06 - Olga Alekseeva

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Abro meus olhos lentamente me acostumando com a claridade que entra no quarto.

Peraí, quarto? Sinto braços fortes e quente em volta da minha cintura e fico confusa. Esse quarto não é meu...Me viro para ver de quem são os braços fortes e quando me viro meus olhos ficam arregalados e sinto minhas bochechas esquentarem.

Eu dormi com esse cara? Eu não me lembro de mais nada a não ser a parte que eu acabei adormecendo no carro dele. Caramba!

Canalha!

Tento tirar suas mãos em volta da minha cintura, mas parece que cada vez que eu tento o aperto ficar cada vez mais forte me deixando sem respirar direito.

Merda terei que acordar ele, eu não queria fazer isso até porque ele fica super fofo dormindo.

Começo a cutucar ele e então ele se mexe um pouco, mas não abre seus olhos.

Respiro fundo ao ver que ele não acordou.

Eu não sei o nome desse cara, na verdade nunca fiz questão de me apresentar para ele. Ótimo.

Volto a cutucar ele e escuto ele resmungar alguma coisa e finalmente abre seus olhos e eu percebo o quão perto está nossos rostos.

- Tem como me soltar? - Pergunto.

- Não. - Ele murmura me fazendo perder minha paciência.

- Não? Por que não? - respiro fundo.

Oh Deus me dê paciência para mim não soca a cara desse babaca.

- Porque não, agora volte a dormir.

Vejo ele fecha os olhos novamente e então uma nova ideia surge em minha cabeça. Dou uma mordida forte em seu ombro.

- Aí! - Ele abre seus olhos e me solta, me levanto da cama rapidamente e começo a procurar minha bolsa.

- Deveria ter me soltado quando eu pedir. - Acho minha bolsa e me viro para olhar para ele e vejo um sorriso em seus lábios me fazendo ficar confusa.

O que tem de engraçado nisso? Eu mordi acabei de morde o ombro dele.

- Você fica linda quando está brava... Que tal você me morde de outro jeito?

Um sorriso malicioso apareceu nos lábios desse babaca. Caramba! Esse cara é um safado. Eu preciso ir embora daqui.

Vou em direção a porta do quarto e quando eu coloco minha mão na maçaneta e giro abrindo ela uma mão super grande fechar novamente a porta e me prende contra a porta.

E só aí percebo que esse cara é super alto, ele deve ter no máximo dois metros. Céus!

Ele ainda está sem camisa, que abdômen maravilhoso... Balanço minha cabeça sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas.

No que é que estou pensando?

- Ei! Me deixe sair agora! - Falo em um tom autoritário.

- Saber eu não estou muito afim...

- Me solta logo! Não vou falar novamente. - Digo e finalmente ele me deixa ir.

Abro a porta rapidamente e saio do apartamento, entrando no elevador aperto o botão o mais rápido que posso para as portas do elevador fechar logo. Eu não deveria ter bebido, se meu pai descobri isso ele irá me matar.

Aliás eu tenho que ligar para ele, estou precisando de dinheiro, o que eu tinha gastei tudo na roupa. Pego meu celular dentro da minha bolsa e digito o número do meu pai no terceiro toque ele atende.

- Olá meu bebê. - Diz ao atender a ligação me fazendo revirar os olhos.

Meu pai sabe o quanto eu odeio quando ele me chama de "meu bebê" isso me faz me sentir uma garotinha.

- Olá papai. Eu vou direto ao assunto, preciso de dinheiro o dinheiro que você havia me dado acabou, então estou precisando de mais.

E um silêncio se instala no meio da ligação.

- Eu já estava querendo falar isso faz um tempo para você... Bom, você terá que arrumar um emprego e se sustentar por conta própria, você já tem 19 anos, Olga. Precisa de um emprego então de agora em diante terá que ter um. Não quero que você me ligue a procura de mais dinheiro. Agora em diante trate de arrumar um emprego e de se sustentar sozinha, por enquanto irei te dar dinheiro até conseguir um emprego e quando você conseguir um irei para de te enviar dinheiro. É só isso, beijos meu bebê. - Após dizer isso ele desliga a ligação e a porta do elevador abre.

Mas... Eu não acredito que terei que arrumar um emprego, isso não pode acontecer comigo logo comigo. Isso não pode piorar certo? Não pode mesmo. Vou em direção a saída do hotel, procuro dinheiro na minha bolsa e não acho.

Ótimo terei que ir para casa a pé, era só o que me faltava. Como esse velho tem coragem de fazer isso comigo? Eu não poderei mais fazer compras com cartão ilimitado, não poderei ter alguém para carregar minhas sacolas.

Minha vida está começando a ser um desastre.

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