1813 palavras
"Você sente frio e perdido em desespero, Você constrói a esperança, mas o fracasso é tudo que você conhece." Linkin Park
A mulher acorda abruptamente e percebe que o ambiente ao seu redor encontram-se envolvidos pela penumbra. Seu corpo está coberto de suor frio e sua respiração está acelerada. Ela tenta se acalmar, mas as imagens do pesadelo continuam frescas em sua mente, assombrando-a. Ela senta-se na cama, fechando os olhos com força, tentando se convencer de que tudo não passou de um sonho ruim.
No entanto, quando ela abre finalmente os olhos, percebe que algo está muito errado. Ela vê sombras se movendo pela sala, formas sinistras que parecem se contorcer e se transformar diante de seus olhos. Ela pisca várias vezes, tentando afastar as alucinações, mas elas persistem.
Desorientada e com medo, a mulher se levanta da cama e caminha tropegamente em direção à janela. Ela sente como se estivesse sendo puxada pelos fantasmas que a rodeiam, como se estivesse sendo atraída por uma força invisível e sinistra. Seu coração bate com força em seu peito, o suor escorrendo por sua testa.
Ao chegar à janela, a mulher olha para fora e vê uma paisagem distorcida, surreais figuras dançando no jardim sob a luz da lua. Ela tenta gritar, mas sua voz falha, não passando de um sussurro rouco. Ela fecha os olhos com força, tentando se livrar da visão horripilante que a atormenta.
Lutando para se manter ereta, Helena segura com força o suporte da janela, mas aos poucos o peso do próprio corpo começa a vencê-la. Seus ombros se curvam, seus joelhos dobram e seus braços caem ao lado do corpo. O olhar cansado e resignado revela a fadiga e a exaustão de quem não consegue mais resistir. Ela finalmente cede, deixando-se tombar lentamente até se ajoelhar no chão. Ali, ela finalmente se entrega ao peso do próprio corpo, cedendo ao chão em um baque surdo.
Seu rosto contorcido de agonia se transformou em uma expressão de intensa angústia, enquanto ela lutava para encontrar sua voz. A princípio, apenas um sussurro rouco escapou de seus lábios trêmulos, mas aos poucos, seu grito de desespero foi crescendo em intensidade, ecoando pelo ambiente e preenchendo o silêncio com sua aflição incontida. Suas mãos agarravam o próprio corpo com desespero, sua respiração entrecortada denunciava o terror que a dominava. Finalmente, as palavras explodiram de sua garganta como um rugido primal, liberando toda a dor e desespero que ela havia guardado dentro de si e que se mantinha guardado após os últimos acontecimentos. Era um grito de pura agonia, um lamento lancinante que ressoava no ar, revelando a intensidade de seu sofrimento.
Ela simplesmente não aguentava mais.
Seu corpo tremulo doía em sua totalidade e sua respiração ofegante queimava seus pulmões, fazendo-a respirar em agonia e dificuldade. Ela estava ali, perdida em seus pensamentos, com os olhos fixos no vazio. Seu corpo encolhido, as pernas dobradas sob si, como se quisesse se esconder do mundo. Os cabelos desgrenhados caíam sobre seu rosto pálido, escondendo a expressão de dor e tristeza que se misturavam em sua face.
Helena, encolhida no chão, balançava seu corpo para frente e para trás, como se tentasse encontrar algum consolo naquele gesto repetitivo. Seu rosto estava pálido, os olhos vidrados e vazios, perdidos em algum lugar distante. Seus cabelos caíam desgrenhados sobre os ombros, enquanto ela abraçava seu próprio corpo com força, como se precisasse se segurar para não desmoronar.
O silêncio pairava no ar, quebrado apenas pelo som leve dos soluços que escapavam de sua garganta. Cada balanço parecia carregar consigo uma lágrima, uma memória dolorosa que a consumia por dentro. Seus olhos, opacos e sem brilho, refletiam a angústia que finalmente ela deixou sair depois de tanto tempo.
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Ventos do Norte
Mystery / ThrillerAo ajudar uma desconhecida em apuros, Helena não imaginava que estava prestes a mergulhar em um perigoso esquema de tráfico humano. Agora, ela se vê enredada em uma teia sombria, se tornando alvo de criminosos impiedosos. Sua única esperança repousa...