Capítulo 8

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            ALEXANDRE BORGES

        FRENTE A ESCOLA



Quando o Kael finalmente fez o que devia ser feito, meu coração acelerou de saber que o plano chegou na minha parte. 

–Alex. – Ele tocou no meu ombro, me aconselhando. –Agora quem precisa de coragem é você. – O mesmo entregou uma arma na minha mão enquanto fechava ela para que eu a agarrasse com firmeza. 

–Aonde você arranjou isso..? 

–Agora não é momento para perguntas, vamo logo! 

Ele empurrou minhas costas para que eu percebesse que a gente precisava correr. E rápido. 

Disparamos contra o tempo enquanto a chamada com o Lucas ainda estava em andamento, e sobre isso, parecia que ele estava “seguro”

Entrar na escola foi fácil – até demais – quando entramos no corredor, corremos desesperadamente até o elevador, local onde eu imediatamente lembrei do que havia acontecido quando aquele botão foi apertado. 

—O controle! –Exclamou quando entramos no elevador. 

Sem hesitar, apertei nele e começamos a descer. A espera até o andar foi angustiante, não sabíamos o que iríamos encontrar quando a porta se abrisse. 

E quando ela finalmente abriu, encontramos vários, não muitos, mas vários capangas daquela miserável nos cercando. 

–Merda! –Gritou meu amigo, de raiva enquanto saia do elevador. 

Cadê o Lucas? Será que fizeram algo com ele? 

Pegando o celular no meu bolso, a chamada que estava acontecendo foi encerrada. 

–Ora, ora, ora… 

Identifico uma voz feminina ao fundo do corredor, e esse foi o momento em que eu e o Kael fizemos a mesma expressão, apreensivos. 

–Eu não imaginava que iria ver vocês pessoalmente tão cedo, garotos. – Ao decorrer que a voz se aproximava, os funcionários abriam o caminho para ela. –O caminho até aqui foi fácil, não é? 

Quando ela finalmente deu as caras no meio dessa multidão toda, eu pude enxergar o Lucas na frente dela, seu rosto demonstrava medo da diretora o guiando. 

Nesse mesmo instante eu saco a pistola que o Kael me deu, apontando diretamente para o crânio daquela mulher, ele faz o mesmo. Os homens que estavam nos cercando fazem o mesmo com suas armas, mas a diretora – com um sinal de mão – os comanda abaixarem. 

–Então que tal começar a se explicar agora?! – Indaguei, minhas mãos suando e se esforçando para não demonstrar que estão tremendo. 

–Explicar? Explicar o que? 

–Não se faça de sonsa! Porque faz tudo isso? Porque realiza experimentos em alunos? 

–Ah sim, isso… 

Ela empurra o Lucas em cima da gente, ele quase cai acidentalmente no chão, porém o Kael consegue pega-lo. 

Após isso, a minha pergunta é respondida – e pelo que entendi – Tudo isso é para dinheiro, dinheiro que o governo irá dar por causa de uma prova. 

–Não, não é isso! 

–O que? Eu já expliquei, querido. Caso eu consiga criar alunos superdotados, irei conseguir dinheiro, muito dinheiro. –Na última palavra, ela dá uma risadinha, deixando claro que não é só dinheiro que ela quer. 

O Andar OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora