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Domingo 17:40 PM

Yuki - Quanto mais vamos andar até chegar a saída daqui?

Ele fala enquanto caminhava por entre as árvores do pátio

- se está tentando ir embora, saiba que tá na direção errada

Sua risada se faz presente, não consigo evitar vê-lo feliz e não sorrir junto a sua alegria.

- Seu humor está bom

Yuki - Sim, fazia um tempo que eu não me sentia assim

Ele falava enquanto caminhava por entre as flores do pátio.

- Assim como?

Yuki - Feliz

Minhas orelhas levantam em surpresa. Esperava qualquer tipo de resposta, menos a que ele havia me dado. Mesmo sabendo que sua vida não era um mar de rosas e que, mesmo com seus irmãos, ele não se sentia completamente alegre, mas ouvir que faz tempo que ele não se sente feliz é realmente desanimador.

Calmamente seguro sua cintura e seu corpo fica rígido, como se já estivesse ansioso por meu toque.

- Eu posso te fazer feliz todos os dias, não vai ter um só momento em que você vá se sentir só

Naquele momento, o silêncio ensurdecedor se fazia presente, enquanto os olhos avermelhados de Yuki estavam completamente voltados a mim, com uma luz de emoção no fundo.

- Você apenas tem que abaixar esses vários muros seus

Aliso seu queixo e calmamente o faço levantar o rosto

- Pra que eu possa me penetrar nesse seu coração

Puxo seu corpo pra mim, assim juntando o seu no meu, e logo me aproximo de seus lábios

- E te ter somente pra mim

Yuki - Nick....

- Sim, gatinho?

Deslizo meu dedo sobre seus lábios úmidos e minha cauda balança impaciente.

Era como se todos os meus instintos gritassem para eu beijar ele. Minha paciência ia embora aos poucos, enquanto sentia o calor do seu corpo tomar o meu.

Yuki - Ainda estamos no pátio

Ele se afasta de mim, assim levando seu calor consigo.

Yuki - Então é melhor controlar seus feromonios

- A gente tava em um momento tão bom, bombom

Yuki - Bombom?

- Sim, você é meu bombom

Enrolo sua cauda em minha mão e ele se arrepia completamente

- O doce que adoçou minha vida, que fez com que toda a água do mundo se tornasse ineficiente contra sua doçura

Yuki - Qual a parte do " ainda estamos no pátio" você não entendeu?

Ele fala bravo enquanto tentava se soltar de meus toques

- A parte que eu não me importo em estarmos no pátio

Coloco ele contra uma das árvores e ele me olha surpreso, porém ansioso por mais toques

Naquele momento, eu me sentia um predador atrás de um pobre gatinho indefeso. Sentia como se tivesse o encurralado em meu habitat e que ele nunca poderia fugir de minhas garras.... bom, nossa situação atual é quase assim.

- Gatinho, você não sabe mesmo disfarçar o que quer

Calmamente deslizo minhas mãos para seu quadril, assim tentando, lentamente, seduzir ele

Yuki - Tem certeza de que não está no cio?

Docemente beijo seu pescoço e logo suspiro contra o mesmo, fazendo com que a cauda de Yuki se arrepiasse

- Eu não preciso estar no cio pra me excitar por você. Você me deixa assim, gatinho. Você me enlouquece todo

Rapidamente ele vira seu rosto, na falsa tentativa de esconder seu rosto, quase da mesma cor que seu cabelo

Yuki - Uhn

Ele murmura enquanto ainda ansiava por meus toques. Sorrio ao notar sua confusão, por eu não me mover mais e ele logo foca sua visão em mim

Yuki - Nick, você não vai me beijar?

- Você quer que eu te beije?

Seu silêncio se faz presente, enquanto em seu rosto se mantinha uma face pensativa, como se estivesse processando minha pergunta, mas ele logo me olha tímido e afirma minimamente

- Ah gatinho, você tem que ser claro nas coisas que quer

Enrolo sua cauda em minha mão e seu corpo treme

Yuki - E-Eu.. quero que você me ... me beije

Nossos lábios se encontraram com urgência, o beijo era cheio de desejo e fome. Subo minha mão pelo braço dele, acariciando cada centímetro de pele exposta. Seu corpo arqueou, os dedos dele se enroscavam lentamente em meus cabelos, me puxando para mais perto com certa pressa.

Nossa respiração se misturava, o som dos seus suspiros e gemidos se fundiam com o sussurro das folhas da árvore. Deslizo a mão pela lateral do corpo dele, explorando cada curva, enquanto meus lábios traçavam um caminho de beijos pelo pescoço do gatinho excitado, descendo até sua clavícula.

O puxou ainda mais para perto, sentindo o calor do corpo dele contra o meu, a sensação de estar completamente envolvido por ele. A árvore oferecia suporte, a firmeza do tronco contrastando com a suavidade de seus toques em meu cabelo.

O mundo ao redor parecia desaparecer, restando apenas nós e o desejo que nos consumia. Seus toques eram ao mesmo tempo gentis e urgentes, cada movimento uma urgência a mais. A luz do entardecer banhava a cena, tornando cada momento ainda mais intenso, cada sensação ainda mais vívida.

O tempo pareceu parar, o leve vento criando uma atmosfera mágica ao nosso redor, como se nada mais existisse. Nossa conexão era palpável, não havia como negar, havia uma chama entre nossos corpos que ameaçava incendiar tudo ao redor. E ali, contra aquela árvore velha, nós estávamos nos perdendo um no outro, entregues ao calor do momento.

Nossos lábios se afastam minimamente assim que notamos a ausência de ar em nossos pulmões. Abro meus olhos e sorrio ao ver seu rosto em uma completa bagunça

- Oque foi, bombom?

Yuki - E-Eu não .... eu não sou de fazer isso

- Oque, beijar alguém no pátio?

Ele nega minimamente enquanto alisava seus lábios

Yuki - Eu não sou de querer mais do que devo

- Você pode pegar tudo que quiser. Se quiser, não se contente apenas com beijos, faça tudo que quiser fazer

Aliso sua bochecha

- Você pode fazer tudo quiser comigo, não se contenha

Yuki - É perigoso me dizer isso

Ele falava hesitante, como se tivesse medo de seus próprios desejos

- Se solta, gatinho, somos só eu e você aqui

Deslizo minha língua por toda a extensão de sua garganta, até chegar em seus lábios

- Eu não vou recusar nenhum desejo seu

Agarro com força seu quadril

- Você pode simplesmente fazer tudo que quiser comigo, entendeu gatinho?

Ele afirma minimamente enquanto parecia estar muito perdido em seus próprios pensamentos. Sorrio ao vê-lo uma bagunça e logo o coloco sobre meu ombro

- Hora de comermos alguma coisa

Falo enquanto caminhava, com ele no ombro, em direção a casa.

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