Quando Ele nos Encontra

Capítulo 17 - O encontro

Após pensar muito, Natália decidiu responder à mensagem dele com "Sim, li" e um emoji de carinha com corações.

— Não sei se era a resposta que ele queria, mas estou indo tentar falar com ele pessoalmente — disse, já pronta para sair.

Conforme chegava mais perto, ficava cada vez mais nervosa, tanto que tropeçou algumas vezes pelo caminho.

"Nunca tropecei na rua, tinha que ser hoje?", pensou.

"Capaz do carro do Google passar e tirar uma foto." Ela riu depois de pensar isso.

Quando chegou em frente a livraria, viu Joseph pelo vidro e parou.

Depois de alguns segundos, decidiu entrar, quando ele a viu e sorriu (o que para ela pareceu como quando se falaram pela primeira vez).

— E aí? O que achou do livro? — ele perguntou.

Natália sorriu e se lembrou de quantas vezes elogiou o autor na frente dele. Então parou de sorrir e olhou para os lados.

— Ele é legal — respondeu.

— Só legal? — Joseph franziu a testa.

Então ele saiu de trás do balcão, foi em direção a um sofá que havia no meio da livraria e se virou para ela.

— Eu decifrei o que dizia no caderno.

Se sentou e pegou na mão da Natália para que ela se sentasse também, o que ela achou ser a coisa mais fofa que ele já fez. E continuou falando.

— Obrigado — disse, sorrindo. — Eu sei que você amava esse escritor... Sinto muito por ter ouvido todos os elogios para ele sem você saber que era para mim.

— Agora você se desculpa? — perguntou, fingindo estar brava.

— Eu estava com um pouco de medo da sua reação... mas agora não estou mais. Na verdade, estou grato por me amar como escritor e também... como eu mesmo.

— Sobre isso... eu gosto mesmo de você! — ela disse, sem pensar muito, enquanto fechava os olhos para não ter que olhá-lo. — E também estava com medo da sua reação — começou rir. — Eu pensava... será que ele também gosta de mim ou é só ilusão?

Os dois pararam de falar por alguns segundos. Até que ele se virou para ela de novo.

— Você quer ser minha namorada?

Os dois riram, e Natália acenou com a cabeça, dizendo que aceitava.

— Já está na hora de fechar a loja... Vamos? — ele perguntou.

— Sim, vamos — respondeu rapidamente, se levantando.

Saíram, Joseph fechou a porta e então começaram andar enquanto conversavam a caminho de suas casas.

— Então... eu gosto de você desde que te vi no ponto de ônibus — Natália disse, sorrindo. — Já você, gosta de mim desde que me viu na loja de artesanato?!

— Quem disse isso? — ele perguntou, tentando disfarçar olhando para longe, rindo de canto.

— Eu li em um livro.

Fim