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Tempos atuais.
Romênia.— JOO; Irene.
Sempre fui proveitosa em relação ao que sempre almejei; estudar. Principalmente história e mitologia ou folclórica, embora possa parecer loucura, elas me cativam como unha na carne humana. Talvez um dia isso possa sair da minha mente, ou não. A Universidade de Bucareste foi o que eu sempre quis desde que comecei meu intercâmbio na Romênia aos meus vinte anos, formei em história, desejei ensinar e atualmente dou aulas em uma escola destinada a professores formados de Bucareste onde foi meu início de tudo. Caminhei por aquele lugar, minha bolsa estava pesada e com certeza eu havia esquecido de algo. Era meu primeiro ano como professora de história em uma escola pública, a felicidade tomava conta de meu rosto cansado, me orgulho de meu próprio caminho e reflexo.
Durante os primeiros meses, todos os pedagogos corriam como foguetes para se apresentarem à dona, desde que cheguei até aqui eu sempre quis saber o segredo por trás de conhecê-la. Seu nome sequer é tocado, mas a estátua de sua descendente do século dezoito é o que me encanta toda vez que passo pelo salão principal, de uma beleza cativante que aos poucos vai acabando por não cuidar da estátua.
Apresso meus passos, a sapatilha me traz conforto em dias comuns, quando chego a sala vejo alguns professores me encarando com feições de desgosto pelo meu atraso de cinco minutos. Se não fosse pela minha admiração matinal àquela estátua, eu nunca me atrasaria para ser franca. No entanto, esperar a mulher que causa arrepios naqueles pedagogos é algo curioso, esperamos por quase uma hora, nada daquela mulher.
Como alguém marca uma reunião e não comparece? Isso com certeza é uma falta de caráter, ridiculamente dizendo, essa mulher merece uns cascudos por fazer todos de bobos. Bom, alguns são…
O telefone velho, que antes branco, tocou estridente e antigo. A diretora seguiu em passos rápidos e silenciosos, não disse nada, apenas murmurou e desligou.
— A senhora Kang pediu que marquemos nosso encontro para outro dia. — Falou, engoliu seco e voltou ao seu lugar.
Todos ficaram de pé, agarrei-me à bolsa novamente e saí em direção à turma da sexta série, turmas do fundamental são meus favoritos. Curiosos e bastante sábios. Não que o ensino médio não seja, mas para ser sincera, eles não interagem tanto e muito menos querem conhecer o que ergue tanto a cultura do próprio país. Assim que passei aquela porta, a conversação entre eles estava em dia, por mais que fossem barulhentos eu gostava daquela interação.
O segundo bimestre começava com trabalhos em grupos, o folclore europeu seria o tema na qual tanto me pediam, por mais que eu nunca preferisse dar esse tipo de aula por conta das regras escolares, desta vez guardariam segredos. No entorno havia quatro grupos, os primeiros foram até a frente e esticaram o banner detalhado e cheio de figuras.
— E então, crianças? — Quero dar a iniciativa a eles. Um deles aponta em direção ao enorme título colorido. — Noiva de Garbova? Uau. Apresentem, crianças.
Dou um sorriso motivador, sempre tive uma curiosidade da Julieta romena que teve uma história de amor trágico, Garbova, no entanto, não é bem o nome da moça e sim de uma colônia romena, a filha de um rico que se apaixonou por um rapaz de origem pobre, que infelizmente o rapaz teve que fugir. A moça, no entanto, padeceu sob a tristeza e fora obrigada a casar-se com outro alguém, na qual não estava apaixonada, ao entrar na igreja seu corpo enfraqueceu e ali mesmo morreu. Seu buquê transformado em cruz.
Outro grupo apresentou sobre os Strigoi e sua existência sobrenatural, nada mais que criaturas que viveram em vidas em tormentos, mas ao morrerem, suas próprias almas fugiam de seus próprios túmulos que sugam energia vital de humanos. Eu os considero como espécies de vampiros, que tiveram suas vidas atormentadas enquanto seus corações batiam.
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VAMPIRA DE KALIBAN
VampireEM ANDAMENTO | Diante de olhos selvagens e sombrios, há mágoa dentro deles, no entanto, a paixão não poderá andar ao lado de tanta mágoa e obsessão. Mas uma profecia é capaz de despertar às chamas, até que a liberdade, seja um perigo a se provar.