A novela Reputation TV
Estamos mais uma vez aqui com a nossa Reputation TV. Novela estrelada por Freen Sarocha como Pilanthita, Rebecca Armstrong como Aninlaphat e grande elenco incrível, talentoso e apetitoso.
Por falar em algo incrível... Temos dois convidados incríveis aqui que vieram dar uma passadinha. Mion e Iza no nosso momento jabá que paga nossas contas!
— Mas que Batidão maravilhoso! A Tim tem o Cinco G mais rápido do país. Você poderá assistir a Reputation TV sem travar. Não é, Mion?
(Iza fala muito sorridente com Nala em seu útero, sorrindo também.)
— Né, Papito! Não... Mamita! O Papito sou eu! Com a Tim, você pode assistir, na Globoplay, todas as séries, filmes, novelas, minisséries, programas ao vivo e não precisar dizer que está sem sinal da Tim. Venha para a Tim e seja a melhor internet do mundo!
(Mion também parece muito feliz com a internet da Tim.)
— E ainda bem que a Tim não faz mais propaganda com pessoas pintadas de azul, né, Mion?
(Iza ri.)
— Senhora, nem brinca, senão eles voltam. Ou... Voltamos!
(Mion também ri da piada.)
Ê... Muito bem... Obrigada pela visita incrível. Voltem sempre para nosso momento jabá!
E vamos ao que interessa. Espero que Mion e Iza acompanhem, neste momento, a novela, com a Tim. E com a Nala, é claro!
Essa é uma novela que conta a história de Pilanthita, que está casada com Anantawut. Ambos planejam dar um golpe em Anin, uma inglesa que quer comprar uma casa no Brasil.
Vamos recapitular o que houve? Vamos!
— Ê...
(Gritos e palmas da platéia.)
No capítulo anterior, Pil ficou pensando sobre como deveria dar o golpe em Anin e sobre como se casou com Anantawut para ter uma vida de rica e viver no glamour, porém não vive isso tão bem. Além de se recordar de que sua titia tem jóias que não quer lhe dar como herança porque ela gosta de mulheres e não de homens.
O que irá acontecer nesse capítulo? Pil conseguirá dar o golpe em sua cliente inglesa? Anin irá descobrir que Pil quer dar um golpe? Titia irá morrer e Pil perderá as jóias antes de conseguir o dinheiro?
Descobriremos isso no capítulo de hoje em Reputation TV. Coloquem seus fones porque o capítulo começa... Agora!
Anin passava com seu carro de luxo na Avenida Paulista. Estava indo para o bairro do Morumbi, onde estava morando, por uns dias, na casa de sua amiga brasileira, Prik Fujiwara. A família Fujiwara era a dona de uma marca de farinha muito conhecida pelo povo brasileiro, a Fujiwara. Sendo dita como a melhor farinha para o churrasco brasileiro.
Sua amizade com Prik Fujiwara era advinda de um encontro no colégio interno na Europa, alguns anos antes. E essa amizade era tudo o que Anin precisava naquele momento, pois o luto a deixava um pouco triste.
Havia se acostumado com a solidão desde cedo. Ter uma amiga era algo que era novo para Anin Sakura Smith. Cujo pai era um lorde inglês e a mãe era uma japonesa que havia ido para a Inglaterra com seu pai diplomata.
A Segunda Guerra Mundial, anos antes, havia retirado de Anin tudo o que poderia ter tirado... A presença dos pais. A guerra costumava ser dolorosa em muitos aspectos. Mas o Japão lutar contra a Inglaterra teve mais estragos na vida de Anin do que se poderia pensar.
A mãe, mesmo casada com o pai de Anin, deixou a filha e foi para o Japão por honrar seu país, indo para Nagasaki. O pai, honrando a nobreza de seu título de lorde, subiu em um avião e partiu rumo à Alemanha. E foi assim que a guerra tirou de Anin, seus dois pais.
Foi criada pela avó paterna até sua morte, durante o início da adolescência de Anin. Após isso, a menina ficou solitária e fechada, com sua herança sendo cuidada pelo advogado da família.
Nesse período, ela procurou fazer tudo sozinha, mesmo que precisasse do advogado lhe enviar quantias em dinheiro até os dezoito anos. Já havia perdido tudo. Não perderia mais pessoas. Ela não suportaria passar por isso mais uma vez.
Se tornou, então, cautelosa quanto à entrada de pessoas em sua vida. Mas Jim foi uma exceção alegre e bem vinda para sua vida solitária. E jamais deixou de ser, mesmo anos depois do fim das aulas.
Naquele momento, dirigindo por São Paulo, Anin se lembrava de sua avó. Dos olhos tão azuis quanto o oceano de Mongaguá. E o sorriso que remetia ao calor do sol do Brasil.
Aquela era uma senhora e tanto, Anin se recordava. Não havia nada de inglês na postura da avó, mesmo que fosse uma lady e se comportasse como uma lady, ainda era uma mulher diferente daquelas senhoras inglesas.
(Barulho de fita rebobinando.)
A senhora de cabelos loiros e os olhos muito azuis pintava um quadro mostrando a paisagem da Cornualha. Ela gostava de pintura e de ruínas. Nada mais a fascinava no mundo. Portanto, uniu os dois e os pintou.
— Veja, Anin... O Castelo de Tintagel, o castelo do Rei Arthur.
(Voz de Fernanda Montenegro.)
— Me conta a história de novo, vovó!
(Voz de Valentina Melleu como a pequena Anin.)
— Vou te contar...
A mulher saiu de perto da pintura e se sentou na cadeira de balanço branca de dois lugares, com a menina. Ambas começaram a balançar.
— Certo dia, um rei muito amado chamado Uther de Pendrago se apaixonou pela belíssima mulher de outro homem. O nome dela era Igraine. Sabendo que não poderia tocar o corpo de uma mulher casada, pediu ao Mago Merlin que o transformasse no marido dela. Após isso, entrou na casa e amou aquela mulher com todo o amor que havia em seu coração. Então, esse amor acabou gerando um fruto e esse fruto foi chamado de Arthur. O bebê foi entregue para o grandioso Mago Merlin, que criou o menino escondido para que ninguém soubesse de sua existência. Era muito perigoso que as pessoas soubessem que o rei havia tido um filho bastardo. E quando o rei morreu, a nobreza passou a disputar muito arduamente pelo poder. Foi quando Merlin, dotado de sabedoria, falou a todos os cavaleiros que colocaria a espada Excalibur em uma pedra. Disse que somente quem conseguisse retirá-la, poderia ser o novo rei. Os cavaleiros, pensando que seria fácil, foram tentando um a um retirá-la, mas um a um foram derrotados. Não conseguiram retirar a espada daquela pedra. Parecia algo impossível. E o tempo foi passando, até que, certo dia, Arthur estava caminhando pelo reino, distraído. Então, do nada, avistou a grande pedra com a espada cravada. Viu a beleza da espada e pensou em retirá-la para pegá-la para si. Sem saber sobre a profecia, puxou a espada com toda a facilidade e a retirou da pedra. Após isso, Arthur conquistou o poder de rei e herdou de seu pai a Távola Redonda, grande mesa de pedra feita pelo Mago Merlin para que seu pai reunisse seus cavaleiros mais honrados. Foi quando Arthur, seguindo os passos de seu pai, reuniu seus cavaleiros Lancelot, Percival, Gauvain e Tristão na Távola.
— Vovó, o pai de Arthur ficou com uma mulher casada e o Lancelot, maior cavaleiro de Arthur, ficou com a esposa de Arthur, né? Todo mundo diz que é errado um homem se apaixonar por uma mulher casada e que faz ele perder a honra de cavaleiro e de rei, mas eles fizeram isso, mesmo sem perder a honra.
A menina olhava para o céu, enquanto o balanço se movia para frente e para trás.
— Meu amor, certo não é. Mas o coração não escolhe por quem se apaixona. Escolhe? Olhe sua mãe e seu pai. Tão diferentes e ficaram juntos.
— Mas nenhum era casado.
— Ainda bem, não é? Imagina só quão doloroso seria se apaixonar por alguém que já é comprometido por outra pessoa. Imagina só se Lancelot e Guinevere fossem livres. A história seria outra e não teria caído o reino de Camelot.
— Não acho certo que culpem a Guinevere e nem Lancelot. Lancelot foi salvar a Guinevere, que havia sido raptada por Meleagant. Arthur era quem deveria ter ido e não foi. Ela se apaixonou pelo homem que a salvou. Isso não deveria ser visto como desonra. Foi ele quem a salvou. Ele até passou vergonha, criando gado para que cumprisse todos os sacrifícios para salvar a rainha e até teve de lutar disfarçado e vencer um torneio, enquanto Arthur estava em outro lugar. Ele não foi salvar a rainha. Quem mostrou amor verdadeiro foi Lancelot. Não era como se ele fosse o marido dela, era?
— É algo a se pensar, meu bem. Mas Arthur confiou a seu melhor cavaleiro tal tarefa, mesmo que não fosse.
— E preferiu ir atrás de dragões, não da esposa. O certo era ir atrás da esposa.
— É, isso é verdade.
(A mulher riu da raiva da menina.)
— No lugar dele, eu iria atrás e salvaria a rainha. Ele foi burro.
— Eu também, mas os homens não possuem a doçura das mulheres, meu anjo. Eles preferem as batalhas contra dragões do que salvar as rainhas raptadas.
— Eu odeio os homens!
— Um dia, não odiará e vai se casar com um deles.
— Não vou! Eu nunca vou me casar!
— Não vai?
