002. Cartas ao Imperador

37 5 79
                                    

˚ ཐི⋆♱⋆ཋྀ ˚

- KANG; Seulgi.

A luz amarelada piscava constantemente, uma das milésimas sessões para que meu corpo se adaptasse ao Alastor, funcionava com êxito. Mesmo que minhas veias estivessem machucadas, ainda temo que um dia a carnificina volte e deixe minha mente perturbada. Quando completei a maioridade do vampirismo, acabei aniquilando um vilarejo pequeno, e então Alucard surge com a inovação da ciência, ajudando os descendentes de Drácula a terem uma vida sem que estejam acabando com vidas humanas. Mas os humanos sempre foram seus próprios odiadores.

Abaixo de Bucareste há um mundo apenas nosso, sem humanos, encaro a taça de sangue fresco que quase transbordou ao ser colocada. Eu nunca havia experimentado um sangue humano desde séculos, agora, apenas somos servidos a sangue manipulado. Era um presente de Drácula para seus descendentes. Embora nunca tenhamos visto, seu primeiro filho é o Salvador, mas Drácula havia depositado a Romênia em minhas mãos pela lealdade extrema em que coloquei nele. Desde que minha mãe foi pega por humanos, o clã dos Kang's quase se rompeu pela guerra, o fogo havia sido a maestria quando a queimou.

Estamos todos sentados reunidos, os três principais clãs são os primeiros, Kang's; Terese e Delvaux. Existem ao todo quase sete clãs imortais, mas apenas os três primeiros possuem poder na corte, gerando superioridade. Meus olhos buscam o mínimo detalhe de cada um, a distribuição do Alastor havia precisamente começado entre os clãs, e após isso seriam aqueles que não pertencem a receber o sangue Alastor. Mas algo me incomoda, o sussurro fino que me causa arrepios.

Yeri, a vampira capaz de manipular bruxaria, seus sussurros se tornam o vento trêmulo e gélido quando ouço. Me disperso daquela cadeira até o encontro da mulher.

- Kaliban. - Novamente a ouço, mas desta vez de perto.

- Seus sussurros me incomodam, Yeri. - Solto um rosnar, o que torna um certo divertimento a ela. - E não. Não participarei dos seus caprichos.

- Apenas preciso que me escute. - As mãos me agarraram e me afastaram de onde estávamos, Yeri empurra a parede e uma fenda surge em meio ao corredor. Estamos em qualquer lugar do planeta graças a magia dela.

- Yeri, o que eu disse sobre fazer isso? - Encarei a neve em meus pés, provavelmente estamos no Alasca.

- Cala a boca e me escuta! - As mãos dela gesticulavam e um pequeno banco surgiu para sentarmos. - O Pecado de Absalão está entre nós.

Quando Yeri disse aquelas palavras, me afastei, fico de pé andando naquela camada grossa de neve. Achei que demoraria muito mais para que isso acontecesse, mas estou enganada, sempre acreditei que a fenda proibida que enjaula aquela criatura estivesse tão fechada que nem um grão de arroz passaria.

- E como escapou?

- Eu não sei, mas precisa saber de mais uma coisa. - Yeri se levanta, a forte ventania é interrompida por ela, mas vejo que sua expressão não é a das melhores.

- Yeri?

- O Pecado de Absalão está habitado em um humano.

Dei uma risada de nervosismo ao ouvi-la, existe no entorno de sete bilhões de pessoas, quase oito. E como cravarei uma espada em um único humano? A situação havia piorado para o meu lado, o destino que nunca escolhi bater em minha porta querendo que eu cumpra meu dever. Havia problemas em todas as partes do mundo e uma delas é iniciar uma guerra contra o humano que serve de casca para a pior criatura feita por Absalão.

- E ele sabe disso? - Questiono me referindo a Drácula, o vampiro que sumiu do mundo.

- Ainda não, mas Alucard quer encontrá-lo de qualquer maneira. - Ela profere, com sua magia, ela torna o vento leve e calmo. - Você sabe de alguma coisa, Seulgi? Sabe que precis-...

VAMPIRA DE KALIBANOnde histórias criam vida. Descubra agora