Special Squad - Jikook

Epílogo

Um mês depois...

Jimin

Andava sem meu capacete tático. 

Estava sujo de poeira do teto que quase desabou em cima de mim, quando Jinyoung detonou várias bombas ao mesmo tempo. 

Porra, meu irmão parecia que andava incorporado. 

O homem estava implacável quando estávamos em alguma missão e desta vez, além desarmar uma bomba enorme, espalhou várias para acabarmos com uma organização que pretendia acabar com o feriado de Dia Ação de Graças.

Os infelizes fugiram para uma fábrica que estava fechada e Jinyoung praticamente colocou metade dela abaixo, matando os infelizes. 

Claro que antes, enquanto ele trabalhava, houve uma intensa troca de tiros e JungKook e Taehyung estavam ao meu lado fazendo o que eles sabiam de melhor. 

Foi foda!!

Passava por um corredor com escombros, cansado, indo em direção a saída e procurando JungKook, que se separou de mim na hora que corremos quando parte do teto desabou. 

O lugar era gigante.

Nesse caminho, fui puxado para o que parecia ter sido uma sala no passado e imprensado na parede. 

Quando peguei na arma, foi o rosto de JungKook que surgiu no meu campo de visão.

— Porra!! Que susto, merda! Por que me puxou assim? Podia ter atirado em você.

— Gosto de viver no perigo.

— Olha, JungKook. Não sei mesmo o que fazer contigo.

— Eu sei.

Fui virado de cara pra parede e vi o colete de JungKook ir ao chão. 

Mãos ágeis abriram minha calça na velocidade da luz e as tive abaixadas até os meus joelhos.

— JungKook, mas o quê? Caralho!

Ali, no meio dos escombros, meu namorado, porque ele já se intitulava com orgulho assim, meteu em mim. 

Nós dois estávamos cheios de pó, suados e ele queria uma rapidinha.

— O que é isso, adrenalina ainda?

— Muito!!

JungKook meteu com gosto e conforme eu era imprensado na parede, minhas armas, travadas, graças a Deus, batiam na parede. 

Estava até com vontade de rir.

— Você é louco, osito.

— Por você, meu amor. — Sua voz saiu falhada ao pé do meu ouvido, pelo esforço que fazia.

Soltei meu colete também e ficou melhor dele se aproximar de mim. 

Com isso, me agarrou mesmo por trás e me empalou com gosto, me fazendo morder minha própria mão para não gemer alto porque senão faria eco no local.

Com três estocadas profundas, JungKook gozou farto, respirando pesado no meu pescoço e eu dei minha boca a ele, que beijou com carinho.

Nesse um mês juntos, já brigamos por ciúmes, por medo em missões, ele morria de medo de me perder, segundo ele, e essa rapidinha aqui, não foi a primeira, ele volta e meia fazia isso para dissipar o nevoso pós missão. 

Disse que nunca teve esse tipo de preocupação, mas que agora ele só pensava em mim.

Ainda não andamos de mão dadas nas ruas, mas não escondíamos nossos olhares e conversas. 

Fomos juntos em uma boate gay e ele me beijou na frente de todos. 

Mas JungKook era caseiro, resultado de anos fechado, soubemos moldar isso, vendo filmes juntos, passando a madrugada fazendo amor, ele cozinhando pra mim e eu lendo e ele me perturbando.

Não sentia nesses momentos ele me escondendo, sentia ele vivendo o amor pela primeira vez, aprendendo coisas novas, como dividir sua vida e seus momentos.

— Temos que ir, logo irão nos procurar — o safado disse e vestiu as calças, me ajudando com a minha. 

Depois que estava com ela no lugar, ri quando ele enfiou a mão nos meus bolsos e me puxou para outro beijo.

— Agora vou todo melado dar o parecer ao Sargento. Culpa sua.

— Só me sente dentro de você. Mais tarde estarei aí de novo. — Ele riu e eu empurrei seu ombro, nem conseguia brigar com ele. 

Ainda estava flutuando por ter gozado gostoso.

Meu pai já foi três vezes no meu apartamento e jantamos juntos. 

Duas ele e eu, onde aproveitamos e vimos um filme e uma com o JungKook. 

Também fui com o JungKook em sua casa e foi maravilhoso estar na intimidade dele. 

Sua esposa nos tratou muito bem e ainda brinquei com seu cachorro que me adorou.

…

No fim da tarde, entrando no apartamento do JungKook, fui direto para o banho. 

Me desarmei todo no banheiro e tirei meu uniforme que precisava de uma boa lavada. 

Quando tirei minha calça, do seu bolso caiu o que parecia ser um anel.

Ele era de prata e não me lembrava se era meu. 

Olhando a peça, vi que por dentro estava escrito "eu te amo, JK."

Quando me situei no que poderia ser, olhei para a porta do banheiro e vi JungKook ali, de braços cruzados, me observando.

— Foi... você que colocou isso no meu bolso quando a gente...

— Sim, quando a gente fazia amor lá na fábrica.

— Acho bonitinho você dizer "faziamos amor", nunca rapidinha escondida no meio de escombros.

— Sempre vai ser amor porque é com você.

— Ai. — Cheguei a suspirar nervoso. 

Piscava mais que tudo, não queria parecer um emocionado, mas já estava sendo um.

— Ainda não é um pedido de casamento, mas você merece um pedido oficial de namoro, não apenas um título. Tudo bem que sou péssimo nisso e só coloquei no seu bolso, sei lá, quis fazer uma surpresa.

Me aproximei dele, já estava até pelado e devolvi o anel e coloquei minha mão na sua frente.

— Coloca no meu dedo, meu namorado. — JungKook ficou me olhando um tempo.

— Eu te amo — ele disse e não consegui evitar os olhos cheios de lágrimas. — Sei que custei a dizer isso, mas... 

— Você me mostrou todos os dias desde que estamos juntos. Mais do que palavras, são as atitudes que mostram os reais sentimentos. Como por exemplo, mesmo a gente indo devagar, eu nunca me senti sendo escondido, preterido. Eu me senti todos os dias muito querido por você. Suas palavras agora são apenas o complemento das suas atitudes. E a propósito, eu também te amo muito, muito mesmo. Você me fez perder o medo.

O anel foi colocado no meu dedo e ele tirou o dele do seu próprio bolso. 

Sorri. 

Coloquei o dele e beijei sua mão, ganhando um beijo na boca em seguida.

— Você é meu, Jimin.

— Sou todo seu, meu amor.

Claro que terminamos juntos no chuveiro, fazendo amor de novo e tendo a certeza de que éramos muito bom juntos, como parceiros de trabalho, amantes e namorados.

"Ainda não é um pedido de casamento."

Há, isso também ficou em meus pensamentos. 

Sorri de olhos fechados sendo enfim muito feliz em minha vida.

Até breve...