Capítulo 16 🐻

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Depois de um tempo andando pela floresta, consegui achar o cheiro do filhote e o segui, vendo ele em cima de uma arvore, na sua forma de raposa

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Depois de um tempo andando pela floresta, consegui achar o cheiro do filhote e o segui, vendo ele em cima de uma arvore, na sua forma de raposa.

Me aproximo e vejo a mulher logo mais há frente, ela estava olhando para cima, tentando chamar atenção do filhote para si.

-- Vem, pequeno. – O chama.

Ele olha para cima e se levanta, descendo da arvore com agilidade. A fêmea se abaixa para pega-lo, mas ele desvia dela e vem na minha direção, se escalando na minha roupa com suas pequenas garras e sobe e para no meu braço já esticado para ele.

-- Olá, filhote. – Sorrio de lado para ele, e o mesmo esfrega o rosto em mim. – Obrigado, por cuidar ele, fêmea. Qualquer coisa que precisar, pode pedir. – Falo sendo sincero.

-- Não precisa agradecer. – Sorri.

-- Até. – Dou as costas. Mas paro quando ela segura no meu braço.

-- .... – Solta devagar meu braço e sorri sem graça. Eu acho. – Eu ... Gostaria de poder visitar a sua alcateia. –

-- Se é isso que você quer. – Dou de ombro. – É pedir para o seu alfa e pode ir. – Sorrio e volto a andar.

Aqui ao mesmo tempo que é quente, é gelado. A sensação é que de um lado da floresta esquenta, e dá outra, é totalmente fria. Deve ser coisa de cobra.

Assim que chego na entrada, taipan estava no meio da divisão das alcateias. Novamente, olhando na direção do alfa leão.

-- Deveria ir lá, pelo menos para tentar achar o que tanto olha naquela direção. – Sugiro.

-- Sinto algo que não sei explicar ... Algo familiar. Sinto que ele também sente. – Ele se vira para um lado da reserva especifico.
O lado que fica a cabana do snake.

-- Esse lado, é o do snake. Como eu acho que já tinha dito, ele é uma cobra. Uma sucuri, mas ele é um pouquinho maior do que uma sucuri pura. – Fico pensando.

Ele não fala nada, mas começa a andar na direção que eu tinha mencionados. Vou na direção dele e seguro o seu braço.

-- O que você vai fazer? Eu falei para você ir na direção da reserva, não do snake. – Ele me ignora e volta a andar. – Ele não é muito amigável. Principalmente com a fêmea dele estando gravida. –

Bufo quando ele continua me ignorando. Conhecendo aquele macho, ele já deve estar há espreita nós esperando. Acho que somente não veio para atacar, por mim.

Quando a mata fica mais rasa, consigo ver a cabana de longe, mas tomo um pequeno susto com um filhote de onça pula na minha frente. Taipan solta um barulho estranho e mostra a língua. Como uma ameaça.

Não foi somente eu que tomou um susto.

-- Oi, pequeno Victor. --- Me abaixo para passar a mão nele e passo pelo sua cabeça.

Aproveitando que abaixei, o filhote em meus braços desce e corre, fazendo Victor ir atrás. Assim que me endireito, tomo outro susto ao ver a grande cobra ao meu lado.

Snake.

-- Ele que quis entrar. – Aponto para o homem ao meu lado, da onde ele não tirava o olhar. – Onde está a Luna? – Pergunto, tentando quebrar aquele clima que se entalou.

Voltando a forma humana, snake mostra a linha e noto ele inclinar a cabeça para trás, acho querendo intimidar a outra cobra do meu outro lado. E funcionou, já que ele dá um passo para trás.

Cobras são estranhas.

Quando sinto o vendo bater no meu rosto, um cheiro de cima é familiar. Levanto a cabeça para cima, e vejo a Luna, ela estava pelo jeito dormindo e ... Aquilo é um filhote de cobra no pescoço dela?

-- O filhote nasceu? – Pergunto surpreso.

Dou um passo na direção da arvore, mas recuo quando os olhos do snake fiam em uma linha reta. Sinal de perigo.

-- Já entendi. – Levanto as mãos.

O filhote, era grandinho, sua coloração era ao mesmo tempo claro, era escuro. As pintas que tinha por seu corpo, algumas eram grandes e redondas, outras eram pequenas e com o formato redonda, mas meio modificados.

Uma mistura doida e bonita ao mesmo tempo.

Ele nasceu quando? Ainda mais para ficar desse tamanho!

-- O que vieram fazer aqui? – Snake pergunta sério e grosso.

Antes de falar alho, taipan se aproxima dele, parando na minha frente. Os dois ficam se encarando, mas vejo confusão no olhar do snake.

-- Você tem o cheiro do meu irmão. – Taipan fala, dando um passo há frente.

-- Não tenho irmãos. – Snake diz com grosseria. – Meu único irmão, morreu a muito tempo. – Dá as costas. – Vão embora. – Manda e olha para cima.

-- Beni? – Assim que ele disse esse, talvez nome, snake travou no lugar.

-- O que é beni? – Pergunto curioso.

-- Meu nome. – Snake fala se virando.

-- Beni? Achei que seu nome era snake. Fui enganado esse tempo todo? –

-- Quem tem o nome do ser que você é? – Taipan pergunta revirando os olhos.

-- Você tem um nome de uma espécie de cobra que nem a sua. Achai que a mãe dele não tinha criatividade e colocou snake. – Dou de umbro.

Eles me ignoram e snake se aproxima do suporto irmão e puxa ele para um abraço, onde aperta morte. Seus olhos brilham como nunca vi antes.

-- Achei que você tinha morrido quando não voltou mais daquela missão. – Diz e sorri mostrando as presas.

-- Consegui escapar deles ... Quando voltei para aquele lugar, não os encontrei mais. –
-- Eles estão mortos. – Sinto a tristeza no seu tom de voz.

-- Eu imaginei. – Sorri, mas sem humor. – É sua fêmea? – Os olhos do snake voltam a ser selvagens.

-- É. – Diz com frieza.

-- Se acostume. Ele tem uma mudança doida de humor. – Falo e sorrio. Olho na direção que os filhotes estão, e faço um sinal para o filhote vir. – Fico feliz por vocês, mas tenho muita coisa para resolver. –

Principalmente na questão da minha fêmea.

Senti verdade na humana, mas não quero deixar ela sozinha. Sei que ela vai para a cidade e que não posso ir, não tenho total permissão do conselho.

Pego o filhote assim que ele se aproxima já na sua forma humana. Tiro a minha blusa e coloco nele.

-- Obrigado. – Snake diz.

-- Não tem o que agradecer. Beni. –

-- É beniensis. Mas ele sempre preferiu ser chamado de beni. – Taipan diz divertido, mesmo com a expressão neutra.

-- Estou vendo o porquê. – Sorrio de lado. – Sua mãe tinha um grande fetiche por colocar nomes de espécie em vocês. – Os dois ficam sérios. Dou risada. – Até mais. Na próxima venho para conhecer o seu filhote. – Falo já saindo de lá.

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Finalzinho..

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