Capítulo 10

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Jimin

Meu coração ainda tentava voltar ao normal. 

E sentia o do JungKook no mesmo estado. 

Ele ainda estava sobre o meu corpo, com seu rosto na curva do meu pescoço, o que me possibilitava sentir sua respiração quente e descompassada.

Meus dedos percorriam timidamente suas costas e nossos perfumes se misturavam ao cheiro de nossas peles suadas e ao cheiro de sexo que exalava no quarto. 

Porra, bom demais. 

Não tinha vontade de me mexer, mas quanto mais isso era evitado, mas eu prolongava uma ilusão.

Agora era o momento em que ele se levantaria satisfeito e sairia do quarto, mas, como aqui era o seu quarto, essa tarefa seria minha, mesmo que eu quisesse ficar mais que tudo. 

Agora, muita coisa fazia sentido, eu conseguia compreender um pouco seu jeito de ser. 

O ódio que sentia do seu pai, mesmo sem conhecê-lo, já se fazia presente em meu coração, mas infelizmente, nessa altura da vida, só dependia do JungKook lutar para se libertar ou não, seria uma escolha dele.

Havia tido uma das transas mais fodas da minha vida e jamais seria capaz de esquecer este momento, mas com ele também veio a certeza de que eu precisava, urgentemente, acabar com a nossa aproximação ou seria algo tão catastrófico quanto foi meu término com Bryan. 

Tudo em mim pedia pelo homem em cima do meu corpo, eu precisava do toque dele, de ouvir a voz dele, de sentir o cheiro dele e até de brigar com ele.

JungKook entrou na minha vida feito um trator, me atropelando de forma desgovernada sem se preocupar se me machucaria seriamente. 

Ok, eu permiti de certa forma esse atropelamento, porém, estava bem ciente que, ou fugia, ou não me recuperaria dos ferimentos que ele causaria em meu coração.

Das faíscas, desde que batemos o olho um no outro, veio um desejo desenfreado que ambos não eram capazes de controlar e desse desejo, vinha algo que estava me deixando apavorado e eu precisava agir ou seria tarde demais.

Sou tirado dos meus pensamentos com ele se mexendo e sinto quando sai de dentro do meu corpo. 

Faço uma careta, estou dolorido demais, sua pegada foi bem forte, mas não me arrependo de nada do que aconteceu aqui.

JungKook me encara e acho estranho o que vejo em seus olhos, além do receio, o que era de se esperar, ele parece cansado, mas não um cansaço físico pelo que acabamos de fazer, algo como se sua alma estivesse exausta de tantas lutas. 

Aprendi isso com minha mãe, tão ligada a coisas exotéricas, espíritos, destino e coisas do tipo.

— Como estamos em seu quarto, acho que cabe a mim agora me levantar, vestir minha roupa e te deixar em paz — digo de forma tranquila para não o aborrecer. 

Não quero brigar, ele se abriu comigo e não é minha intenção forçar alguma coisa, eu me dei por livre e espontânea vontade, mas sei muito bem os seus termos.

— Não estou te expulsando.

— Eu sei, mas depois da nossa conversa, eu te entendo melhor e... não quero forçar você a nada. Que fique claro, que não me arrependo do que aconteceu aqui, eu gostei muito, mas sei os seus limites e pretendo respeitar.

JungKook se sentou na cama, ainda com o preservativo preso em seu corpo. 

Eu me sentei fazendo mais caretas, mas logo me levantei tranquilo e peguei peça por peça das minhas roupas no chão do seu quarto. 

Special Squad - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora