Em busca do sorriso.

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PIPER

Uma vez — começou Reyna —, em Charleston, Vênus me contou uma coisa. Ela disse: Você não vai encontrar amor onde deseja ou espera. Nenhum semideus vai curar seu coração. Eu... eu já pensei sobre isso por ...

A emoção a fez ficar sem palavras.

Piper lutou contra vontade de encontrar a mãe e socá-la. Ela odiava como Afrodite podia complicar a vida de uma pessoa apenas com uma conversa rápida.

— Reyna, não sei o que ela quis dizer, mas sei de uma coisa: você é uma pessoa incrível. Tem alguém aí fora para você. Talvez não seja um semideus. Talvez seja um mortal, ou... uma garota? Eu não sei. Mas, quando tiver que ser, será. E até lá, ei você tem seus amigos. Muitos amigos, gregos e romanos. Como você é a fonte da força de todo mundo, ás vezes pode esquecer que você também precisa buscar força nos outros. Eu estou aqui para o que precisar.

Reyna olhou para a oura margem do lago.

— Piper McLean, você tem jeito com as palavras.

— Não estou usando o charme, juro.

— Não é necessário. — Reyna estendeu a mão. — Tenho a sensação de que vamos nos ver outra vez.

Elas apertaram as mãos, e, depois que Reyna foi embora, Piper soube que a outra tinha razão. Elas iam tornar a se ver, porque Reyna não era mais uma rival, não era mais uma estranha nem uma inimiga em potencial. Ela era uma amiga. Era família.

***

Piper acordou assustada e sem fôlego. Piscou algumas vezes, ainda estava de noite.

Depois da Guerra dos Gigantes era comum os semideuses acordarem assustados, ou, até, gritando, por conta dos pesadelos. Mas, de alguma forma, com Piper era diferente. Ela não tinha pesadelo com os gigantes ou Gaia. Ela sonhava sempre com Reyna, mais especificamente, á ultima conversa entre as duas antes dela, Reyna, voltar para Nova Roma e o Acampamento Júpiter.

Sentou a beira da cama.

Mãe, disse a si mesmo, tentando encontrar uma saída, Alguma ajuda? É para a ajudar?

Bem, Piper hesitou antes de oferecer sua ajuda para Afrodite em relação a Reyna. Mas, infelizmente, Piper anda sonhado muito com Reyna. Não estava reclamando por completo, mas sabia que quase todos os sonhos de semideus significava alguma coisa e, na maioria das vezes, não era coisa boa.

Além do mais, ainda estava de luto por Leo, se sentia mal pela perca do amigo, Jason a ajudava, pouco. O filho de Júpiter tinha resolvido ficar mais tempo no Acampamento meio-sangue por conta de uma promessa (uma tal de Cimo... alguma coisa).

Jason...

Esse nome pairava no ar. Jason e Leo foram uma grande dupla. E, de todos, quem mais se sentia afetado pela morte de Leo era Jason.

E pior, o garoto não demonstrava. Estava cada vez mais focado em sua promessa. A sensação de Piper era como se tivesse perdido dois amigos. Piper queria seu amigo de volta.

E deve.

No final do almoço, na qual Piper tinha ficado quieta pensando em como pedir ajuda a sua mãe sem enfrentar outra batalha.

— Pipes? — Ouviu seu nome ser chamado por Jason. — Ei...

Piper olhou para ele. Jason tinha um ar de cansado, seus óculos estavam um pouco caídos em seu nariz.

— Eu não sou um péssimo amigo. — Ele disse a ela.

Ela ergueu uma sobrancelha.

— Se explique, Jason.

Girl Of My Dreams - PipeynaOnde histórias criam vida. Descubra agora