Há trinta minutos da minha casa, existe uma escola pública bem popular. Conhecida pelos melhores jogadores de rugby e um professor de artes incrível. Eu sei disso porque era onde eu estudava. Aos quatorze anos, já na fase da puberdade, as espinhas insistiam em dominar meu rosto, afogando-me miseravelmente na baixa autoestima.Aqueles dias foram difíceis, até me apaixonar por Benjamin Tyler.
Benjamin, um garoto extrovertido e brincalhão, que possuía um sorriso irresistível e uma personalidade forte. Ele era amigo de todos, querido por muitos e se destacava sendo o astro do basquete. Mesmo com outros garotos interessados em mim, eu não me importava nenhum pouco. Benjamin era perfeito, e não mudava o fato de eu estar completamente apaixonada por ele.
- Eu não acredito que você terminou com aquela cara! - Exclamou Ellen, ainda incrédula - AQUELE CARA!
Constrangida, encolhi-me na cadeira, evitando seu olhar.
- Fale mais baixo, por favor - supliquei em tom baixo, temendo que as pessoas na cafeteria nos ouvissem.
Ela bufou, irritada, e se encostou na cadeira.
- Como pode ter feito uma coisa dessas? Ele era perfeito! Um namorado perfeito! Vivia te levando rosas, te levando para passear, romântico e um baita gato... Como pode terminar com ele?!
Revirei os olhos.
- Eu só vi que não era isso que eu queria - respondi. - O que tem de errado em não gostar mais de alguém? - segurei meu café.
- Você é louca - disse ela, lançando-me um olhar de reprovação. - Vai ser difícil encontrar alguém tão perfeito como aquele bonitão. Eu gostava dele.
Ergui os ombros. Todos gostavam dele. Era impressionante como ele se enturmava tão rápido.
- Bem... meu horário de almoço acabou - falou, pegando suas coisas ao ver a hora no relógio. - E acho bom você ir para casa chorar, porque é isso o que eu faria.
Encarei meu copo, observando o líquido preto e quente, ponderando se realmente o beberia. Não estava com vontade de beber nada agora.
- Ellen? - a chamei antes que fosse.
- Sim?
- Acha errado enganar o coração de uma pessoa estando apaixonada por outra? Porque era o que eu sentia às vezes - contei. - De qualquer forma eu o machucaria, mas não queria me machucar também - expliquei.
Ellen, dando-me um sorriso reconfortante, já sabia a quem eu me referia.
- Você é uma boa pessoa, Noelle - disse ela. - Quero que seja feliz, mas nem todas as pessoas podem te trazer a felicidade de mão beijada. Pense bem nisso.
Abaixei a cabeça, um tanto pensativa.
- Agora preciso ir, ou minha chefe me mata - resmungou. - Tenha uma boa noite, Noelle. Espero que encontre o que quer.
Dei-lhe um leve sorriso e a vi lançar-me um beijo antes de sair da cafeteria.
Respirei fundo e virei o café de uma vez, tentando digerir toda essa bagunça antes de ir para casa após meu expediente. Talvez Ellen estivesse certa, e eu fosse a maior burra de todas, mas... o que eu poderia fazer se meu coração pertencia a outra pessoa? Com certeza alguém sairia machucado, mas eu não queria que fosse eu.
Conheci Adam no momento mais aleatório possível. Ele era sorridente, gentil e doce. Fazia-me rir, mas em poucos momentos fazia meu coração disparar. No dia 12 de março, em uma quarta-feira, Adam se declarou para mim e me pediu em namoro. Naquele momento, eu estava arrasada, e pensei: "por que não?".
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A Verdadeira Face Do Lobo
RomanceNoelle é uma garota comum, que vive uma vida simples. Após terminar com seu namorado por sempre ter sido apaixonada pelo seu amigo de escola, descobre que seu ex não era o cara bonzinho que passava a ser e se mostrar para todos. Agora, passando a mo...