— Não, eu não vou! Homens são feios e só gostam dos dragões. Me diga, vovó... Por que eu me casaria com alguém que não me salvaria e preferiria os dragões?
(Barulho de fita rebobinando parando.)
A mulher sentia o vento tocar seus cabelos entrando pela janela aberta do carro que havia comprado assim que chegou à São Paulo.
( Barulho de vento.)
— Aquela Pilanthita me pareceu um tanto estranha, né? Como se soubesse de que gosto de mulheres. Eram os toques singelos, o passar da língua pelos lábios. Além de falar do Memorial Alan Turing. Tão estranho... Se for, de fato, algo consumado de que ela saiba que eu sou o que sou, quem disse isso à ela? E quando? Mantenho minha vida discreta. Não há alardes sobre o que faço ou deixo de fazer. Ninguém tem absolutamente nada a ver com quem faço ou deixo de fazer, o amor que eu sinto em meu peito. Tanto que houveram e há mulheres em minha vida. Haverão, portanto, sempre algumas. Gosto do que é bom. Só não gosto que falem por mim sobre isso. É algo que eu gosto de falar apenas no ouvido da minha pretendente. Amo o flerte, o tocar, o sentir... Gosto do passo a passo antes de ir com uma mulher para a cama. E odeio ser encurralada por quem quer que seja. Quem ousou dizer sobre mim, tão internamente, de algo tão meu, para uma desconhecida? Ainda mais para ela me encurralar daquela forma em uma simples venda de casa?
Anin segurava o volante com uma mão e colocava a outra mão na cabeça, deslizando os dedos pela testa, indo até os cabelos pretos lisos.
— Descobrirei quem ousou falar de minha intimidade por aí. Não serei tola de acreditar que aquela mulher não sabia de nada e só descobriu após a minha entrada naquela sala. Não existem tantas coincidências assim. Não, ela estava, deliberadamente, tentando me seduzir. E eu não sou o tipo de mocinha tola de novela. Se fosse, precisaria de um homem para cuidar dos meus negócios por mim. Não, eu cuido de tudo sozinha, desde meus dezoito anos, quando recebi a minha herança, após meus pais morrerem na guerra e minha avó partir. A vida te forja e te obriga a ser forte quando você não tem mais alguém além de você mesma. E ninguém te faz de trouxa quando você é assim.
O carro parou em frente à um café na rua Augusta. Anin adentrou o estabelecimento, saindo com um expresso. Sentou-se em uma mesinha e olhou tudo à volta.
Amava beber o café brasileiro. Pensava que tinha algo de diferente e especial no café preparado no Brasil. Conseguia ser mais quente do que qualquer outro do mundo.
Sorriu ao olhar o povo brasileiro andando com seus vestidos e roupas masculinas. Olhava e percebia com mais atenção os vestidos. Mulheres com seus vestidos claros ou escuros... Os sapatos ou sandálias em seus pés. Os cabelos bem penteados. A maquiagem de algumas. A sombrinha em cima de outras.
— Aquela Pilanthita não sabe observar a beleza do próprio povo. Nota-se que bebeu tanto da cultura européia até dizer que sabia tanto dela quanto qualquer europeu. Bebeu tanto que seus lábios ficaram dormentes. Mas eu me pergunto... Qual é a vantagem de se saber tanto sobre um lugar ao qual jamais vai pertencer, enquanto fecha os olhos para o mundo tão vastamente rico que se tem bem debaixo do próprio nariz? Brasileiros... Trocam o calor pelo frio todos os dias. Amam o frio e se esquecem que é o calor daqui que torna o Brasil tão rico. Tanto em natureza quanto em calor humano. Na Inglaterra, não temos o calor no clima, muito menos o calor humano. Por isso, eu troquei lá por aqui. E todos aqui trocariam aqui por lá, só porque acham que lá é melhor. Não é. As paredes frias e velhas de Manchester jamais chegarão aos pés de São Paulo. Brasileiros não deveriam se enganar pensando que a cultura européia é melhor só porque ela possui dinheiro. Na verdade, a riqueza de lá, muitas vezes, veio do roubo do que havia fora. Ou seja, não é de lá. Mas a do Brasil é do Brasil.
Anin pensava e observava o povo caminhando, enquanto tomava seu expresso com toda a calma.
O que irá acontecer no próximo capítulo de Reputation TV? Anin irá descobrir que Pil está querendo dar-lhe um golpe? Pil irá conseguir levar na lábia, a cliente?
Não deixe de acompanhar a Reputation TV. Todo capítulo novo sai às quintas-feiras às dez horas da noite, na Globoplay.
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Reputation Tv
FanfictionBom, a fic é assim... Freen e Becky são duas atrizes que fazem o papel na novela podcast da Globoplay em homenagem aos tempos de rádio. As duas são Pil e Anin. Um capítulo será sempre para FB e um para AP. Anin é uma inglesa que quer comprar uma cas...