JACK DANIELS - 03

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ROBERTO NASCIMENTO.

Estou no quartel, escorado em minha moto. O sentimento de aflição que estava em meu peito, havia se tornado alívio e finalmente consigo respirar. A pirralha estava bem. Se essa vadia estivesse morrido, eu estava fudido. Todavia, eu já tinha avisado que essa porra, ia dar merda. Até que essa vagabunda, não é tão burra.

- Relaxa Nascimento, eu sei me cuidar. - A loira encaminha.

Solto uma risada nasal, enquanto ergo minhas sobrancelhas e passo minha língua por meu lábio inferior, seguido de uma leve mordida. Essa pirralha não tem medo do perigo.

- Sabe se cuidar o caralho.
- Se quiser beber, eu vou com você. - Envio.

- Nem fudendo, vai estragar ainda mais minha noite. - A mais nova reclama.

- É isso, ou você vai para a cama, boneca. - Mando para a policial.

- Eu te odeio! - Ao ler, reviro os olhos e sorrio de canto.

- O sentimento é recíproco. - Informo.

- Vem logo, estraga prazeres.

Subo na minha BMW-S1000RR e dou partida. Sigo em direção a localização que a loira havia me enviado. Em poucos minutos, chego no local, a beira de uma estrada. A mais nova, estava apoiada na encosta de proteção da rodovia, enquanto encarava uma espécie de galpão.

Buzino e logo a atenção da mulher, se direciona a mim. A mesma se ergue e caminha até a moto. Levanto a viseira do meu Pro Tork e entrego um capacete e minha jaqueta para a garota. Fito todo seu corpo e encaro seu rosto.

- Veste isso, pirralha. Vai passar frio só com essa roupinha. - Mando.

A loira revira os olhos e dá uma volta, se amostrando.

- Estou uma gostosa, né? - Sorri de canto.

Analiso cada curva de sua silhueta e percebo como aquela pequena saia estava justa em sua bunda, me proporcionando uma bela vista. Volto meu olhar ao seu rosto, disfarçando.

- Sobe logo, caralho. - Ordeno à mais nova.

Lídia faz uma careta e me mostra o dedo do meio, mas me obedece. Veste a jaqueta e coloca o capacete, seguidamente sobe em minha garupa. Abaixo minha viseira e acelero minha BMW.

Instantaneamente, sinto os braços da garota ao redor do meu corpo me prendendo a ela. Sinto um arrepio incontrolável na espinha e engulo em seco. Observo pelo retrovisor, os cabelos loiros da rebelde voarem com o vento.

Durante o trajeto até o bar, nos mantemos em silêncio. Entretanto, senti as mãos da aspirante, hora ou outra, deslizarem por meu abdômen. Me levando a contrair os lábios, na tentativa de evitar uma ereção indesejada.

Assim que chegamos no bar, estaciono minha moto. Tiro meu capacete e desço da mesma. Lídia me acompanha e segue caminho para adentrar o Pub. Sigo a mulher e me sento junto a ela, em uma mesa do local.

Percebo uns pervertidos secando a policial de longe e volto meu olhar a ela. Filhos da puta do caralho.

- Veste essa jaqueta, pirralha. - Mando.

- Eu não. Tá um calor desgraçado aqui dentro. - Exprime. Enquanto, prende um coque malfeito.

- Não importa, porra. Esses vagabundos estão te comendo com o olhar. - Travo o maxilar e expresso com indignação.

- Eles só estão olhando, deixa eles olharem. - Diz sem preocupação, enquanto balança os ombros.

- Você gosta né, vadia? - Semicerro o olhar, enquanto encaro a loira a minha frente.

Na Mira do Perigo - Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora