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Olho para o ruivo, ele usava uma espécie de túnica, marrom e empoeirada, a touca se estendia para trás de sua cabeça, seu olhos eram belos, um azul que refletia a luz do sol.
-Prazer Erick, sou Scarlet d'Auvergne. - Digo amarrando meus cabelos, com um sorriso brilhante no rosto.
-O prazer é todo meu, tenho que dizer, muito obrigado! Agora tenho que ir, pois se eu não for eu perco a venda. - Ele diz jogando sua mochila para trás das costas. de certa forma, sua voz me acalmava, ele era tão tranquilo.
-Ok, amanhã você passa por aqui? - Pergunto com uma felicidade genuína estampada no rosto.
-Provavelmente, porque? - Ele retornava seu olhar pra mim, e seus olhos carregavam a curiosidade que uma criança teria.
-É por que é difícil ver caras bonitos, e gentis como você, te vejo amanhã. - Mordo os lábios, com vergonha do que acabei de falar.
-tá.... - consigo perceber em sua expressão que ele ficou com vergonha.
Sigo meu caminho, trazendo pelo chão o bandido filho da puta, que graças a ele eu teria que voltar andando. Olhando para trás uma última vez, vejo Erick indo embora, até que me perco em meus pensamentos - Será que estou gostando de algum homem? Há, até parece, eu? Precisar de um homem? Me poupe Scarlet, você é melhor que isso. - resmungo enquanto faço força pra arrastar o bandido.
-O minha consagrada, tem como afrouxar a corda? - O bandido dizia segurando seu pescoço, cada palavra que saia de sua boca imunda era um gatilho pra vomitar.
-Você não falou que queria vir arrastando? Como eu poderia negar o seu pedido? - Digo com uma voz irônica, misturada com um tom de nojo.
Ele bufa, como se se arrependesse do que havia falado. Dou uma pausa na caminhada, me sentando um umas pedras, o bandido senta no chão mesmo e me olha de cima a baixo.
-Senhora, prestei atenção em seus resmungos insuportáveis desde a feira, e eu gostaria de pontuar que nem sempre um homem vai significar fraqueza. - Ele dizia jogando pedras no troço da árvore.
Olho para ele com um olhar assassino, sem paciência, levanto chegando perto dele.
-Ah cala sua boca, você tá sendo arrastado, Idiota. Eu hein, fica prestando atenção das conversas dos outros. - Digo em resposta.
-Eu não estava prestando atenção! Você que não parava de falar disso. - Ele retruca, acho que tá perdendo a noção da vida.
-Calado! - o som do grito ecoa pela floresta silenciosa.
Ele olha para meus olhos , e abaixa a cabeça, em sinal de tristeza. - Ta bom senhora. - Suas palavras carregavam angústia.
Eu abaixo para ficar na altura de seu rosto, e aperto sua boca com uma mão, e com a outra eu tiro uma faca da minha bota - Eu tô parecendo velha pra você? - esbarro a faca em seu pescoço, fazendo o temer a própria morte. - se você der mais um piu, eu juro que você não volta vivo - Me levanto e o puxo novamente.
Seguindo meu caminho para casa, levando essa ameba arrastante, só acumulando o ódio que estava sentindo por este ser que estava sendo carregado, espero que nunca mais tenha que pegar esse tipo de gente
Chego no terreiro da minha casa, e entrego o bandido para Adam, logo, entro dentro de casa, abrindo a porta lentamente. Vejo meu pai descascando algumas batatas, sentado no sofá com uma perna apoiada na outra.
-Cheguei pai. - aviso batendo na porta que já havia sido aberta por mim, e respirando fundo por ter sido uma longa caminhada.
Ele me olha com seu olhar desconfiado, e enquanto cascava suas batatas, ele fixa seu olhar ao meu e pergunta.
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O Peso Da Coroa (EM REVISÃO)
ActionEm um mundo que antes era calmo, agora é regido pela coroa caida, a comunidade assassina mais famosa e letal que pode existir. Nossa protagonista, Scarlert D'auvegerne terá que lidar com seus traumas de infância, tendo como somente sua figura patern...