Capítulo 1

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" Como Uma Deusa "

OS PRIMEIROS RAIOS DO SOL invadiram o quarto de Melanie, acariciando suavemente seus olhos azuis e despertando-a de um sono tranquilo

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OS PRIMEIROS RAIOS DO SOL invadiram o quarto de Melanie, acariciando suavemente seus olhos azuis e despertando-a de um sono tranquilo. Ela piscou, ajustando-se à luz suave da manhã, e os sons melodiosos dos pássaros enchiam o ar com uma sinfonia natural. Lentamente, Melanie se levantou da cama, sentindo o frescor do novo dia, e dirigiu-se à sacada.

Ao abrir a porta da sacada, foi recebida pelo cheiro revigorante do ar matinal e pelo canto dos passarinhos. A brisa suave tocou seu rosto, trazendo consigo a promessa de um dia cheio de possibilidades. Olhando para a árvore próxima, ela avistou um ninho, onde os pequenos pássaros cantavam alegremente. Melanie apoiou os cotovelos na sacada e descansou o rosto em uma mão, observando a cena com um sorriso suave.

— O céu está tão lindo hoje. — murmurou, como se conversasse com o próprio universo. — E os cantos dos passarinhos são belos, uma melodia que acalma meu coração. —

Sentindo um misto de encantamento e nervosismo, ela suspirou profundamente. — Estou tão nervosa para a escola... e com medo também. — Sua voz era um sussurro na manhã tranquila. — Será que eles vão me aceitar? Com meu cabelo ruivo e minhas sardas... será que vão me julgar? —

Melanie voltou-se para o ninho, onde um passarinho a observava com olhos curiosos. Como se pudesse compreender seu dilema, o pequeno pássaro inclinou a cabeça, incentivando-a a continuar.

— Será que minhas sardas contam uma história que ninguém quer ouvir? E meu cabelo ruivo, será que é um sinal de algo que não posso mudar? — Sua voz era um eco suave na manhã. — Passarinho, você acha que os outros podem ver além das aparências? Que podem enxergar a verdadeira Melanie? —

O passarinho piou, um som alegre que parecia uma resposta, ainda que incompreensível.

— E se eles não gostarem de mim? Se rirem de minhas roupas novas, de minhas maneiras? — Continuou Melanie, a voz agora um pouco trêmula. — Passarinho, como posso encontrar coragem para ser eu mesma, para enfrentar o desconhecido? —

O pequeno pássaro levantou voo, girando no ar antes de voltar ao ninho, como se mostrasse a Melanie que a liberdade estava ao alcance de suas mãos, bastava estendê-las.

— Talvez, como você, eu precise apenas tentar. — disse ela, sentindo uma faísca de determinação acender em seu coração. — Talvez eu possa encontrar minha própria canção, uma que seja bela e única, como a sua. —

Olivia subiu as escadas com passos leves, um sorriso sereno em seu rosto. Estava ansiosa para ver como Melanie estava se sentindo naquela manhã. Ao chegar ao quarto de Melanie, bateu levemente na porta, mas não recebeu resposta. Decidiu entrar silenciosamente, encontrando o quarto banhado pela luz suave do sol da manhã.

Olivia olhou ao redor, procurando por Melanie, e logo avistou a porta da sacada entreaberta. Aproximou-se devagar, sem querer interromper o momento tranquilo. Quando alcançou a porta, viu Melanie apoiada na sacada, os cotovelos sobre a borda, com uma mão segurando o rosto. Ela estava imersa na contemplação da manhã, os olhos fixos nos passarinhos que cantavam alegremente no ninho da árvore próxima.

Dear Diary... / Gilbert Blythe + Melanie CarpenterOnde histórias criam vida. Descubra agora