Capítulo 9- A aliança

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1936 palavras

"Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas..."Sun Tzu

Duas semanas depois...

Era uma manhã tranquila e o sol começava sutilmente a iluminar o quarto. Helena abriu os olhos lentamente, sentindo a leveza do sono profundo deixando seu corpo. Todo seu corpo estava adormecido como se não levantasse há muito tempo. Ao virar o rosto para o lado, seu coração deu um salto ao perceber a figura de um homem meio deitado ao lado da cama, observando-o com desconfiança.

Confusa e atordoada, ela tentou lembrar-se dos últimos acontecimentos e onde estava, mas tudo parecia turvo em sua mente. O homem estava de costas para ela, respirando suavemente, e seu coração batia acelerado ao tentar decifrar quem ele era e como havia chegado ali.

Com cuidado e hesitação, ela estendeu a mão para tocá-lo, mas parou no último instante. Com coragem, ela decidiu acordá-lo e descobrir a verdade. Sua voz saiu trêmula ao chamar pelo homem, que despertou lentamente e virou-se para encará-la. Seus olhos se encontraram por um instante e ela respirou aliviada ao perceber que o homem se tratava de Andrea. 

Andrea despertou lentamente, sentindo uma pontada de dor nas costas. Ao se mexer para despertar o corpo e diminuir as dores, ele virou-se e se deparou com Helena, olhando para ele com um misto de medo e alívio. Ele percebeu que ela também havia acabado de despertar.

— Você acordou... — Disse Andrea ainda sonolento, observando-a com uma expressão neutra.

— Acredito que isso é um tanto óbvio não? — Respondeu Helena arqueando as sobrancelhas

— Acredite, nas duas últimas semanas isso não é nem um pouco óbvio. Bem-vinda de volta. — Disse Andrea com um desconhecido, até então, sorriso piscando para ela após terminar sua frase e se levantando para esticar os músculos.

" Ok, essa expressão foi mais assustadora do que a habitual carranca dele. " Pensou Helena se distraindo por um instante

— Já que você acordou, finalmente, vou deixá-la a sós para ter um tempo para si e peço que me encontre na varanda ao leste. Caso não encontre é só pedir a um dos empregados. Tenha seu tempo, as duas ultimas semanas não foram fáceis para o seu corpo, então vá devagar... — Disse o homem com o habitual tom polido e distante antes de sair do quarto.

" O que diabos está acontecendo?" Pensou Helena ao ver o homem sair do seu quarto e pegar o celular na cabeceira.

 Helena olhava para o celular atônita, percebendo que realmente haviam se passado duas semanas desde a última vez que ela tinha alguma lembrança. A sensação de vazio e confusão tomou conta dela, enquanto tentava recordar desesperadamente o que tinha acontecido nesse período de tempo em que aparentemente estava em um vazio de memórias. Ela se sentia perdida, sem saber como lidar com essa lacuna em sua mente, questionando o que poderia ter acontecido para que ela não tivesse nenhuma lembrança das últimas duas semanas. O medo a paralisou por um instante, enquanto tentava recordar o que aconteceu durante esse período que simplesmente desapareceu de sua memória.

Helena se lembrava apenas de ter sentido uma forte tontura e uma intensa dor de cabeça. Depois disso, tudo ficou embaçado e ela não conseguia recordar de mais nada. A sensação de desorientação e confusão ainda ecoava em sua mente, mas não conseguia relacionar esses sentimentos a nada concreto que tivesse acontecido depois do incidente. Tudo o que restava eram flashes difusos e desconexos, deixando-a com uma sensação de vazio.

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