Capítulo 1

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JungKook

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Filho, você vai hoje na reunião que mencionou?

— Sim, mãe. Estou terminando de me vestir. Nem fui cedo pra corporação, o Tenente marcou comigo às 14h.

Mas você já sabe por que isso?

— Não faço ideia, mas acho que é para conversar sobre os sequestros que estão desafiando a polícia. Foi bem sucinto o comunicado.

Por que acha isso?

— Algumas pessoas já foram raptadas e acabaram mortas. Não sabemos ainda quem está por trás e o que querem com isso. Eles parecem sombras.

Tome cuidado, meu amor. Só eu sei como vivo com meus nervos em frangalhos pelo seu trabalho.

— Não se preocupe, sei me cuidar. Em breve te ligo novamente.

Seu pai ontem perguntou por você.

— O que ele queria?

Nada, apenas me perguntou se você tinha ligado.

— Diga que não, assim não precisa o incomodar mencionando meu nome.

Não fale assim, filho.

— Mãe, foi ele que me virou a cara só porque meu casamento acabou. Pro inferno que eu ia ficar casado sendo que não estava bom nem pra mim e nem pra Caroline.

Você sabe que ele queria netos.

— Tenho trinta e sete anos e não vou viver minha vida em função do meu pai. Não estou onde ele queira? Não honrei o nome dele? A família já não está muito bem representada?

Não fale assim. Dizendo desta maneira, parece que você nunca quis seguir sua profissão, que foi forçado. Sei que você tem orgulho de onde chegou, vi em seus olhos na formatura.

— Não fui forçado, eu queira, mas... — A porra da minha voz quis embargar, mas logo me recompus. — Meu pai moldou o filho, não como um pai e sim, como um carrasco. Só eu sei tudo que carrego comigo, toda bagagem da sua “educação”. Só que agora sou um homem e na minha vida quem manda sou eu. Foda-se ele.

JUNGKOOK!!! Olha o respeito, está falando comigo.

— Pois se quiser falar comigo de novo, não toque no nome dele. Só falo com ele de novo se me pedir desculpas pelas barbaridades que disse quando comuniquei o fim do meu casamento. Agora me deixe ir, estão me esperando. — Desligo o telefone sem nem me despedir da minha mãe, mas minha paciência hoje não era das melhores.

Cheguei aonde meu pai sempre quis, me tornei um Fuzileiro Naval e fiz parte das Forças Especiais da Marinha, por alguns anos, me destacando com louvor entre os demais.

E há dez anos, cheguei aonde estou e este é o meu sonho realizado, faço parte da Unidade de Elite Policial dos Estados Unidos, a SWAT.

Fui selecionado devido ao meu histórico em campo.

Sou considerado um dos melhores.

Em tese, toda criação do meu pai contribuiu e muito para o meu lado profissional, mesmo que tenha destruído o pessoal.

Fui casado por quatro anos com uma linda advogada chamada Caroline Miller, mas ela foi apenas mais uma tentativa de me convencer do que meu pai me fez acreditar que era o certo.

Foi assim toda minha vida.

O problema, era que cada mulher que surgia no meu caminho, sem saber, me provava o quanto eu seguia pela direção errada.

Special Squad - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora