7. This Uncertain Love

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Jungkook acordou ainda no meio da madrugada. O quarto escuro tinha um barulho constante, que a sua mente enevoada não conseguiu distinguir de imediato. Ao seu lado, a cama estava vazia e o ômega sentiu o coração disparado, com medo de ter sonhado tudo aquilo, ou pior, Seokjin ter se esgueirado para fora. No entanto, logo depois viu o alfa saindo da sala de banho, vestido com um robe de estampa oriental.

— Preparei um banho. — O híbrido sussurrou, aproximando-se do mais novo e selando sua testa de forma carinhosa. E então, ele percebeu que o barulho constante era da água sendo despejada na banheira. — Vamos.

Jungkook entrou na banheira e sentiu o cheiro de óleo floral. Ele gostava daquele cheiro e fechou os olhos, sentindo o corpo relaxar na água quente, quando sentiu o híbrido sentando-se atrás de si. Seokjin passava um tecido embebido em sabonete e bálsamo em suas costas e Jungkook quis chorar com o cuidado que recebia.

Afinal, havia uma diferença crucial, entre ser o seu trabalho fazer aquilo, como era o caso dos empregados, e fazer porque o queria fazer, como naquela situação. O silêncio, de certa forma, aumentava a intimidade do momento e ele quis desesperadamente, parar de pensar demais.

— O local da mordida está doendo? — Seokjin o questionou, preocupado. — Não costumo ser inconsequente, mas a tentação foi mais forte que eu. — Jungkook sorriu aliviado com a confissão.

— Não dói. — Murmurou, vencendo a própria curiosidade e admirando sob a luz dos castiçais e do lustre as pernas torneadas do híbrido, que o ladeavam. — Eu não imaginei que fosse ser tão prazeroso.

— Eu coloquei um pouco mais do veneno do que o recomendado. Não queria que fosse ruim para você, já que não temos um vínculo. Ainda mais sabendo que o local tende a ficar dolorido por um tempo. — Seokjin finalmente se sentia feliz. A confusão, o desânimo, e o ciúmes pareciam ter evaporado, afinal, Jungkook estava em seu enlace e ele massageava as costas musculosas, com a qual vinha sonhando desde o dia em que o vira treinar.

— Como assim? Que vínculo?

— Quando um vampiro troca sangue com um humano, há um laço entre eles. Em algumas culturas, um vampiro comum transforma o humano em um tipo de escravo, mas de acordo com os meus ancestrais, como não somos inteiramente vampiros, essa conexão apenas aproxima os dois seres. — Ele sussurrou, e Jungkook virou para que pudessem ficar de frente um para o outro e o híbrido não conseguiu se conter e trouxe o marido para que este se sentasse em seu colo. As mãos de Seokjin espalmaram as nádegas do ômega, que suspirou.

— Você nunca fez isso? Trocar o sangue com um humano?

— Não. Não gosto da ideia de alguém subserviente. Gosto quando sou desafiado. — Os olhos de Seokjin brilhavam e Jungkook sorriu em resposta.

Ele inclinou-se e beijou o marido, sentindo as mãos de Seokjin viajarem até a sua cintura, espalhando um pouco mais daquele bálsamo, que deixava a pele com um certo frescor.

— Você faria, se eu o pedisse? — Jungkook o questionou, olhando nos olhos do marido e com os lábios ainda muito próximos.

— Não sei..., não parece ser algo de que vai gostar. — A voz de Seokjin estava rouca e fazia a sua pele arrepiar-se com o timbre grave. — E com certeza, estou me tornando conhecedor daquilo o que gostas.

Jungkook sentiu a excitação de Seokjin e umedeceu os lábios em antecipação. Tal movimento não passou despercebido pelo marido, que parecia quase febril com a cena que se desenrolava. Ele sentiu que também estava pronto, quando a destra curiosa de Seokjin chegou em sua entrada. O ômega abraçou o marido, lhe dando mais espaço para explorar e gemeu com a invasão.

Moonchild |Jinkook| [ABO + Vampiro]Onde histórias criam vida. Descubra agora