– Maya, uma foto rápida aqui!

– Os rumores da doação para o Smithsonian são verdadeiros?

Sorri e posei para os fotógrafos, acenando até entrar no museu. Senti como se estivesse no piloto automático e fiquei aliviada por ter mantido a imprensa do lado de fora. Eu simplesmente não tinha energia para aquilo.

Favorite CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora