Capítulo 3

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                 KAEL SILVEIRA
                 SALA DE ESTAR.

Chego em casa me jogando no sofá, completamente estressado do que experienciei mais cedo.

Será que estou fazendo o certo?

O que será que vai acontecer com a gente?

Ou o pior dos casos...

E se a gente morrer?

Pego meu celular, ele vibra pois acabou de chegar uma notificação.

É do Álex, e ele diz como vamos ir até a escola amanhã de noite.

Nós trocamos algumas mensagens.. Em resumo, nós vamos nos encontrar a quatro quarteirões da escola e caminhar até lá.

Enquanto andava pela casa, me lembro que eu preciso levar alguma arma.

Vou direto para a cozinha, abrindo a gaveta de cozinha e pego uma faca.

—Isso deve funcionar.

Nunca usei esse negócio.. E espero não precisar usar.

—Preciso descansar.

Caminho até meu quarto enquanto mergulho nos meus pensamentos de dúvida, deitando na cama e relaxando meu corpo.

..


                  DIA SEGUINTE,
                  DEZ DA NOITE.

Vejo apenas um carro passando enquanto caminho pela calçada escura, alguns veículos estão estacionados, pois já é bem tarde.

Pego meu celular do meu bolso, olhando pros lados com uma certa desconfiança — Não se sabe quando podemos ser assaltados.

Eu noto uma mensagem do Álex que foi enviada a minutos atrás, dizendo que já está saindo de casa.

Bem, só basta esperar.

Pouso minhas costas na parede e olho pra cima, enxergando o céu noturno.

—Lindo..

—O que é lindo?

Uma voz familiar do meu lado me faz essa pergunta.

Viro para a voz e a expectativa de ser o meu amigo está certa.

—Nada não.–Tiro as minhas costas da parede. —Atrasou porque? –Indaguei, com uma animação inexistente.

—Ah, não precisa se preocupar com isso — Eu já estou aqui e isso que importa, não é?

Ele dá uma risadinha, do jeito bobo como sempre.

Acho que eu me lembrei do motivo de eu ter virado amigo dele, ele foi a única pessoa que conseguiu me despertar o interesse de ser amigo.

—Trouxe tudo o que precisa?!

Perguntou, apontando pra minha bolsa

—Trouxe sim.
—Então vamos!

Nós começamos a caminhar até a escola, alguns assuntos por ele foram trazidos enquanto andávamos, mas nada muito profundo.

Chegamos até a praça onde está a frente da escola, a mesma de ontem que tivemos a discussão.

—Certo, que que a gente faz agora?
Questionei-o, ele que dá os planos aqui, correto?

—Como o portão da frente está fechado, a gente vai precisar pular o muro, ou...

Ele deu alguns pulinhos para enxergar atrás da escola.

—Iremos pelo portão de trás, o que acha?

—Hummm...

Essa rua está demasiadamente vazia, com excessão de alguns carros estacionados como o local que estávamos antes.

—Aqui seria melhor. Pelo que eu vejo, é mais limpa que a ou-

Ouço o som de um disparo e sou empurrado drasticamente até o chão, minha cabeça por pouco não bate no piso da praça.

—PORQUE VOCÊ ME EMPURROU, MALUCO?!?

Grito no Álex que está em cima do meu estômago, ele rapidamente sai de cima de mim e se levanta, apontado atrás de minha pessoa.

Eu me levanto também, com meu corpo doendo um pouco.

Vejo que tem um homem alto, corpo definido apontando uma arma para nós do outro lado da rua.

A quanto tempo ele tava ali??!!

Enxergo que o seu dedo está no gatilho novamente, meu corpo fica paralisado por alguns segundos.. Igual ao como eu estava quando eu vi aquela cena dos experimentos.

—CORRE, A GENTE VEM OUTRO DIA!

Consigo berrar isso para o meu amigo e disparamos juntos, voltando o caminho de antes.

Eu ouço mais um barulho de arma atrás de mim.  Por sorte, nenhum de nós foi acertado.

. .

Continuamos correndo, até que chegamos a rua onde é minha casa.

Minha respiração ofegante e a do Álex são perceptíveis agora

—Despistamos ele??! — Questionou, preocupado.
—Parece que sim.

Respiro aceleradamente enquanto pego as chaves do meu bolso

—Vamos entrando, rápido!

Minha mão tremendo por pouco não consegue destrancar a porta, mas entramos em casa e a tranco novamente.


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Esse foi mais curto do que os capítulos já são normalmente, 665 palavras. (Quase deu o número do capeta)




O Andar OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora