Special Squad - Jikook

Capítulo 9

JungKook

Limpava minhas armas e tinha tomado um banho. 

Estava deixando tudo pronto para os compromissos de amanhã. 

Já tinha conferido as balas e o meu colete. 

Por incrível que pareça estava relaxado, amava cuidar dos meus brinquedos.

Mas o momento de relaxamento não durou quando um tornado ambulante entrou em meu quarto sem bater. 

Ele tinha 1,80cm de altura, pois era do meu tamanho, a porra de um corpo gostoso, mas na mesma proporção uma língua afiada que não parava quieta em sua boca.

— Você não tem educação?

— Vai pra porra, JungKook. Precisamos conversar.

— Vai me contar o que te aflige nesse caso?

— Não é sobre isso que vim falar.

— Então não temos nada para dizer um para o outro. Ou temos? — Olhei debochado para ele. 

Jimin queria voar no meu pescoço, podia sentir.

— Eu preciso entender por que você fica me beijando.

— Acho sua boca gostosa.

— Só isso?

— Onde você quer chegar?

— Você não pode sair me beijando se não tem intenção...

— Não tenho mesmo. Já disse que não me envolvo.

— Não estou te pedindo em casamento, JungKook. Mas também não quero mais que isso aconteça entre nós, não vou ser o segredo de ninguém.

— Tenho certeza de que seu irmão e o Taehyung já sabem de algo, você é muito ligado a eles.

— Meu irmão e o Taehyung são a minha intimidade, mas eu sou um cara assumido. Se você tem algum problema com isso...

— Quer saber, ok, nada vai acontecer mais entre nós. Acho que realmente nunca deveria ter acontecido. Não gosto de ser cobrado, todas às vezes que estive com um homem, eu me satisfiz e não tive que dar satisfação a ninguém.

— Sou um homem livre, assumido, que não busca relacionamentos, mas também não sou um depósito, querido. Não sou um lixo que você usa quando bem entende e pior, de forma escondida. Já tenho traumas suficientes com esse tipo de preconceito para viver isso novamente. Você me beija quando bem entende e até me chupou, mas faz isso de uma forma...

— Não tenho culpa nenhuma se não te assumiram no passado. Eu sou assim e ponto final.

Como o encarava na hora que disse isso, pude ver, com nitidez, o quanto minhas palavras o magoaram. 

Ele ficou desconcertado, machucado e pela primeira vez eu me importei de verdade com alguém. 

Essa merda de frieza eu puxei do meu pai.

Quando Jimin se virou para sair do quarto, eu cheguei a tempo por trás e não deixei que abrisse a porta.

— Sai de perto de mim.

— Me ouve.

— Já ouvi tudo que tinha para ouvir. Você é um filho da puta sem coração, que não se importa com as pessoas.

— Me desculpa.

— Não acredito em suas desculpas. — Jimin estava com a cabeça encostada na porta e eu com a minha em seu ombro.