"DIZ QUE NÃO QUER"- 07

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LÍDIA MARQUES.

- E eu te odeio ainda mais. - Expresso, enquanto encaro os lábios do capitão.

O rosto de Nascimento se encontra a poucos centímetros do meu, fazendo com que minha respiração se torne cada vez mais difícil de controlar. Sinto um arrepio subir por minha espinha e meu interior pulsar, um calor ardente se faz presente em meu corpo. Ficar tão próximo do policial parece ser extremamente perigoso em um momento como esse. Mas se torna impossível não encará-lo.

Sua boca aparenta clamar por meus lábios. Estou em um duelo mental entre o desejo e o ódio, minha boceta está encharcada, mas prevejo a sensação de arrependimento em breve. Sinto meu coração acelerar, quando vejo o mais velho se aproximando e por um instante me esqueço de tudo.

Seus lábios buscam com necessidade os meus, instantaneamente me entrego a sensação e retribuo seu ósculo. Nosso beijo possui uma perfeita sintonia, eu poderia dizer que é a ponte entre o desejo e o ódio. Nascimento segura minha cintura e me conduz para o seu colo, onde me posiciono sem dificuldade. Movimento meu quadril em sentidos para frente e para trás entre o beijo e decorrência ao prazer deixo escapar alguns gemidos manhosos. Devido ao fino pano que cobre minha intimidade consigo sentir perfeitamente a ereção do policial, que me atiça ainda mais.

Meu rebolado se torna mais intenso e rápido, enquanto eu deslizo minha destra por toda a extensão de seu abdômen definido. Levo minha canhota até sua nuca, onde puxo alguns fios. Meu corpo se enche de luxúria, quando o capitão belisca o meu seio, o que me arranca um gemido manhoso e me faz roçar cada vez mais sobre a genitalia coberta, do mais velho.

Quando nosso fôlego chega ao fim, o militar separa o nosso beijo e puxa meu cabelo, tombando minha cabeça para trás, obtendo assim total acesso ao meu pescoço. Roberto distribui diversos beijos e chupões na região, arrancando de mim uma sequência de gemidos e suspiros. Entretanto, quando o homem leva suas mãos a barra da minha camisola, afim de tirá-la, um surto de consciência me invade. Saio com pressa de seu colo e me levanto, ainda com minha respiração ofegante.

- Que porra foi essa? Isso não pode acontecer. É melhor você ir embora. - Deslizo minhas mãos por meus cabelos em claro estado de arrependimento.

O militar se levanta com o cenho franzido e caminha até mim. Ele me puxa por minha cintura e encara o meu rosto. Olho em seus olhos, engulo em seco e sinto aflorar um frio em minha barriga.

- Diz que não quer me beijar e eu vou, diz que não quer tirar minha roupa e eu vou. Diz que não quer transar comigo, vadia...- Nascimento profere suas palavras sujas em meu ouvido, fazendo cada pelo do meu corpo se arrepiar.

Molho meus lábios com minha própria saliva e respiro fundo. Olho em seus olhos que expressam a pura volúpia e susurro em seu ouvido.

- Eu não quero te beijar. Eu não quero tirar sua roupa. E eu definitivamente não quero transar com você. Vai embora! - Proclamo rudemente ao homem, mentindo para ele e principalmente para mim.

Encaro seus olhos e vejo o quanto os mesmos se escurecem com minhas palavras. O mais velho trava o maxilar e empurra minha cintura, me afastando. Sem dizer uma palavra, sai de minha residência.

Assim que o homem se retira do ambiente, me jogo no sofá. Minha respiração aos poucos se estabiliza e flashes do ocorrido de alguns minutos atrás se instalam em minha mente.

A culpa me corrói, esse beijo definitivamente não deveria ter acontecido. Nascimento é um desgraçado, mas também é um gostoso do caralho. O capitão sabe como me excitar, entretanto isso não anula o fato de que ele é um completo filho da puta. Respiro fundo e nego toda a situação.

Na Mira do Perigo - Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora