— KANG; Seulgi.
O ar ao nosso redor começou a vibrar com minha energia, uma tempestade de emoções contidas. O campo de batalha era uma visão infernal — garras, dentes, ossos quebrados e sombras espectrais circulando ao nosso redor. O som de trovões ecoava ao longe, quando meu rosto deu um olhar de relance para trás, o clã Mavros se unira a uma batalha que ao menos os pertencia, havia vampiros guerreiros de milênios em multidão. Absalão expandiu a fenda mais ainda, criaturas caiam prontas para lutarem. Outro estrondo fundindo-se ao uivo dos lobos Mavros. O ar cheirava a morte, o sangue antigo pulsando ao redor, eletrizando a atmosfera. Alucard estava ao meu lado, sua lâmina cortando as sombras e criaturas que emergiam da terra. Cada golpe parecia destinado a abrir um caminho, não apenas físico, mas também mental, focado na sua busca: alcançar o Pecado de Absalão, encarnado na figura de Irene.
Kaliban desferiu golpes fundos partindo algumas criaturas ao meio, os lobos partiam para o ataque com sua força bruta, a cena de uma batalha é imaginável para sentir-se banhado por sangue. Respirei fundo, minhas mãos tremendo enquanto segurava minha espada com força. Cada músculo do meu corpo estava tensionado, pronto para a guerra. "Kaliban" a palavra ecoava em minha mente como um mantra. Esta não era uma luta que se podia vencer com misericórdia ou amor. Não havia espaço para hesitação. Os olhos de Irene brilharam com um mal absoluto, cada olhar dela parecia uma maldição. Sua presença fazia o próprio ar ao nosso redor pesar. Eu não podia vê-la como a mulher que conheci; ela era o Pecado de Absalão, uma força viva que precisava ser destruída.
"Ninguém vai se lembrar de você como a mulher que neguei em amar..." pensei, enquanto avançava, minha espada se erguendo. "Você é apenas mais uma inimiga, outra monstruosidade em meu caminho."
— Vamos! — Exclamei em urro para Alucard, a palavra carregada de ódio. Ele não hesitou, investindo contra as criaturas com uma força implacável. Corri ao lado dele, nossos passos ecoando no solo lamacento, cada batida do meu novo coração sincronizada com o ritmo dos trovões acima.
A música do caos ao nosso redor era ensurdecedora, o rugido das criaturas que saíam das sombras tentando nos abater, enquanto nós dois lutávamos com tudo o que tínhamos. Alucard estava devastador, sua espada um borrão de aço, fendendo carne e sombras, crânios partidos caindo ao chão a cada balanço de sua lâmina.
Mas eu tinha um alvo específico. Irene. O Pecado.
Ela ergueu-se no ar, desafiando a gravidade com um poder que emanava ódio e decadência. Eu sentia minha raiva fervendo, alimentando cada movimento meu. Ela soltou um grito que reverberou pelo campo de batalha, uma mistura de dor e um comando para suas criaturas avançarem.
— Você não é ela! — Rugi, enquanto arremetia em direção a ela, meu corpo pulsando com energia. As gárgulas esculpidas no monumento pareciam vivas, suas expressões deformadas observando a guerra se desenrolar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
VAMPIRA DE KALIBAN
VampireEM ANDAMENTO | Diante de olhos selvagens e sombrios, há mágoa dentro deles, no entanto, a paixão não poderá andar ao lado de tanta mágoa e obsessão. Mas uma profecia é capaz de despertar às chamas, até que a liberdade, seja um perigo a se provar.