Capítulo 4

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Jimin

Dois meses depois...

Tinha tido uma boa noite de sono e agora colocava a cafeteira para passar um café.

Ainda me recuperava da reunião de ontem na sala do Tenente Kim.

Pegar o cara que era o chefe de uma organização que tinha ódio de pessoas gays e por isso as sequestrava e matava, mexeu comigo mais do que esperava.

Quando nos ligamos neste fato, nas coincidências por trás dos sequestros e das vítimas, foi como um soco no estômago.

Apenas um ficou pior que eu: JungKook.

Desde o início ele não lidou bem, foi nítido, até meu irmão percebeu.

Foi perceptível ver seu ódio enquanto buscava pelo cara, cada vez mais obstinado.

Quando ficou frente a frente com ele, pude sentir sua necessidade de descarregar a arma no sujeito.

Quando nos juntamos para descobrir o que havia por trás dos sequestros que estava desafiando a polícia, foi como montar um quebra-cabeças, não foi fácil.

Tudo parecia gerar em torno de terroristas.

Os Shadows eram como sombras mesmo e escorregadios.

Tive enxaquecas intermináveis por virar noites em claro de frente para a tela do computador invadindo sistemas, caçando os infelizes, catando tudo que podia para chegar em respostas, enquanto os outros estavam pelas ruas, entrando em todos os lugares quase tão invisíveis quanto os bandidos.

JungKook me assustava quando estava em ação, mas claro que jamais admitiria isso para ele.

O homem ficava sombrio, mais do que já era e foi ele o responsável por nos abrir portas do submundo, com contatos que só ele conhecia e eu nem ousava me perguntar como, mas que me deixava de boca aberta.

Ele só respondia: "conheço o necessário para ser o melhor em meu trabalho".

Com uma arma na mão? Ele deixava qualquer um de pernas tremendo.

Com isso, em dois meses de muita perseguição silenciosa, mais duas vidas perdidas, infelizmente, porém três salvas, pegamos o infeliz homofóbico, chefe de tudo: Peter Dixon.

O covarde de 69 anos era psicótico, frio, calculista e preconceituoso ao extremo, um monstro.

Ele e mais 20 caras eram os criminosos que colocaram os Estados Unidos em alerta máximo por serem tão bons no que faziam.

Dixon era o mentor de todos.

Seu argumento para tamanha barbaridade?

Nojo.

Foi isso que ele disse em seu julgamento há dois dias.

Ele tinha nojo dos gays, nos considerava abominações, dizia que tínhamos que ser exterminados antes que contaminássemos a todos com nossa imundice e doença.

Um homem que carregava um terço gigante pendurado no pescoço por baixo da roupa e tinha o corpo marcado por profundos cortes feito a faca e queimaduras.

A psicóloga que o analisou nos disse que ele se automutilava como se estivesse sempre se punindo e minha pergunta foi pelo quê.

Culpa pelas mortes?

Remorso?

Perguntei isso na frente de todos os meus parceiros de trabalho, do meu Tenente, do meu Sargento e do Presidente dos Estados Unidos.

Special Squad - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora