Special Squad - Jikook

Capítulo 12

JungKook

A porta do meu quarto foi aberta num rompante e o Tenente passou por ela aflito. 

Jimin estava dormindo em minha cama, depois que coloquei escondido em sua água um calmante que eu tinha. 

Ele ia me bater, tinha certeza, mas foda-se, não podia deixá-lo da forma que ficou.

Assim que fiz isso, só pensei no Tenente e liguei para ele. 

Taehyung e Jinyoung ainda não tinham retornado e sei lá, depois de tudo que descobri, Kim me pareceu a opção mais plausível.

— Ele dormiu? Vim o mais rápido que pude. O que aconteceu, JungKook?

— Precisei dar a ele um calmante que eu tinha, coloquei em sua água sem ele ver. Nunca vi o Jimin daquela forma, ele tremia, estava aterrorizado.

— Mas o que causou isso?

— Dixon o achou no sistema, foi o que ele disse.

— Meu Deus.

— E Jimin disse que eles conversaram, mas eu não vi essa parte, estava com o senhor no telefone. Quando voltei para a sala dos computadores, eles estavam estranhos e formaram na tela a cara de um homem com capuz e no fim, os olhos da imagem se acederam em vermelho. Assustador.

— Esse miserável está fazendo terror psicológico com meu filho.

— Sei bem o que é isso. Precisamos pegar esse infeliz.

— Jimin chegou a saber da terceira vítima?

— Não, eu ainda ia falar, mas já cheguei perto dele presenciando a cena dos computadores.

— Melhor, não vamos falar agora. — O Tenente olhava para Jimin e depois me encarou. — JungKook.

— Sim, senhor.

— Não precisamos de formalidades agora. Não é o Tenente falando com você e sim, um pai. Proteja meu filho, não o deixe sair daqui, fique com ele até esse monstro estar preso. Não sei, sinceramente, o que aconteceria de mim se o perdesse.

Olhava para o rosto daquele homem, já marcado pela idade, mas que não escondia a beleza dele. 

O Tenente Kim Namjoon, tinha 51 anos, era alto e um pouco forte. 

Sempre elegante em seus ternos, eu também já o vi com seu uniforme militar e aí sim ele mostrava o soldado que era, sempre fazendo tudo pelo seu país. 

Sabendo de toda verdade agora, eu conseguia ver semelhanças entre Jimin e ele. 

O cabelo preto, mesmo que o do Tenente já mostrasse uns fios brancos. 

Os lábios fartos e o sorriso largo. 

Até uma pinta no pescoço eles tinham igual, incrível. 

Só que como os pais eram irmãos, Jimin também deveria ter algo do outro pai.

— Fique tranquilo, nada vai acontecer com ele.

— Não quero mais ele nos computadores.

— Mas... como será isso? Ele já cisma em dizer que se sente um inútil aqui preso.

— Vamos ter que dar um jeito.

— O senhor parece cansado.

O Tenente passou por mim e se sentou na beirada da minha cama, passando a mão pelos cabelos do filho.

— Nunca pude fazer isso depois que ele ficou adulto. Nossos encontros sempre são no trabalho, sempre de forma polida, na frente dos outros. Apenas em datas comemorativas, tipo, Natal e aniversário dele, que eu ligo de forma particular. Não temos a intimidade de ir na casa um do outro, mas sei onde fica seu apartamento. Pelo menos posso vê-lo no trabalho, né?