Um feriado incomum

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Era um dia aparentemente comum no hospital, onde um silêncio calmo, mas também sombrio, rondava os corredores. Em plena quarta-feira, todos estavam exaustos pelos desafios constantes que vinham enfrentando. Entre todos, Aurora estava especialmente pensativa. Ela havia decidido seguir em frente e deixar de lado seus sentimentos por Roberth, reconhecendo a forte conexão entre ele e Ruby. O amor deles era profundo demais para que ela pudesse competir.

De repente, um grito de desespero ecoou pelos corredores.

— Aurora! Vem cá correndo! — a voz de Roberth estava angustiada.

Aurora, com o coração disparado, correu até a sala onde Anne e Bryam estavam. Ao entrar, a cena era caótica. Roberth, desesperado, gritou:

— Corre, Anne está tendo uma convulsão, e o aparelho não está funcionando!

Sem perder tempo, Aurora correu até a sala de equipamentos e pegou outro aparelho cardíaco. Seus pensamentos estavam focados em salvar Anne, cada segundo parecia uma eternidade. Ruby, que havia acabado de chegar para o seu turno, percebeu a agitação e viu Bryam, desolado, chorando junto à fonte do hospital.

— Bryam, o que aconteceu aqui?? — perguntou Ruby, assustada e perdida.

Bryam, tentando se recompor, gaguejou entre soluços:

— A... A... Ann... Anne está tendo... Uma... Con... Convulsão...

Ruby deixou suas coisas de lado e correu para a sala, onde encontrou Roberth e Aurora tentando reanimar Anne. A tensão no ar era palpável. Aurora, com mãos trêmulas mas precisas, conseguiu arrumar o aparelho, enquanto Roberth aplicava força média na tentativa de reanimar Anne.

— Anne... tá me escutando? Amiga... reage, amiga... — Ruby segurava o choro, desesperada.

O tempo parecia parar. Cada segundo era uma luta entre a vida e a morte. Finalmente, após momentos angustiantes, Anne acordou com um susto, ofegante.

— Anne! Graças a Deus! — exclamou Ruby, lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto segurava a mão da amiga.

Anne piscou várias vezes, tentando se situar. Sua visão ainda estava turva, mas aos poucos começou a focar nas figuras ao seu redor. Roberth, Ruby e Aurora a olhavam com alívio misturado à preocupação.

— O que... aconteceu? — murmurou Anne, a voz fraca.

— Você teve uma convulsão, Anne. Mas agora está tudo bem. — explicou Roberth, tentando manter a calma.

Aurora se afastou um pouco, sentindo uma mistura de alívio e tristeza. Ela havia sido crucial naquele momento, mas a realidade de seus sentimentos não a deixava em paz. Ela olhou para Roberth, que estava concentrado em Anne, e soube que sua decisão de seguir em frente era a certa.

Mais tarde, quando as coisas se acalmaram um pouco, Ruby e Bryam ficaram ao lado de Anne, enquanto Roberth e Aurora saíram para discutir a situação médica.

— Anne, você nos deu um grande susto. — disse Ruby, segurando a mão da amiga.

— Eu sei... me desculpem. — respondeu Anne, com um sorriso fraco.

— Não precisa se desculpar. O importante é que você está aqui conosco. — disse Bryam, acariciando o rosto dela.

Do lado de fora, Roberth e Aurora conversavam em voz baixa.

— Precisamos descobrir o que causou essa convulsão. — disse Roberth, preocupado.

— Concordo. Vou revisar todos os dados e exames dela. Não podemos deixar isso acontecer de novo. — respondeu Aurora.

Mais tarde naquela noite, Anne, ainda fraca, refletia sobre tudo o que havia acontecido. Bryam não saiu de seu lado em nenhum momento, segurando sua mão e oferecendo todo o apoio que podia.

— Bryam, você sabe que eu te amo, não sabe? — disse Anne, com uma voz suave.

— Sei, Anne. E eu também te amo. — respondeu Bryam, seus olhos brilhando de emoção.

— Obrigada por estar sempre aqui. — disse Anne, sentindo-se segura com ele ao seu lado.

Enquanto isso, Aurora estava no laboratório, revisando todos os dados e exames de Anne, determinada a encontrar a causa da convulsão. Seus sentimentos por Roberth ainda estavam presentes, mas ela sabia que precisava focar em seu trabalho e seguir em frente.

Nos dias seguintes, enquanto Aurora se dedicava à pesquisa, algo inusitado começou a surgir. Informações secretas sobre a origem da doença começaram a aparecer, algo que ela nunca tinha visto antes. Uma série de documentos confidenciais que haviam sido esquecidos nos arquivos do hospital continham pistas importantes.

Aurora, intrigada, começou a conectar os pontos. Poderia haver mais por trás da doença do que todos imaginavam. A descoberta dessas informações secretas chamou a atenção de Roberth, que começou a trabalhar mais próximo a Aurora, analisando cada detalhe.

— Aurora, isso é incrível. Se conseguirmos entender a origem, poderemos desenvolver uma cura mais eficaz. — disse Roberth, empolgado.

Ruby, ao ver a proximidade crescente entre Roberth e Aurora, começou a sentir uma pontada de ciúmes. Ela sabia que Aurora estava apenas fazendo seu trabalho, mas a constante interação entre eles a deixava desconfortável.

Enquanto investigavam, Roberth e Aurora descobriram que a doença poderia ter sido causada por um experimento biológico que saiu do controle. A revelação era chocante, e eles sabiam que precisavam ser cautelosos ao lidar com essas informações.

— Precisamos informar a equipe e preparar uma estratégia. — disse Aurora, com um tom de urgência.

— Concordo. Isso muda tudo. — respondeu Roberth, pensativo.

No final do dia, Roberth, Ruby e Aurora se reuniram para discutir as descobertas. A tensão era palpável, e Ruby não pôde deixar de notar a conexão entre Roberth e Aurora. Apesar dos sentimentos conflitantes, todos sabiam que precisavam trabalhar juntos para salvar seus pacientes e descobrir a verdade por trás da doença.

E assim, enquanto a noite caía sobre o hospital, todos se preparavam para enfrentar os novos desafios que estavam por vir. A jornada estava longe de acabar, e o destino de todos ainda estava pendurado por um fio.

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