Capítulo Sete

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Atenção: A obra está na reta final, passou rápido... 😭😭💔

Boa leitura, borboletas! 🦋

#RuivagemConectada

🦋

            1 mês depois: 30 de outubro de 2024.


           O tempo, portanto, é uma realidade multifacetada que pode ser abordada e compreendida de várias maneiras, dependendo da perspectiva que você adota. No nosso cotidiano, o tempo é aquilo que medimos com relógios e calendários. Ele organiza os eventos em uma sequência, como o passado, presente e futuro. Usamos o tempo para marcar quando algo acontece e quanto tempo algo dura.

Já fazia um mês desde que tudo aconteceu. Um mês desde que Ana, minha irmã, tinha perdido aquela luz nos olhos que costumava me encarar. Às vezes, ela parecia se perder em seus próprios pensamentos, como se estivesse presa em algum lugar que eu não podia alcançar. Ela disfarçava bem, mas eu via que ela ainda estava machucada.

Por isso, decidi que algo precisava mudar. Eu, Sofia, e Jenna nos juntamos e planejamos um dia de lazer, algo que pudesse ajudar Ana a relaxar e, quem sabe, trazer de volta aquela faísca que ela parecia ter perdido. Queríamos ver o sorriso dela brilhar novamente, mesmo que fosse apenas por um dia.

[...]

A manhã começou ensolarada, com o calor suave do verão batendo nas janelas. Estava tudo planejado. A primeira parada seria o cinema. Não importava o que estivesse em cartaz, o objetivo era dar à Ana algo para rir ou, no mínimo, para distraí-la. Chegamos lá todos juntos – eu, Sofia, Jenna, e claro, Ana. O ar-condicionado do cinema era um alívio no calor do dia, e enquanto comprávamos pipoca e refrigerantes, eu percebia Ana sorrir pela primeira vez em semanas, uma pequena vitória.

Assistimos a uma comédia. O tipo de filme sem profundidade, mas que nos fez rir até o estômago doer. Eu olhei de relance para Ana várias vezes, e cada vez que ela ria ou fazia algum comentário engraçado, algo dentro de mim relaxava. Ela estava se divertindo, mesmo que fosse só por algumas horas.

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A próxima parada foi a praia. Estávamos apenas a vinte minutos de distância, e, enquanto dirigíamos até lá, o céu parecia estar a nosso favor. A brisa era suave, o sol, menos intenso do que nas semanas anteriores. Quando chegamos, largamos as toalhas na areia e corremos para o mar. Ana hesitou por um momento, mas logo estava correndo atrás de nós, com água até os joelhos, jogando respingos em mim e em Jenna, como costumávamos fazer quando éramos crianças.

Entre risadas e brincadeiras, nos jogamos nas ondas, sentindo a espuma e o frescor. A praia estava tranquila, quase vazia, e a sensação de liberdade era inebriante. Mesmo Sofia, normalmente mais quieta, estava relaxada, gargalhando enquanto Jenna tentava ensinar Ana a jogar frisbee. Claro, elas falharam miseravelmente, mas ninguém parecia se importar.

[...]

Depois da praia, seguimos para o parque. Um daqueles parques que misturam áreas de lazer com gramados para piqueniques. Tínhamos um tempo até a próxima atividade, então resolvemos dar uma volta pelo lugar. Encontramos uma mesa ao lado de algumas árvores, sentamos e começamos a jogar uno. Não demorou muito para que a competitividade tomasse conta.

— Não pode jogar +4 em cima de +2! – Ana reclamou, franzindo a testa para mim.

— Claro que pode, você que não sabe jogar direito – respondi, tentando segurar o riso.

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