Capítulo Seis

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Atenção: indico vocês lerem com a playlist da fic (que está no meu mural!) vai deixar a leitura mais emocionante, porque escrevi escutando a list, também :)

Boa leitura, borboletas<333💜

#RuivagemConectada

🦋

                  Em diversas ocasiões, me senti afundada pela culpa que carrego pela morte dos meus pais. A dor que experimento ao recordá-los é profunda, sendo uma das mais intensas que já enfrentei na vida. Sempre desejei poder contar com eles ao conquistar uma vaga em uma boa faculdade e conseguir uma bolsa de estudos, assim como no meu primeiro emprego. Praticamente todos os dias sonho com eles, imaginando chegar em casa e encontrá-los no sofá da sala, conversando sobre algo que apenas eles compreendiam. Sentia-me segura quando era puxada para sentar entre eles e recebia aquele abraço caloroso, muitas vezes compartilhado pelo meu irmão, que também se juntava a nós para desfrutar do carinho de nossos pais.

Ao recordar disso, sou acometida pela conhecida dor da saudade e pelo anseio de que eles estivessem aqui comigo; essa sensação me incomoda profundamente!

Lágrimas começam a escorrer rapidamente pelo meu rosto e as memórias se entrelaçam, criando um turbilhão das coisas que guardei para mim. Assim, surgem imagens vívidas do acidente, do hospital e, por fim, do cemitério – a lembrança mais dolorosa de todas! Minha mente ficou tão confusa que perdi a capacidade de sentir, falar ou até mesmo mover meu corpo. Aqueles foram meus últimos momentos de clareza antes de eu perder completamente a consciência.

[...]

Jenna não via sua amiga há algumas horas e ficou intrigada com a ausência dela na sala, já que Ana nunca havia faltado a nenhuma aula desde o início do ano letivo. Preocupada com o desaparecimento da ruiva, levantou-se de sua carteira e foi até a professora pedir autorização para sair.

Ela percorreu várias salas: a de música, o banheiro e até o refeitório em busca de Ana. Conferiu todos os lugares que lhe ocorreram, incluindo o jardim da escola, um local que Ana adorava. No entanto, ela não estava lá…De repente, uma ideia lhe ocorreu: e se ela estivesse na biblioteca? Sem hesitar, saiu correndo em direção ao local, movida por uma dor intensa que fazia seu coração apertar, tomada pelo medo de que algo ruim pudesse ter acontecido com sua amiga.

Ao chegar à biblioteca, abriu a porta de forma abrupta, sem esperar nem mesmo que ela se abrisse completamente. A cena que encontrou a devastou: sua amiga estava desmaiada no chão e não havia conseguido despertá-la. A tristeza tomou conta dela. Je se aproximou da ruiva, que tinha o rosto pálido e abria os olhos esporadicamente devido a uma convulsão. Ao verificar seu pulso, percebeu que ele estava fraco. Sem forças para gritar por ajuda — pois estavam longe das salas de aula e da diretoria — ela decidiu ligar para D. Sol enquanto as lágrimas escorriam e o soluço a dominava na ligação atendida pela avó dos gêmeos.

— Alô, vó Sol? — falou com a voz trêmula.

— Oi, aconteceu algo? — respondeu a avó dos ruivos, alarmada pela raridade das ligações de Jenna.

— S-sim… A Ana não está bem, D.Sol… — sussurrou com um profundo sofrimento.

— Tenha calma, minha filha! Pode me dizer em que parte da escola vocês estão? — A senhora Soledade questionou com calma, buscando tranquilizar Jenna.

— Estamos na biblioteca… Em um corredor deserto, quase não vem mais ninguém aqui — Jenna respondeu, fazendo respiração profunda para se acalmar, e prosseguiu. — Por isso, não consigo pedir ajuda para cuidar da Ana até que eu converse com a supervisora. Então, foi por isso que eu liguei para senhora!

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