Capítulo Um

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"Dedico essa estória à aqueles que sobrevivem e sobreviveram à adolescência!" ~anônimo!🦋

#RuivagemConectada.

O passado é tenebroso para algumas pessoas... Em uma pequena cidade que não tinha muitos habitantes e não era muito conhecida, Lucas e Ana mudaram a pouco tempo para o lugar de sua infância e sentiam falta de visitar sua amada vózinha, Dona Soledade. A senhora já debilitada por problemas de saúde, adorou a volta de seus queridos netos. Ela se animou com a notícia e preparou algumas guloseimas que eles mais gostavam, mesmo tendo que ficar de repouso! Contudo, ver aquela velhinha feliz era a essência de determinação e inspiração, com um pouco de teimosia, é claro.

Depois da morte de seu filho com sua nora em um acidente que ocorreu a quase dois anos atrás, não os via frequentemente. Com o falecimento aconteceu devidas consequências e algumas sequelas com os jovens que impunham rebeldia e inseguranças. A espera e consentimento dos dois para desabafar e falar com alguém mais qualificado foi bastante difícil.

A convivência não era das melhores, porém eles ainda mantinham o cuidado e o respeito com a vó deles.

[...]

- LUCAS - gritou Ana, caminhando em passos pesados para o quarto de seu irmão.
- Por acaso você pegou minha gatinha?! - batia na porta perguntando.

- Gata?! Não vi esse bicho peludo hoje, não. - mente.

- Então faça o favor de abrir a porta para mim tirar minhas próprias conclusões, maninho - ele não demorou muito e fez destrancando a porta de seu quarto, assim deixando sua irmã entrar.

- Esse seu bichano não está aqui! E você sabe muito bem que não posso ficar perto de gatos por ser alérgico! - inventou sobre sua doença para distraí-la.

- Isso não é desculpa, mesmo com esta alergia, você sempre anda com minha gata pra cima e para baixo nessa casa! - respondeu olhando em todos os cantos do quarto do garoto.

- A vovó não vai gostar por ficar me acusando por coisas que não fiz! - se vitimiza por olhar por cima dos ombros de sua irmã.

- A avó está atrás de mim, não é?! - deu um sorriso falso pela vitimização do seu irmão.

- É a quarta vez que ouço vocês discutirem somente hoje. Além do mais acabaram de chegar! - a velhinha fala espantada com as brigas deles.

- Vovó, primeiramente o Lucas fica me importunando e pegando minha gatinha Lorena. - reclama se virando para a avó.

- Lucas...

- Tá bem, eu devolvo esse bicho peludo! - vai em direção ao closet e pega a gata voltando entregando a Ana.

- Tchau, seu bobo! - se retirando do quarto com Lô nos braços.

- Avó, olha ela! - resmungou.

- Deixa ela, só não pegar a gatinha de novo, sabe que a Lô é sua protegida. - sorriu lembrando do ciúmes que Ana contém. - E essas brigas precisam ter um fim, porque podem passar do limite, e não me peçam ajuda com isso. - levanta a mão em discordância aconselhando seu neto.

- Difícil! - cruzou o braço discordando.

- Sim, claro que é difícil meu menino, portanto vocês são irmãos e estão vivendo no mesmo teto há 16 anos! - apontou a idade de ambos.

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